Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O Brasil está entre os maiores produtores mundiais de algodão ocupando a quinta posição em 2019. Na safra deste mesmo ano foram cerca de 2,7 milhões de toneladas de pluma produzidas, das quais 1,7 milhões foram destinadas para exportação tornando o Brasil o segundo maior exportador no ranking mundial de plumas, segundo dados do Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Tal fato, torna o país autossuficiente na produção de algodão, matéria prima para a indústria têxtil.

O Brasil é responsável pela maior cadeia têxtil completa do ocidente, desde a produção das fibras, até os desfiles de moda passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções e varejo.

 

Produção das  Fibras

No país, sua força produtiva é representada por aproximadamente 27500 empresas instaladas em todo o território nacional, com polos importantes no Agreste Pernambucano, Ceará, no Vale do Itajaí em Santa Catarina, na cidade de Americana em São Paulo e na cidade de Guaranésia em Minas Gerais. 

Indústrias de Fiação e Tecelagem

Com quase 200 anos de história no Brasil, a indústria têxtil nacional é referência para o mundo em vários segmentos como: moda praia, fitness, lingerie, jeanswear e homewear.
Além disso, o setor têxtil é o segundo maior responsável pela geração do primeiro emprego no Brasil, proporcionando oportunidade para aqueles que buscam ingressar no mercado de trabalho. Os investimentos para o fortalecimento do setor também são notados no setor educacional que é um dos maiores do mundo, contando com cerca de 100 escolas e faculdades de moda.

O setor emprega diretamente cerca de 1,5 milhão pessoas. Na indústria de transformação é o segundo maior empregador do país sendo responsável por 16,7% dos empregos.

Nos últimos anos devidos às crises econômicas que arruinaram o país, o Brasil perdeu espaço no mercado internacional. Para que esse cenário melhore é preciso

que o país busque acordos de comércios internacionais objetivando o acesso das indústrias ao exterior. Apesar da concorrência externa é um setor sólido. Em 2018 seus investimentos foram na ordem de 894 milhões de dólares.

É preciso também que as empresas do ramo fortaleçam seus investimentos em ferramentas de marketing para levar ao conhecimento do público as inovações e produtos. Além disso, o trabalho de pós-vendas é extremamente importante, estamos numa época chamada de “era das experiências” onde tudo o que é experimentado pelo cliente faz diferença. Ter um SAC (Sistema de Atendimento ao Consumidor) funcionando bem é básico e obrigação mínima das empresas.

Com o mundo cada vez mais digitalizado e ágil, as empresas precisam se reinventar e migrar para o mundo 4.0 onde tudo está conectado. Cada dia mais, o comércio eletrônico tem crescido, tal fato requer inovação em toda a cadeia produtiva, principalmente na ponta, quando se trata da logística de distribuição entre o varejo e o cliente final.

É preciso que as empresas fiquem atentas à demanda de mercado, fabricar justamente no momento que o mercado consumidor pede, o chamando Just In Time. Essa estratégia possibilitará às indústrias e confecções trabalharem seus estoques de forma estratégica, reduzem custos com armazenagem e aquisição de matérias primas, além da otimização do fluxo de caixa.

O diretor da Fiteca Fiação e Tecelagem Araçaí, André Marques responsável por uma das mais importantes indústrias têxteis do Brasil voltadas para o setor calçadista afirmou em sua entrevista dia 27/05/2020 para o Programa Produzindo Valor que o setor estava em recuperação após o longo período de recessão vivido no Brasil entre os anos de 2014 a 2015, diante disso, a expectativa para o ano de 2020 era de um crescimento ainda maior que o ano anterior, no entanto com a chegada da pandemia do Corona Vírus alguns setores da indústria passam novamente por instabilidade.

Para André Marques esse ciclo de instabilidade, vivido pelo empreendedor brasileiro atrapalha o avanço e o crescimento das indústrias e consequentemente a economia nacional.

Diante do cenário de pandemia alguns setores da indústria têxtil tiveram aumento de demanda, como é o caso dos fabricantes de tecidos hospitalares. Já os setores não essenciais foram diretamente impactados com a diminuição das vendas e o fechamento do comércio.

Por fim a indústria têxtil brasileira é um setor forte, que com alguns passos rumo ao mundo da indústria 4.0, marketing digital e planejamento estratégico de longo prazo, será sem sombra de dúvidas a maior cadeia produtiva têxtil sustentável do mundo.

Fonte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção

            Conab – Companhia Nacional de Abastecimento

            Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária

Bruno Sérgio de Souza, Diretor da BRS Gestão Empresarial 

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Muito boa matéria, para leitura e reflexão.

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