Por Alfredo Bonduki*
O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela Standard & Poor’s comprovou estar equivocada a estratégia do governo de buscar o equilíbrio fiscal por meio do aumento de tributos. A agência de riscos, a rigor, apenas corroborou o que os brasileiros já sabiam: medidas como a lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff que reonerou a folha de pagamento das empresas em mais de 50 setores, com ônus de 150%, não são suficientes para reparar o déficit orçamentário do setor público. Além disso, impostos e taxas mais altos, como a volta da CPMF, aprofundam a crise econômica e pressionam a inflação, ao agravar o custo dos setores produtivos.
Mantendo despesas incompatíveis com o PIB brasileiro, o governo insiste em cobrir seu déficit com a captação de mais dinheiro de quem produz e trabalha. E faz isso com o suporte legislativo de uma fisiológica base de apoio no Congresso Nacional, à revelia do diálogo com os representantes de atividades geradoras de mão de obra intensiva, como a combalida indústria têxtil e de confecção. Este setor, cuja inclusão dentre os que receberiam aumento de “apenas” 50% foi vetada pela presidente na sanção da lei de reoneração da folha de pagamentos, desempregará mais de 100 mil trabalhadores este ano. Porém, o governo do Partido dos Trabalhadores parece estar mais preocupado em manter dispendiosas e anacrônicas regalias de um Estado ineficiente.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, talvez já consciente dos limites de cortes nas entranhas políticas e burocráticas do insaciável monstro estatal, insiste no discurso do aumento tributário, praticando uma tática de terra arrasada: tenta promover o ajuste em cima da indústria de transformação. Esta, porém, já foi muito sacrificada nos últimos anos pela desastrada e populista política de câmbio valorizado e juros altos. Perdeu competitividade e não tem como pagar mais imposto.
Relançando a CPMF e ameaçando aumentar o Imposto de Renda, Levy sucumbe à insana realidade brasiliense, sem apontar qualquer saída para a crise econômica e uma política industrial a ser executada após o ajuste fiscal. O ministro parece convencido de que a luz no fim do túnel seja, na verdade, o farol de uma locomotiva em rota de colisão com a economia, prenunciando um desastre. Isso ainda poderia ser evitado, por meio de um projeto de desenvolvimento baseado em inovação, aumento de produtividade e desoneração dos custos das empresas. Tal avanço, contudo, esbarra no fisiologismo, nas retaliações políticas, como tem feito o presidente da Câmara dos Deputados, mais preocupado com as delações da Lava Jato, e nas posições dogmáticas e inabilidade política da presidente Dilma.
Caso os obscuros acordos continuem gerando decisões pouco democráticas e persistam os problemas econômicos e políticos, teremos mais um tema no bordão do “nunca antes neste país”: números recordes de fechamento de empresas e perda de empregos, tornando inútil o sacrifício da sociedade para prover um ajuste fiscal feito de modo equivocado. É preciso que os poderes Executivo e Legislativo assumam a responsabilidade por seus atos e decisões.
Por isso, soa como desrespeito à inteligência dos brasileiros a frase de Joaquim Levy em entrevista na noite que se seguiu ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil: “Se a gente precisar pagar impostos, eu tenho certeza de que a população estará preparada para fazer isso”. Não, ministro, não estará! Aumento de impostos e taxas para quem já vem pagando a conta há tanto tempo apenas aprofunda o desalento e a desesperança.
*Alfredo Bonduki, engenheiro formado pela Poli-USP e pós-graduado pela FGV, é presidente do Sinditêxtil-SP.
http://alllingerie.com.br/o-inutil-sacrificio-das-empresas-e-empregos/
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este negocio de só reclamar não adianta. O empresáriado tem que colocar na consciencia que este Governo usa da mentira de forma sistemática. Não reduziu gastos que prometeu e está nos enganando. Diante de um governo de carater ideológico, cujo partido se apoderou do estado, com um congresso fisiológico sem representatividade e identidade com o restante da população, onde dos 536 só 35 deputados foram eleitos pelo voto diretos e os demais pela proporcionalidade eleitoral, fica dificil qualquer mudança. Ou partimos para uma greve geral para mudar o que ai está, ou trilharemos o mesmo caminho da Venezuela e Argentina. Quem ainda está sustentando este Governo são os Banqueiros, as 15 familias mais ricas deste país, os grandes empresarios transnacionais ( Diniz, Lemann etc.) cujo discurso é sempre o mesmo e onde a amnutenção deste estado de coisas lhes favorece. Querem manter o que ai está, com o sacrificio da maioria da população. Este grande não estão investindo nada em nossa país faz tempo. O resto dos empresarios e da população estão pagando o pato e chorando de pires na mão, aguardando o pior. O desemprego ou a falencia.
não existe luz no fim do túnel!!! a crise continua a piorar dia-a-dia...e estes imbecis no poder nao sabem o que fazer!!! destruíram nossa economia...nosso parque fabril foi sucateado alegando que as impostações são necessárias para manter a inflação...entre outras aberrações!!! esta corja não vai largar o osso tão fácil!!! nosso povo é muito pacato, infelizmente, pois não conseguem enxergar que o poder tem que mudar de mãos!!! saudades dos militares!!!
O grande mal do empresãrio e do brasileiro de modo geral reside no seu senso critico a na sua morbidez. Criticam o todo como se não fizesse parte dele. Enquanto formos só reacionário de sofá, eles, os esquerdista, estarão livre para estabelecer e implantar o seu plano de hegemonia absoluta de poder. A midia, ou melhor as redações das grandes redes de TV, radio e jornais, está dominada pela esquerda desde os anos 60. Enquanto os empresarios não enxergarem que a crise que ai está, é um método de hegemonia de um partidoe de uma classe, e teimar em analisá-la só sob o ponto de vista economico isto não vai mudar. Vivemos um regime ditatorial onde a vontade do povo não prevalece faz tempo, veja o estatuto das armas, o plebicito foi em 2005 e até agora tentam boicotá-lo no congresso apesar da vilencia cerescente. A midia comprada e dominada não reflete a vontade do povo. São coniventes com tudo que ao que ai está. Só que o povo já entendeu isto e foi para ruas e aguarda os acontecimentos para reagir. Idiota é aquele que acha que as FFAA vão reagir. Quem me garante que seus quadros de oficiais não estejam favorável a tudo que ai está? Ou reagimos agora ou será tarde demais.
Outra: O empresario textil sempre foi dependente das regalias e favores do estado para sobreviver. Esta crise na industria Textil, que persisite desde o início da decada de 90 por culpa unica e exclusiva dos sindicatos da classe. Neste periodo vimos os coreanos e agora os chineses crrescerem e o nosso empresario não reagir a isto, ou seja criando novos produtos ou novas tendencias de mercado definindo no que deveriamos investir prioritariamente. Gostam de produzir comodities e reclamar do preço dos produtos importados. Há 25 anos que assisto isto. Empresas fechando e nada de util sendo feito para mudar este quadro. Os nosso sindicatos patronais estão abarrotados de dirigentes de empresas falidas ou que não existem mais e que não representam a classe. Os empresários de sucesso consideram os sindicatos patronais cabide de emprego de empresarios falidos. Estes por sua vez não frequentam as suas reuniões e fazem ao modo deles as mudanças necessarias em suas empresas, criam novos metodos e tendencias para se manterem no mercado.
É uma realidade crua o que voce posiciona, mas o sindicato, não entende ou enxerga assim, e nos por sua vez, estamos nas mãos destes idiotas, que falam por nos, sem nunca terem pergutado se estamos deacordo. Somos os culpados, pois raramente,como agora, falamos. Quando inventaram os sindicatos, o pais começou a andar de ré. Esta assim até hoje.
jorge giaquinto disse:
O grande mal do empresãrio e do brasileiro de modo geral reside no seu senso critico a na sua morbidez. Criticam o todo como se não fizesse parte dele. Enquanto formos só reacionário de sofá, eles, os esquerdista, estarão livre para estabelecer e implantar o seu plano de hegemonia absoluta de poder. A midia, ou melhor as redações das grandes redes de TV, radio e jornais, está dominada pela esquerda desde os anos 60. Enquanto os empresarios não enxergarem que a crise que ai está, é um método de hegemonia de um partidoe de uma classe, e teimar em analisá-la só sob o ponto de vista economico isto não vai mudar. Vivemos um regime ditatorial onde a vontade do povo não prevalece faz tempo, veja o estatuto das armas, o plebicito foi em 2005 e até agora tentam boicotá-lo no congresso apesar da vilencia cerescente. A midia comprada e dominada não reflete a vontade do povo. São coniventes com tudo que ao que ai está. Só que o povo já entendeu isto e foi para ruas e aguarda os acontecimentos para reagir. Idiota é aquele que acha que as FFAA vão reagir. Quem me garante que seus quadros de oficiais não estejam favorável a tudo que ai está? Ou reagimos agora ou será tarde demais.
Outra: O empresario textil sempre foi dependente das regalias e favores do estado para sobreviver. Esta crise na industria Textil, que persisite desde o início da decada de 90 por culpa unica e exclusiva dos sindicatos da classe. Neste periodo vimos os coreanos e agora os chineses crrescerem e o nosso empresario não reagir a isto, ou seja criando novos produtos ou novas tendencias de mercado definindo no que deveriamos investir prioritariamente. Gostam de produzir comodities e reclamar do preço dos produtos importados. Há 25 anos que assisto isto. Empresas fechando e nada de util sendo feito para mudar este quadro. Os nosso sindicatos patronais estão abarrotados de dirigentes de empresas falidas ou que não existem mais e que não representam a classe. Os empresários de sucesso consideram os sindicatos patronais cabide de emprego de empresarios falidos. Estes por sua vez não frequentam as suas reuniões e fazem ao modo deles as mudanças necessarias em suas empresas, criam novos metodos e tendencias para se manterem no mercado.
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