Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Os Ventos Que Sopram no Vestuário Brasileiro - Relatório

A crise econômica mundial tem gerado muitos debates, reflexões e preocupações em todo o mundo, em especial aos governos em função da instabilidade financeira. Para os empresários as incertezas exigem tomadas de decisões sem a certeza, muitas vezes, de qual é o melhor caminho. Os problemas do sistema financeiro, em especial a partir de 2007, quando os Estados Unidos registraram uma série de falências, levando a uma queda significativa do dólar, provocaram uma forte retração da economia. Em 2011, é a vez da Europa mostrar fragilidade econômica com a “crise do Euro”, iniciada pela Grécia e que tem afetado também Irlanda, Portugal, Itália e Espanha. Este relatório pretende colaborar no sentido de mostrar que mesmo na crise é possível buscar boas e novas alternativas de mercado. Diante deste delicado cenário financeiro internacional, diversos setores da economia brasileira, entre eles o vestuário, podem beneficiar-se do momento, visto que empresas americanas e europeias buscam novos mercados como forma de reduzir o impacto em seu volume de produção. Ou seja, a tendência é aumentar o volume de ações comerciais de empresas internacionais de vestuário no Brasil, ao mesmo tempo em que empresas brasileiras exportadoras desenvolvem mais esforços no mercado nacional. Esse é o momento ideal para as empresas nacionais investirem em suas marcas por meio de produtos sintonizados com as tendências mundiais, mas com design moderno e personalidade própria. Ao analisar dados apresentados pela ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção verifica-se que o desempenho em 2011 está abaixo do que foi apresentado na crise de 2008/2009. No acumulado de 2011 até julho a indústria de confecção teve perda de 3,03% em sua produção. Somente no mês de julho/11 comparado a julho/10 a perda de produção da indústria de confecção foi de 13,88%. Entretanto a boa notícia é que o varejo cresceu 6,7% em 2011, no acumulado até julho, e as importações de vestuário cresceram 40,97%. Infelizmente, enquanto os empresários buscam novos mercados, alguns estados brasileiros, incluindo Santa Catarina, oferecem incentivos a empresas estrangeiras, motivados pela guerra fiscal, estimulando a importação de produtos têxteis e do vestuário. Em 2007, o governo de Santa Catarina ofereceu aos importadores, pelos portos catarinenses, redução de 17% para 3% na alíquota do ICMS, gerando crescimento das exportações em 140% no período de 2007 a 2010. Em 2 de agosto de 2011, o Governo Federal lançou o Plano Brasil Maior, que traça a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior, com o objetivo de aumentar a competitividade da indústria nacional. O plano também contempla o setor do vestuário, com ações como a desoneração da folha de pagamento e ações de defesa comercial. As ações coletivas do segmento do vestuário têm se apresentado ineficientes se comparadas, por exemplo, com as das empresas automobilísticas, que já conseguiram benefícios fiscais, enquanto as do vestuário ainda não se concretizaram. Chegou o momento de o setor mostrar seus diferenciais, como qualidade e competitividade, aproveitando que os produtos chineses estão mais caros e os demais países asiáticos não apresentam a mesma excelência dos produtos brasileiros. Para que as boas intenções e projetos tenham êxito é preciso o fortalecimento e a representatividade do setor junto aos governos municipais, estaduais e federal para que tenham vez e voz.

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Que soprem os ventos. Que soprem de baixo para cima, e com a Marilyn Monroe, de vestido branco e rodado, posicionada bem em cima deles!

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