Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Manifesto dos Confeccionistas Brasileiros contra aumento dos Impostos

Trabalhadores e Empresários do setor se mobilizam contra novas medidas

“Vestuário Não É Farrapo”

O Setor de Vestuário do Brasil, o segundo maior empregador do País e o primeiro em contratação de mulheres, não pode mais suportar os elevadíssimos custos da produção. E não vai se curvar aos desmandos do atual Governo e sucumbir de vez.

Somos pelo menos 30 mil confecções, que empregam quase dois milhões de brasileiros, trabalhadores que vivem a cada dia mais incertezas quanto ao futuro da empresa em que trabalham.

Um novo aumento de impostos, como vem propondo o Governo Federal, forçará as indústrias a pararem suas máquinas, fecharem as portas e destruir milhares de vagas de trabalho.

Só o Governo com sua míope visão não enxerga que com o desemprego, as famílias reduzem o consumo, a produção diminui, o faturamento das empresas cai, as demissões aumentam e o próprio Governo se prejudica, já que arrecada menos impostos. É o pior dos mundos: um círculo vicioso que a cada nova movimento agrava ainda mais os problemas do País.

Hoje uma peça de roupa, seja de que segmento for, carrega pelo menos 40% de impostos. Ou seja, uma calça de R$ 100,00 tem, de saída, R$ 40,00, pagos compulsoriamente ao “sócio indesejável” da fábrica, o Governo – fora todos os outros custos que recaem sobre os confeccionistas. Como manter a empresa? Como pagar salários dignos aos trabalhadores? Como crescer para gerar mais empregos e impostos?

Não temos só perguntas. Temos as afirmações também, que são muito claras e reais: se houver qualquer aumento de impostos o Setor de Vestuário Brasileiro não sobreviverá por um ano sequer. Dezenas de milhares de confecções e milhões de empregos desaparecerão do Brasil. Aí sim o Governo vai arrecadar menos.

Todos perdem.

A situação atual já é tão caótica hoje e o Governo Federal vem anunciar um novo aumento de impostos? Isso nos soa como um ato esquizofrênico de um tresloucado Governo.

Para agravar ainda mais a já insustentável situação, a presidente Dilma Rousseff volta atrás ao benefício concedido ao setor (antes da eleição, é bom lembrar), e  sancionou projeto de lei que reonera a folha de pagamento, saltando de 1% para 2,5%, no Vestuário.

Ou seja, aumenta a contribuição previdenciária que as empresas têm de pagar ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), em mais uma desesperada tentativa de amplia a arrecadação de recursos frente às dificuldades para equilibrar as contas públicas em seu (des)governo.

Esperamos que esse veto não passe pelo Congresso, ou seja, que prevaleça o bom sendo de Deputados e Senadores em não aprovarem o veto da presidentA (como incorretamente insiste em ser chamada).

O Setor de Vestuário Brasileiro não vai virar Farrapo pagando a conta dos desmandos do Governo. E nós, confeccionistas, empresários e trabalhadores, não aceitaremos mais impostos. E vamos lutar muito seriamente contra isso!

Ronald Masijah – Presidente do Sindivestuário – Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado de São Paulo

http://sindivestuario.org.br/2015/10/manifesto-dos-confeccionistas-...

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Respostas a este tópico

Apoiadíssimo,

Governantes, em geral, não têm a menor intimidade com os setores produtivos da nação.
Tratam, muitas vezes, com desdem e até preconceito, conforme as nuances de suas ideologias.

Somos as galinha-dos-ovos-de-ouro de qualquer nação.
Empresas saudáveis e patrões bem de vida são a maior garantia de criação de empregos, investimentos, pagamentos em dia, treinamento de qualidade e atendimento de benefícios diversos à seus funcionários.
Asim sempre foi em minha empresa. Não mais, quando o sucesso é esticar a sobrevivência.

Parabéns Sr. Ronald e pode contar com a HP - Confecções Humberto Pascuini Ltda

Att

Reinaldo Pascuini

Sócio Proprietário

   O Setor de Vestuário Brasileiro não vai virar Farrapo pagando a conta dos desmandos do Governo. 

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