Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

MERCADOSegundo representantes da indústria e do varejo dos EUA, a China deve deixar o valor de sua moeda subir, abrir o seu mercado às marcas de vestuário e calçados norte-americanas, combater o roubo de propriedade intelectual e a pirataria e diminuir as barreiras para a distribuição e o varejo.

As preocupações transmitidas pelos representantes norte-americanos do varejo e indústrias têxteis, vestuário e calçado, foram proferidas no final de Outubro em uma audiência da House of Representatives Ways Means Committee, sobre as relações econômicas EUA-China, as oportunidades apresentadas pelo mercado chinês e as barreiras enfrentadas pelas empresas norte-americanas no mercado chinês.

“O mercado chinês apresenta um enorme potencial de crescimento para as exportações dos EUA, que apoiam os empregos norte-americanos”, afirmou Dave Camp, presidente do comitê. “Mas a China torna mais difícil a venda dos nossos produtos e serviços, subsidia de forma injusta as suas próprias empresas e rouba descaradamente a propriedade intelectual de empresas norte-americanas”. Apelando ao presidente e ao governo para que eles continuassem pressionando a China a abrir os seus mercados, acrescentou “quando a China viola as suas obrigações internacionais, os EUA devem fazer valer agressivamente os seus direitos”.

Falando em nome dos varejistas e importadores norte-americanos, a American Apparel Footwear Association (AAFA) observou que a China, com a maior classe média do mundo, composta por 400 milhões de pessoas, é agora o mercado que mais cresce para as marcas de vestuário e calçado dos EUA. E mesmo que os produtos dessas marcas não sejam produzidos internamente, estes ainda apoiam milhares de empregos nos EUA em pesquisa e desenvolvimento, marketing, logística, vendas, entre outras áreas.

Mas uma declaração apresentada revelou as enormes falhas na proteção e observância dos direitos de propriedade intelectual na China.

Mesmo marcas norte-americanas reconhecidas podem ter problemas de registro da sua marca na China e a presença de falsificações é ainda muito elevada. O cumprimento dos pressupostos de marcas registradas na China é também amplamente inconsistente, segundo a AAFA devido ao fato das autoridades de Pequim contarem com governos locais e com a polícia para barrar e processar os infratores. E acrescenta que o crescimento de websites desonestos na China “apresentou novas e preocupantes realidades para os esforços dos nossos próprios membros na proteção das suas marcas”.

Enquanto a adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) há quase uma década ajudou a abrir as portas às marcas norte-americanas para venderem no vasto mercado chinês, ”ainda existem restrições significativas”, indica a AAFA. Estas incluem “relatos continuados dos nossos membros de regimes de licenciamento da fábrica, que impedem os nossos membros de vender na China o que produzem na China”.

Não é surpresa que a questão da moeda permanece em primeiro lugar entre as preocupações dos setores têxtil e vestuário – especialmente porque a audiência do comitê surge pouco mais de duas semanas depois do senado aprovar a lei de reforma da supervisão da taxa de câmbio da moeda. A nova lei visa combater a “manipulação desleal” por parte da China da sua moeda, desvalorizando o yuan para dar às suas empresas uma vantagem no comércio internacional.

Os produtores têxteis norte-americanos argumentam que a economia de exportação da China é, em grande parte, baseada em subsídios do governo, especialmente a manipulação da moeda, que “garante que os exportadores chineses possam oferecer preços mais baixos do que os EUA e outros produtores em todo o mundo”.

O National Council of Textile Organizations (NCTO) reivindica que as práticas comerciais predatórias da China, ajudaram as suas exportações de têxteis e vestuário subir para os 200 bilhões de dólares, seis vezes mais do que a Itália, o seu mais próximo concorrente. Nos EUA, a participação da China no mercado têxtil e de vestuário é de quase 40%, seis vezes maior do que o seu mais próximo rival, o Vietnã. E ao longo dos últimos dez anos, o valor das importações de têxteis e vestuário do mundo aumentou apenas 39%, enquanto as importações originárias da China subiram 517%.

Fonte | Assinatura: PORTUGAL TÊXTIL | FOTO: DIVULGAÇÃO

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Tive pensando: Alguns maus VAREJISTAS são como MOSCAS VAREJEIRAS! Contaminam a Indústria com o contrabando.

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