Com a perspectiva de plantar 1,5 milhão de hectares de algodão na safra 2011/2012, o Brasil deve bater o recorde histórico da cultura, com uma colheita superior a 2,1 milhões de toneladas de algodão em pluma. Caso o clima colabore, o estado mato-grossense também deve superar a sua melhor marca de produção, e alcançar 1,1 milhão de toneladas.
Os cotonicultores brasileiros estão muito otimistas com a próxima safra, que deve começar a ser plantada em meados de dezembro. A primeira razão apontada é o preço do produto, que mesmo durante a época da colheita superava a marca de US$ 1 por libra peso.
Segundo a Associação Brasileira dos produtores de Algodão (Abrapa), com um incremento de área na casa dos 5%, passando de 1,3 milhão de hectares na safra 2010/2011, para pouco mais de 1,5 na safra que se inicia, a expectativa é de uma safra recorde. "Apesar de um crescimento pequeno em área, a produtividade por hectare tem sido muito boa nos últimos anos. Com isso esperamos bater o recorde de produção, superando os 2,1 milhões de toneladas de pluma, contra os 1,9 da safra anterior", contou Sérgio De Marco, presidente da entidade nacional.
Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também aposta em uma área total de algodão de 1,5 milhão de hectares, a evolução do processo produtivo via adoção de tecnologias deverá, salvo condições climáticas, garantir ligeiros ganhos de produtividade, ou manter os mesmos níveis obtidos na safra anterior. "O clima pode ser o único vilão dessa próxima safra, principalmente no Mato Grosso. Até porque a produtividade média está muito boa", garantiu De Marco, da Abrapa.
Já a comercialização da safra 2011/2012 do produto já supera os 30%, que segundo De Marco, ainda está aquém dos volumes negociados nos anos anteriores. "Dessa safra o Brasil comercializou cerca de 30%, isso porque os preços estavam muito atrativos, o que representa 650 mil toneladas. Muitos produtores ainda seguem no aguardo de novas altas para vender mais".
No caso do principal estado produtor do País, o Mato Grosso deve ampliar 6% a sua área, passando dos atuais 700 mil hectares para aproximadamente 750 mil. "A Conab falou em 10% de crescimento na área de algodão do estado, mas o incremento será menor. Ligamos para mais de 90% dos produtores, que nos confirmaram isso", comentou o presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Carlos Ernesto Augustin.
Fonte:|DCI
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