Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

O setor de vestuário prepara-se literalmente para uma revolução na maneira como as peças são fabricadas e vendidas no País. Com base no levantamento das medidas médias do corpo da população brasileira estão sendo estabelecidas referências para o tamanho das roupas infantil, masculina e feminina. Segundo o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad, a expectativa é de que nos próximos dois anos ao menos metade da produção nacional de vestuário, atualmente em 5,5 bilhões de peças anualmente, possa estar padronizada.

"Para a indústria, a padronização das medidas poderá gerar uma economia de até 8% na compra das matérias-primas (tecidos). Já no varejo cairão os custos para conferência interna do tamanho das peças e as trocas de roupas por parte do consumidor final", afirmou Chadad. Outro canal que poderá ser desenvolvido é o de vendas por meio da internet, que ainda engatinha no Brasil. "Em virtude das diversas grades de numerações existentes, a venda de vestuário na internet enfrenta o desafio do alto volume de solicitações de trocas e devoluções", disse.

No caso masculino, as novas normas sugerem medidas diferenciadas para homens a partir dos biotipos "normal", "atlético" e "obeso", que deverão gerar mais de vinte referências de tamanho. "Os tamanhos P, M e G deixarão de ser medidas de referência", destacou Chadad. As calças, por exemplo, contarão com especificações como "perímetro de cintura", "comprimento entrepernas" e "estatura" para as quais foram confeccionadas. Já as camisas terão informações do "perímetro de cintura", "perímetro de tórax", "comprimento do braço" e "estatura".

Segundo a Abravest, as padronizações masculinas estão na fase final de consulta pública, processo que deverá ser encerrado entre o final de outubro e início de novembro. A homologação das medidas, na sequência, seguirá os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o instituto Totum - credenciado pelo Inmetro - encarregado pela qualificação e auditoria das empresas. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil também participa das discussões.

Dessa forma, as confecções que aderirem à padronização deverão oferecer roupas com a respectiva numeração e medidas adequadas a cada perfil de consumidor. Além disso, serão criadas novas etiquetas - adicionalmente à obrigatória costurada na roupa, com a origem do produto e CNPJ do fabricante - penduradas com informações mais detalhadas, como a composição dos tecidos e as orientações sobre lavagem e conservação, "que não encontram espaço" nas peças atualmente, disse Chadad.

Após a finalização das padronizações das vestimentas masculinas, será a vez das femininas. "Isso deverá ser finalizado até abril do próximo ano", destacou o presidente da Abravest. Nas roupas femininas, as etiquetas vão indicar a "estatura", "medida ombro a ombro" (no caso dos casacos), "busto", "cintura", "quadril" e "comprimento", conjuntamente aos biotipos "normal", "atlético" e "obeso". A expectativa da entidade é de que as roupas femininas também contenham mais de vinte referências de tamanho.

Desde o início deste ano, as roupas infantis já contam com a padronização dos tamanhos, num total de 22 referências de medidas. Segundo Chadad, as indústrias estão reestruturando sua produção com as novas normas. "Por enquanto, apenas 5% das fábricas, principalmente as de uniformes escolares, já se adequaram", disse. Mas esse número deve subir. "Mais de 100 fábricas em São Paulo devem se adequar até o final deste ano, porque os colégios estão passando a exigir as novas padronizações."

O dirigente da Abravest destacou que as padronizações são apenas uma referência, e não uma obrigação prevista na legislação. Segundo ele, a entidade investiu mais R$ 400 mil na elaboração e nos estudos das medidas, que contaram com mais de cem reuniões com representantes da indústria, varejo, matéria-prima e consumidores, por meio da ABNT. A entidade vai disponibilizar, gratuitamente, aos fabricantes assessoria técnica para que as empresas se adaptem às padronizações. "Ninguém vai pagar pelas normas."

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Fonte:|http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/70096_PADRONIZACAO+DA+ROUP...

 

 

 

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A grande vantagem da padronização é que a partir do momento que  o consumidor habitua a ela e faz uso da mesmo inibirá a importação de produtos chineses que chegam cá sem normas. doravante é comum uma etiqueta G de procedência chinesa servir em um manequim 38 brasileiro. Aumentando a demanda interna pela confiabilidade e gerando empregos.

Concordo com vc, quando padronizarem as roupas, inibirará a compra de produtos chineses e outros...

Aqui na minha cidade um homem na hora que virou a roupa pelo avesso, ele descobriu que a mesma era feita com tecido de roupas hospitalares.

 

 

 TODA ESSA RENOVAÇÃO A PADRONIZAÇÃO, A  RESPOSTA SERÁ IMEDIATA DIANTE DESSA DEMANDA SEM LOGICA QUE SOFREMOS POR TERMOS DE ENGOLIR PRUDUTOS FEITOS NA MARRA DESSA CONCORRENCIA DESLEAL!

 AI AS COISAS COMEÇAM A TER UMA NOVA FORMA  DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTOE AGREGADA A COMFIABILIDADE...OK!

TEMOS VARIAS EMPRESAS NO BRASIL QUE COMPRAM DA CHINA E  SÓ COLOCAM A ETIQUETA AQUI! TENHA POSTURA ....ISSO NÃO É UMA VERGONHA...É SACANAGEM!OU MELHOR FALTA DE CORAGEM ...NÃO PRESTIGIA OS ESTILISTAS ... E TRABALHADORES DO BRASIL!

Esta norma de padronização está na incubadora desde 1983.

Será tão difícil assim pegar uma norma já utilizada por um pais mais desenvolvido,copiar,fazer uma pesquisa antropométrica nacional e implantar a norma com as medidas do povo brasileiro?

Precisamos parar com esta mania de não querer copiar o que é bom.

Mais uma vez estamos perdendo o bonde da história.

As vendas via Internet estão cada vez maiores e nós não conseguimos ter o embrião de uma norma! 

Se o Brasil não se antecipar, vai acontecer o mesmo que vem ocorrendo na Europa principalmente aqui em Portugal. Portugal é um exemplo negativo, não há normas, tudo é feito na china, hoje Levi`s Tomy , todas as marcas lá produzem, o que acontece é não perceberem que é um circulo vicioso, os empregos vão para lá, não havendo emprego, não gira capital, sem dinheiro não há consumidores. No Brasil ainda há designers que se preocupam em produzir dentro do pais gerando sustentabilidade. A normatização será bem vinda e auxiliará a estes.
Desde que estou no ramo têxtil, há 26 anos, escuto falar nesta padronização. Ainda não perdi a esperança, mas estou cansada de escutar e a coisa não acontece. Precisamos saber o porque, pois é de interesse de todos e ninguém toma a frente, ou muitos tomam a frente e ninguém executa.

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