SÃO PAULO – O fraco desempenho da produção industrial brasileira neste ano deve refletir a queda de 3% projetada para o Nordeste, de acordo com a Tendências Consultoria. Nas demais regiões do país, são esperados resultados positivos, acima da estimativa de 1% para o conjunto das regiões brasileiras.
“A retração no Nordeste deve ser puxada pelo setor de têxtil e couro, cuja produção deve cair 16% no ano”, diz a economista Camila Saito. Cerca de 20% da indústria de têxtil e couro do país, segundo Camila, encontra-se na região Nordeste, o que faz com que a participação do setor na indústria local chegue a 11%.
Nos 12 meses encerrados em outubro, o Nordeste acumula queda de 4,7% em sua produção industrial, número que contrasta com as vendas do varejo na região. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as vendas no Nordeste vêm crescendo num ritmo em torno de 10% ao ano.
Dentre as hipóteses para tal descasamento, Camila levanta a possibilidade de alto volume de estoques nas indústrias locais e demanda por produtos que não são fabricados na região.
Nas demais regiões do país, a expectativa é de crescimento na produção industrial em 2011. O melhor resultado, pelos cálculos da Tendências, deve ser visto no Norte, com expansão de 3%. “A fabricação de veículos, por exemplo, deve aumentar 14% neste ano, com a instalação de novas plantas de motocicletas na região”, observa Camila.
ambém é projetado um crescimento polpudo, de 7,7%, para máquinas e equipamentos, que respondem por quase 30% da produção industrial do Norte brasileiro. Para a indústria extrativa, que tem 15,3% de participação na região, a expectativa é expansão de 5,7%.
Na outra ponta do país, o desempenho positivo da indústria – estimado em 2,6% em 2011 – também deve contar com grande participação de veículos. O setor, cuja fatia é de 11% da indústria local, deve crescer 17% neste ano. Alimentos, que responde por 25% da produção local, deverá ter alta mais modesta, de 3,6%.
Já o Sudeste, que concentra metade da indústria alimentícia do país, deve ter expansão de 1,2% neste ano, com a produção de alimentos aumentando 1%. Crescimento mais acentuado deve ser contabilizado na indústria de minerais não metálicos, que tem perspectiva de expansão de 4% em 2011. Veículos, por outro lado, que tem 16% de participação na indústria da região, deve crescer apenas 0,4% pelas contas da Tendências.
Na região Centro-Oeste, apenas os dados de Goiás são contabilizados pelo IBGE. Apesar da queda de 8% na produção industrial do Estado entre setembro e outubro, a perspectiva é de crescimento 6,7% em 2011. Nos 12 meses encerrados em outubro, Goiás acumula expansão de 6,5% em sua produção industrial. “A indústria química na região deve crescer 40% neste ano, impulsionada por novas usinas de etanol”, diz Camila.
(Francine De Lorenzo | Valor)
Fonte:http://www.valor.com.br/brasil/1127618/nordeste-puxara-producao-ind...|
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Erivaldo....me parece uma economia equilibrada!!! questiona-s estes nºs sem dúvida!!! ind quimica ( etanol )com novas usinas e com 40% de crescimento!!! caramba ,,,isto dá emprego para muitos poucos!!!
estamos perdidos com este governo!!! descaso total!!! somente comodites!!!!
tfa/adalberto
Vimos constatando, já a algum tempo, que regiões com potencial produtivo de confeccionados(Ex: Caruaru, Santa Cruz)vem trocando a produção pelo comércio de produtos importados, dados a facilidade de aquisição destes.
A indústria têxtil ainda terá de amargar esse prejuízo por algum tempo, isso se o Mantega for sensibilizado pela
situação do emprego em época de recessão mundial. Só a capacidade interna de consumo poderá garantir as "MAROLAS" de mais essa crise. 'SE TOCA, MANTEGA!!!"
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