Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Recuo na indústria deixa máquinas paradas no maior polo têxtil do país

Não tivess

Não tivesse pisado em um chão de fábrica quando ainda era criança e tomado gosto pela tecelagem, a concorrência chinesa e a desvalorização da moeda brasileira, que torna a compra de produtos de outros países ainda mais atrativa, já teriam feito Cleonice fechar a pequena fábrica que mantém em Americana, no interior de São Paulo. A cidade, que concentra o maior pólo da indústria têxtil do Brasil vê, em 2011, o setor - que chegou a representar mais de 80% do PIB do município décadas atrás - perder ainda mais força na economia regional.

A indústria foi o setor mais afetado pela perda de ritmo da economia .... Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (6), o setor teve contração de 0,9% no período, na comparação com o trimestre anterior – o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009, quando recuou 6,4%.

Odair e Cleonice Pistolato, donos da Cleonice Indústria Têxtil, em Americana (Foto: Anay Cury/G1)Odair e Cleonice Pistolato, donos da Cleonice Indústria Têxtil, em Americana (Foto: Anay Cury/G1)

Cleonice Pistolato, 55 anos, divide com o marido Odair a administração de uma indústria que produz tecidos de seda pura - uma das poucas em Americana – e, para conseguir manter seu negócio de pé, trabalha durante todos os dias da semana e não tem hora para ir embora.

Em 2011, com o aumento da entrada de produtos asiáticos e a redução da oferta de matéria-prima, a produção da empresa de Cleonice caiu de 10 mil para 8 mil metros por mês e a máquina mais moderna que possuía, capaz de produzir mais tecido em menos tempo, teve de ser desligada.

“A gente poderia estar produzindo bem mais. Até começamos a modernizar nossa produção, mas a importação acaba nos derrubando. A China põe muita seda no mercado. Antes, havia de quatro a cinco fornecedores de fios de seda. Hoje, por causa dessa concorrência com os chineses, só sobrou um. E o preço acabou ficando mais alto”, contou Cleonice, enquanto mostrava o funcionamento de sua fábrica, que conta com 14 máquinas elétricas de madeira fabricadas entre as décadas de 1940 e 1950 e operadas manualmente por cinco funcionários.

Os números da pequena empresa refletem a desaceleração vivida pelo setor. De acordo com o presidente do sindicato das indústrias do pólo de Americana (Sinditec), Fábio Beretta Rossi, o parque fabril da região tem hoje capacidade para fabricar 200 milhões de metros de tecido por mês, mas a produção das máquinas não passa dos 130 milhões.

“Quando houve aquela crise no início dos anos 90, a gente produzia uns 120, 110 milhões de metros de tecidos por mês. Quando chegamos em 2000, essa produção ficou em torno de 80. Daí, houve modernização, em torno de sete a oito anos de crescimento ininterrupto. Em 2005, chegamos a 160 milhões de metros. E agora nós estamos a 120, 130... está voltando ao patamar dos anos 90, e a tendência é de queda para o ano que vem, se nada for feito”, disse Rossi, prevendo que a produção fique perto de 100 mil metros por mês em 2012.

No Brasil, de janeiro a setembro deste ano, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a produção do setor têxtil acumula queda de 16,63% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Das 28 máquinas da Pazolin, em Americana, 12 estão paradas (Foto: Anay Cury/G1)Das 28 máquinas da Pazolin, em Americana, 12 estão paradas (Foto: Anay Cury/G1)

Na indústria de tecidos para decoração Pazolin, também em Americana, a produção recuou, fazendo o proprietário Jailson de Oliveira Fagundes avaliar 2011 como um dos piores anos para o setor. “Eu trabalhei o ano todo com, praticamente, 50%, 60% da minha capacidade. Das 28 máquinas da pequena indústria de Fagundes, que tem 22 funcionários, 12 estão paradas.

No final do ano, a demanda da Pazolin costuma crescer perto de 40%, “na pior das hipóteses”, segundo o dono. Porém, considerando o desempenho dos negócios ao longo do ano, Fagundes já prevê que 2011 fechará sem qualquer crescimento. Com isso, o reforço do quadro de funcionários, que chegava a 15% do total, as horas extras de trabalho e a bonificação oferecida nessa época foram cancelados.

Ao perder mercado para os produtos de fora, em especial para os chineses, que trazem ao mercado nacional tecidos e roupas prontas a preços mais baixos, muitas empresas, mesmo reduzindo sua produção, veem seus armazéns entupidos de tanto estoque sem destino. Antonio Pilotto, dono de uma fábrica de tecidos para decorações, cortinas, capas para sofás e até malhas, disse que há pouco tempo vendia 150 mil metros por mês de gorgurinho, por exemplo. Hoje, conta que não consegue vender nem 30 mil.

"Eu trabalhei o ano todo com, praticamente, 50%, 60% da minha capacidade", disse Jailson Fagundes (Foto: Anay Cury/G1)
"Eu trabalhei o ano todo com, praticamente, 50%,
60% da minha capacidade", disse Jailson
Fagundes (Foto: Anay Cury/G1)

“A indústria está vendendo em torno de seis meses por ano aquilo que seria suficiente para se sustentar. Nos outros seis anos, não consegue atingir essas vendas. Então, aquilo que se programa para você conseguir, de custo, não consegue nesses seis meses. A venda dos meses bons acaba pagando a falta de vendas nos meses ruins. Então, está muito difícil conseguir lucro.”

No galpão de sua empresa, há pilhas de tecidos coloridos, prontos, e Pilotto mal consegue passar nos corredores sem esbarrar nos rolos. “Está vendo tudo isso? São R$ 2 milhões parados. Não tenho mais onde colocar isso tudo, não tem tido saída. Se continuar desse jeito, no ano que vem, vou ter que parar de produzir”, disse.

Empregos
Demanda baixa, estoques altos e concorrência cada vez mais presente se traduzem em diminuição das contratações. A previsão do sindicato das indústrias é que o polo de Americana empregue, formalmente, 3.000 pessoas a menos em 2011, em relação a 2010, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Ministério do Trabalho.

De janeiro a outubro deste ano, somente no município de Americana, de acordo com o Caged, a indústria de transformação acumula corte de 328 vagas e, em 12 meses, de 844. Os números mostram que os setores de serviços, seguido pelo de comércio, concentram a maioria dos postos de trabalho abertos no período.

Considerando a indústria têxtil brasileira, que também tem em Santa Catarina um forte polo, de janeiro a outubro deste ano foram geradas 18 mil vagas de emprego, enquanto no mesmo período do ano passado, ficaram perto de 80 mil. No polo de Americana, além de não contratarem mais, muitas empresas tiveram de dar férias coletivas prolongadas ou até mesmo demitir durante o ano e 2011 em todo o Brasil. De acordo com dados do sindicato dos trabalhadores da região, até novembro, foram registradas 2.016 demissões.

Michel Pelissari, 21 anos, é um desses trabalhadores que perderam emprego devido ao mau momento vivido pelo setor. Ele trabalhou durante dois anos e quatro meses em uma indústria têxtil na região de Americana e há pouco menos de um mês teve de deixar o emprego. “Foi uma surpresa, eu me dava bem com todos os chefes. A dona gostava de mim. A gente imaginava que alguém seria demitido, mas não que seria eu. A dona me chamou e, chorando, disse que teria que me demitir e pediu perdão, mas falou que poderia me recontratar em fevereiro, se as coisas melhorassem”, contou o jovem, que agora estuda para trabalhar com informática.

Antonio Pilotto tem R$ 2 milhões de tecidos em estoque na sua fábrica, em Americana (Foto: Anay Cury/G1)Antonio Pilotto tem R$ 2 milhões de tecidos em
estoque na sua fábrica, em Americana (Foto:
Anay Cury/G1)

“Não demiti porque é política da empresa não demitir em final de ano, porque a perspectiva era melhorar. Então, a gente segurou. Mas na empresa de amigos nossos mandaram pelo menos um terço do quadro de funcionários embora”, afirmou Jailson Fagundes.

O presidente do sindicato que representa as empresas, Fábio Beretta Rossi também lembrou que a alternativa de algumas empresas, a demitir funcionários, foi ampliar as férias coletivas. “Nós temos notícia de que algumas fizeram [ampliação]. Em vez de serem, tipo, dez dias de férias, deram 20 dias.

A empresa de Antonio Pilotto, por exemplo, teria condições de contratar mais 20 funcionários, além do quadro que já possui. “Se fosse olhar hoje, eu poderia ter uns 70 funcionários, mas não chegamos a 50. Tenho capacidade e maquinário, mas isso não é suficiente.” De acordo com dados da Abit, o setor têxtil emprega 1,7 milhão de pessoas - 75% desse total são mulheres – e é considerado o segundo maior empregador da indústria de transformação. Também ocupa o segundo lugar entre os maiores geradores do primeiro emprego.

O ano de 2011 ainda não fechou, mas a estimativa é de que as indústrias que integram o polo de Americana registrem queda de 10% a 15% na comparação com o ano anterior. “Esses números são de pesquisas que nós fazemos com os empresários, não falamos de valor. Umas empresas estão operando com 50% do parque, outras já estão paradas. O ano já acabou para muitas”, contou o presidente do Sinditec.

A diminuição do ritmo de crescimento do setor também tem outros motivos além dos tão falados chineses. Para Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, há outras variáveis que atravancam o avanço das indústrias têxteis. “Em princípio, o que de pior o setor enfrenta é tributação superior a de outros países emergentes, burocracia infernal, custo da logística, que é o dobro da dos EUA, taxa de juros elevada, subsídios à exportação na China e crise pela qual passa a Europa, por exemplo”.

Michel Pelissari trabalhou por mais de dois anos em uma indústria têxtil, mas foi demitido há pouco menos de um mês (Foto: Anay Cury/G1)Michel Pelissari trabalhou por mais de dois anos
em uma indústria têxtil, mas foi demitido há pouco
menos de um mês (Foto: Anay Cury/G1)

De acordo com dados da associação, de janeiro a outubro deste ano, o volume de exportações totalizou US$ 2,26 bilhões, alta de 24,40% sobre o mesmo período de 2010. Já quando se fala de importação, o crescimento foi maior, de 34%, passando de US$ 4,12 bilhões de janeiro a outubro de 2010 para US$ 5,52 bilhões no acumulado em 2011. Só da China, foram importados US$ 2,4 bilhões em 2011, contra US$ 1,75 bilhão em 2010.

O que fazer?
Diante de tantas barreiras ao crescimento do setor, que, em Americana, foi responsável por mais de 80% do PIB na década de 1990, e hoje representa 50% do PIB da região, outras alternativas encontradas por alguns empresários são cortar despesas, sem dispensar funcionários, e fazer empréstimos. Ainda que não sejam ideais, estão permitindo que as portas não sejam fechadas.

Para a Cleonice, só sobrevive no setor quem trabalha com equipe reduzida e reduz gastos dispensáveis. “Só não fechamos até agora porque trabalhamos de forma enxuta e com produto diferenciado. Se eu e o meu marido não trabalhássemos aqui, não teríamos condição de contratar mais duas pessoas e ainda ter algum lucro.”

Mesmo diferenciando a oferta dos produtos produzidos em sua indústria, Pilotto teve de fazer mais. “Prejuízo nós tivemos em 2008. Foi sério e estou pagando ele até agora. Agora, para poder tocar o barco, tivemos que entrar no banco, pagar no financiamento. Tem um que vou terminar de pagar em março, ainda de 2008. Quarenta parcelas de R$ 11 mil. Infelizmente precisamos de banco para trabalhar. Tenho R$ 200 mil de despesas fixas por ano. O mês em que eu não produzo, tenho que arrumar um jeito de pagar”, disse Pilotto.

Contra a situação enfrentada, o setor disse ter pedido ao governo que aja para impedir que a indústria têxtil perca mais espaço nos próximos anos. No último dia 25 de novembro, o ministro da Fazenda Guido Mantega, disse que o governo estudaria medidas para estimular a competitividade do setor... Na ocasião, o ministro disse que o sinal vermelho para o segmento havia sido aceso.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Americana, Luiz Carlos Martins, a desaceleração pela qual passa o setor têxtil teve menor impacto na economia de America porque , ao longo dos anos, houve diversificação das atividades na região, que deu lugar também aos setores de autopeças, de metalurgia, de tecnologia da informação e de serviços em geral. Hoje, o setor têxtil responde por um percentual que varia de 23% a 25% da economia do município.

Fonte:

Anay Cury Do G1, em Americana

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Respostas a este tópico

QUANDO FOI O SETOR DA INDUSTRIA AUTOMOBILISTICA QUE RECLAMOU, O GOVERNO DE PRONTO TOMOU A DECISAO DE AUMENTAR O IPI DOS CARROS IMPORTADOS.

 

POR QUE COM A INDUSRTRIA TEXTIL, QUE EMPREGA MUITO MAIS PESSOAS ELES NAO TOMAM TAMBEM UMA DECISAO RAPIDA????

 

SE DEMORAREM MUITO NAO VAI TER MAIS NCESSIDADE DE TOMAREM A DECISAO POIS NAO HAVERA MAIS INDUSTRIA TEXTIL NO PAIS.

 

LOPES

 

É SR MINISTRO MANTEGA, QUANDO FOR FAZER ALGUMA COISA NÃO SERÁ TARDE DEMAIS.

ACORDA BRASIL, ACHO QUE ESTAMOS SOZINHOS NESSA, PORQUE ATÉ AGORA NÃO VI NENHUM PRONUNCIAMENTO A ESSE ASSUNTO.

A INDÚSTRIA TEXTIL/ BENEFICIAMENTO / CONFECÇÃO ,ENTROU EM COLAPSO!!!!

ACORDA!!!!MANTEGA!!!!ACORDA DILMA!!!!

 

GEORGES LOUIS

a caca está feita!!!!! vamos esquecer Mantega...que acende o ""faraol vermelho"" tarde demais!!!! passou o ano todo prometendo e ""estudando"" situaçoes para minimizar, entretanto nunca foi tomada as medidas necessarias. recentemente a mediocre de nossa presidente Dilma , afirmou que deveriamos procurar nichos de mercado.  a CLEONICE IND TEXTIL já estava com um nicho de mercado com valor agregado alto, ...mas nao podemos esquecer que até a seda na Italia a china conseguiu matar!!! ( estas 2 materias já foram postadas aqui neste site).  a inadimplencia cresce a cada dia, nao existe consumidor para produtos brasileiros, pois os preços são altos comparadois com a China....+ cambio + corrupção dentro da alfgandega...+ excesso de ganancia de quem importa....etc..etc...são fatores que somados culminam com a desgraça que estamos passando. e o futturo...como será????

em nossa região temos alguns politicos que se dizem comprometidos com frente textil etc...etc....tb nada tivemos de concreto!!!

sugiro que leiam a reportagem do Sr Giussepe postada aqui recentemente.......

nosso governo apenas toma..nada reverte para a populaçao!!! particularmente acho necessario medidas mais serias da população, pois vamos ainda passar pelo que atualmente passa a europa...acredito que ainda no proximo ano!!!!!

adalberto

segue a repostagem de Sr Giusseppe....por favor : avaliem ....

O Ocidente está preste a declarar guerra à China

 

! Será uma luta desigual e o ataque

será a qualquer momento

Os motivos são graves. A China vinha sorrateiramente se preparando há tempos com

estratégias para enfraquecer o futuro inimigo. Ela conseguiu, destruindo todas as estruturas

econômicas dos países ocidentais. O Ocidente está em profunda crise econômica, só resta

reagir com o uso de sua estrutura militar antes que seja tarde demais. Por isso o primeiro

ataque será a qualquer momento.

Você se assustou? Ainda bem que podemos brincar com coisas sérias numa situação

seríssima.

A economia ocidental realmente está em profunda crise e todos querem culpar a China.

Mas a China não tem culpa nenhuma. Ela apenas retirou o pano sob o qual se escondiam os

resultados negativos que as falsas políticas sociais produziram no Ocidente. É necessário ter

política social, mas isso é tarefa de governo e não se pode impor tal tarefa ao cidadão que cria

empregos. Quando se cria vantagem para uma pessoa e desvantagem para outra, é óbvio que

se cria um desequilíbrio operacional, e um dia a conta chegará ao próprio beneficiário. As

políticas sociais, no âmbito trabalhista, são 100% originárias da demagogia política, porque são

direitos artificiais oferecidos às custas de quem, ao criar um emprego, já está praticando o

maior ato social. Um direito trabalhista não é um direito social, ele é um assalto institucional que

obriga a vítima (o empregador) a colocar a mão no bolso e passar o dinheiro para uma terceira

pessoa (o empregado), do qual o assaltante (o governo) espera um repasse da parcela em

forma de “voto”. E chamam isso de política social. Puro engano! A verdadeira política social é

quando toda a sociedade, representada por seu governo, se mobiliza para ajudar quem

necessita, mostrando como deveria realmente ser eficiente com a saúde, a segurança, a

educação, para seus cidadãos contribuintes. Mas ele não o faz, para priorizar com mais

recursos os salários milionários do corporativismo do Estado; para alimentar a corrupção e

acobertar a incompetência administrativa, expressa na má qualidade dos eleitos pela maioria

inculta ou inconsciente de eleitores. A carga tributária e a ineficiência administrativa são

diretamente proporcionais ao índice de corrupção e demagogia do país.

Nós só temos que agradecer, e muito, à China.

Quando um político, demagogo por excelência, fala que mais de 40 milhões de brasileiros

chegaram à classe média nos últimos anos não é porque o poder de compra deles aumentou,

mas é porque o produto do sonho de consumo deles tornou-se muito barato e acessível,

graças à China. “Não foi Maomé que foi à montanha, mas a montanha que foi até Maomé.”

Não fosse pela China, nós estaríamos pagando mais de R$ 500,00 por uma camisa e não

R$ 25,00. Uma chapa de agulhas para máquina de costura reta, que há 30 anos se importava

do Japão por US$ 6,00 (seis dólares) e se vendia por R$ 30,00, hoje se importa por US$ 0,20

(vinte centavos de dólar) e se vende por R$ 1,00. Tudo isso porque a China tem uma carga

tributária entre 10% e 12% do PIB, e não de 40% como a nossa. Porque o chinês ama o

trabalho e sua produção de um dia vale por cinco dias de produção de um trabalhador

ocidental. Produz bem e barato porque vende apenas seu trabalho e não leva para a empresa

empregadora obrigações produzidas por direitos artificiais de leis demagogas que só servem

para aumentar o custo do produto e a ociosidade do trabalhador. Na China recolhem-se

apenas tributos para a previdência social.

Prestem atenção a esta realidade da nossa sociedade:

Quando uma pessoa vai trabalhar para uma empresa, só fica preocupada com os direitos

que os políticos criaram para ela, como vale-transporte e alimentação, direitos de maternidade,

paternidade, férias, 13º, PLR etc., e reclamando de trabalho escravo, movimentos repetitivos,

acúmulo de funções, pressão psicológica, carga horária rigorosa, riscos na viagem de ida e

volta ao trabalho etc. Mas quando essa mesma pessoa, não encontrando trabalho nas

empresas, decide montar seu próprio “ganha-pão” em casa, com uma máquina de costura ou

outra coisa, ela passa a trabalhar 15, 16 horas por dia, visando a uma grande produção e boa

qualidade. Quem é, nesse momento, seu escravizador? Ninguém. É a sua vontade de

trabalhar. Quem é que está lhe tirando os direitos? Simplesmente não existem direitos. Existe,

sim, a grande perspectiva de ser bem-sucedido, porque o sucesso só se alcança com muito

trabalho, e não com direitos artificiais. E lá na China essa filosofia não é de uma pessoa, mas

de toda a nação. É no trabalho que os chineses estão encontrando a solução de todos os seus

problemas, o sucesso de 1,5 bilhão de pessoas.

Então nosso inimigo não está na China, mas dentro de casa. Em tudo o que torna nosso

produto caro. Está na corrupção, na impunidade e, acima de tudo, nas leis trabalhistas, que

só foram engenhadas e serviram para levar ao poder políticos corruptos e sindicalistas

demagogos. Pior que, em pleno século 21, com o povo já culturalmente evoluído, ainda há

“caras de pau” insistindo em novas leis, querendo reduzir a semana de trabalho de 44 para 40

horas, e que, com o Projeto de Lei 3941/89, já conseguiram aumentar o tempo de aviso prévio

em até 300%, para onerar ainda mais o trabalho. Demagogia não falta para encarecer ainda

mais o custo Brasil.

Gostaria de pedir a esses sindicalistas que nos demonstrem que, além da farta demagogia,

possuem também inteligência e apresentem uma solução que possa resolver o atual problema.

Que promovam o ressurgimento das nossas indústrias, e em condições competitivas com as

chinesas. E não me venham com a velha história de que os chineses ganham US$ 20 ou US$

30 mensais porque nas cidades industriais o salário do operário, em moeda chinesa, é de 2

mil RMB (mais ou menos US$ 300), maior do que no Brasil; só que com 1 RMB se compra o

equivalente ao que se compra com US$ 1 no Ocidente. Isso porque os preços internos não

são inflacionados por altíssimos impostos e por leis trabalhistas demagogas.

Sindicalistas não sabem nada! E não têm o mínimo senso de responsabilidade em sua

consciência, para pensar nos efeitos negativos de seus atos. Só sabem falar besteiras e,

enquanto “defendem” os trabalhadores brasileiros, só usam produtos chineses!

*Reprodução liberada*

GIUSEPPE TROPI SOMMA É EMPRESÁRIO E PRESIDENTE DA ABRAMACO. GIUSEPPE@CAVEMAC.COM.BR

 

 

 

SEPPE TROPI SOMMA | Ponto de Vista

Foto: Divulgação

Edi ªo 64.qxp 08/11/2011 11:10 Page 129

 

 

ESTA REPORTAGEM E SEUS COMENTARIOS DEVERIAM CHEGAR ATÉ ALGUEM MUITO NPROXIMO DO MINISTRO, POIS ACREDITO QUE DIRETO A ELE SEJA IMPOSSIVEL.

PARA CHEGAR ATÉ O MINISTRO TEMOS DE NOS MESMO IR ATE BRASILIA E ENTREGAR PESSOALMENTE,PORQUE ATE QUANDO IREMOS FICAR SO ASSISTINDO,TEMOS QUE CORRER ATRAS ,TEMOS QUE NOS UNIRMOS E MOSTRAR A FORÇA QUE O TEXTIL TEM , QUEM SABE ELES ACORDAM...............

FOI O MELHOR ARTIGO QUE LÍ À RESPEITO, JÁ HAVIA LIDO NA REVISTA COSTURA PERFEITA.

INCLUSIVE TOMEI A LIBERDADE DE PARABENIZÁ-LO VIA E-MAIL. NO QUAL ME RESPONDEU ,AGRADECENDO, E DIZENDO DA SUA GRANDE PREOCUPAÇÃO COM SETOR.

ESTE ARTIGO MERECIA SAIR NA REVISTA VEJA,ÉPOCA..ETC

OU QUE O SETOR TODO AJUDASSE A PAGAR, PARA COLOCÁ-LO EM PÁGINA PAGA, NUMA DESSAS REVISTAS.

QUE TAL??

GEORGES LOUIS

Gostaria de compartilhar com os industriais que sofrem com a concorrencia chinesa.

Além das providencias financeiras para manter o barco , procurar um caminho de mercado inverso ao que se estava agregando valor ao produto que está estocado.

Sou designer e o meu studio sofreu a mesma concorrencia. os chineses começaram a dar o desenho das estampas para os meus clientes . Então pensei, se os chineses estao dando os desenhos eles então precisam de desenho. Então os chineses poderiam comprar os meus desenhos. Mas eles não compram, eles repassam os desenhos de um para outro  cliente. Ao final de um ano os desenhos começam a saturar e a disputa passa a ser o preç.    

Tanto a tecelagem como eu precisamos de um caminho e acho que se  nos uníssemos teríamos um produto diferenciado e condições de competir num mercado onde se paga pela imagem.

Sendo a base de polyester , através da sublimação teríamos um tecido diferenciado para competir no mercado.

E, tenho certeza que outros parceiros aparecerão.

Nós temos que usar a nossa criatividade. em quantidade não conseguiremos competir.

tecido plano de polyester é comodite.    Tecido se vende a metro . Uma quantidade de milhões assusta.

mas os processos hoje permitem fazer pequenas partidas e de pequenas em pequenas.

Se existe um futuro temos que nos unir. Criar um marketing de combate e agregar todos que estão sem saída.

Todo mundo vai ter que repensar tudo.  Quem foi a China sentiu que ali eles lutam pra comer.

Não temos que competir com eles que foram treinados para trabalhar de graça.

Somos criativos e esta é nossa arma. vamos sair desta juntos

-vanda guerra    

studio vanda guerra  www.vandaguerra.com

Vamos cuidar de criar muita imagem do Brasil.,pq o mundo está ja de olho na gente.

.

VANDA,

NÃO ESTAMOS FALANDO DE PEQUENAS INDÚSTRIAS QUE VÃO FAZER POR METRO....E SIM DE MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS, QUE NÃO SABEM O QUE FAZER COM SEU GRANDE MAQUINÁRIO PARADO ,FUNCIONÁRIOS, E SEM FALAR NOS ESTOQUES.

O BURACO É MAIS EMBAIXO....

 

GEORGES LOUIS

Gostaria de compartilhar com os industriais que sofrem com a concorrencia chinesa.

Além das providencias financeiras para manter o barco , procurar um caminho de mercado inverso ao que se estava ,agregando valor ao produto que está estocado.

Sou designer e o meu studio sofreu a mesma concorrência. os chineses começaram a dar o desenho das estampas para os meus clientes . Então pensei, se os chineses estao dando os desenhos eles então precisam de desenho. Então os chineses poderiam comprar os meus desenhos. Mas eles não compram, eles repassam os desenhos de um para outro  cliente. Ao final de um ano os desenhos vão começar a saturar e a disputa passa a ser o preço. 

Tanto a tecelagem como eu precisamos de um caminho e acho que se  nos uníssemos teríamos um produto diferenciado e condições de competir num mercado onde se paga pela imagem.

Sendo a base de polyester , através da sublimação teríamos um tecido diferenciado para competir no mercado.

E, tenho certeza que outros parceiros aparecerão.

Nós temos que usar a nossa criatividade. em quantidade não conseguiremos competir.

tecido plano de polyester é comodite.    Tecido se vende a metro . Uma quantidade de milhões assusta.

Mas os processos hoje permitem fazer pequenas partidas e de pequenas em pequenas, faremos milhoes.

Se existe um futuro temos que nos unir. Criar um marketing de combate e agregar todas as empresas que estão sem saída através der produtos.

Para mim ficar nas mãos dos chineses é invitável e previsível,;mas dos políticos é muito arriscado..

Todo mundo vai ter que repensar tudo.  Quem foi a China sentiu que ali eles lutam pra comer.

Não temos que competir com eles em horas de trabalho de graça porque eles foram treinados para isto.

Somos criativos e esta é nossa arma. vamos sair desta juntos

-vanda guerra    

studio vanda guerra  www.vandaguerra.com

Vamos cuidar de criar muita imagem do Brasil.,pq o mundo está ja de olho na gente.

Anexos



adalberto oliveira martins filho disse:

segue a repostagem de Sr Giusseppe....por favor : avaliem ....

O Ocidente está preste a declarar guerra à China

 

! Será uma luta desigual e o ataque

será a qualquer momento

Os motivos são graves. A China vinha sorrateiramente se preparando há tempos com

estratégias para enfraquecer o futuro inimigo. Ela conseguiu, destruindo todas as estruturas

econômicas dos países ocidentais. O Ocidente está em profunda crise econômica, só resta

reagir com o uso de sua estrutura militar antes que seja tarde demais. Por isso o primeiro

ataque será a qualquer momento.

Você se assustou? Ainda bem que podemos brincar com coisas sérias numa situação

seríssima.

A economia ocidental realmente está em profunda crise e todos querem culpar a China.

Mas a China não tem culpa nenhuma. Ela apenas retirou o pano sob o qual se escondiam os

resultados negativos que as falsas políticas sociais produziram no Ocidente. É necessário ter

política social, mas isso é tarefa de governo e não se pode impor tal tarefa ao cidadão que cria

empregos. Quando se cria vantagem para uma pessoa e desvantagem para outra, é óbvio que

se cria um desequilíbrio operacional, e um dia a conta chegará ao próprio beneficiário. As

políticas sociais, no âmbito trabalhista, são 100% originárias da demagogia política, porque são

direitos artificiais oferecidos às custas de quem, ao criar um emprego, já está praticando o

maior ato social. Um direito trabalhista não é um direito social, ele é um assalto institucional que

obriga a vítima (o empregador) a colocar a mão no bolso e passar o dinheiro para uma terceira

pessoa (o empregado), do qual o assaltante (o governo) espera um repasse da parcela em

forma de “voto”. E chamam isso de política social. Puro engano! A verdadeira política social é

quando toda a sociedade, representada por seu governo, se mobiliza para ajudar quem

necessita, mostrando como deveria realmente ser eficiente com a saúde, a segurança, a

educação, para seus cidadãos contribuintes. Mas ele não o faz, para priorizar com mais

recursos os salários milionários do corporativismo do Estado; para alimentar a corrupção e

acobertar a incompetência administrativa, expressa na má qualidade dos eleitos pela maioria

inculta ou inconsciente de eleitores. A carga tributária e a ineficiência administrativa são

diretamente proporcionais ao índice de corrupção e demagogia do país.

Nós só temos que agradecer, e muito, à China.

Quando um político, demagogo por excelência, fala que mais de 40 milhões de brasileiros

chegaram à classe média nos últimos anos não é porque o poder de compra deles aumentou,

mas é porque o produto do sonho de consumo deles tornou-se muito barato e acessível,

graças à China. “Não foi Maomé que foi à montanha, mas a montanha que foi até Maomé.”

Não fosse pela China, nós estaríamos pagando mais de R$ 500,00 por uma camisa e não

R$ 25,00. Uma chapa de agulhas para máquina de costura reta, que há 30 anos se importava

do Japão por US$ 6,00 (seis dólares) e se vendia por R$ 30,00, hoje se importa por US$ 0,20

(vinte centavos de dólar) e se vende por R$ 1,00. Tudo isso porque a China tem uma carga

tributária entre 10% e 12% do PIB, e não de 40% como a nossa. Porque o chinês ama o

trabalho e sua produção de um dia vale por cinco dias de produção de um trabalhador

ocidental. Produz bem e barato porque vende apenas seu trabalho e não leva para a empresa

empregadora obrigações produzidas por direitos artificiais de leis demagogas que só servem

para aumentar o custo do produto e a ociosidade do trabalhador. Na China recolhem-se

apenas tributos para a previdência social.

Prestem atenção a esta realidade da nossa sociedade:

Quando uma pessoa vai trabalhar para uma empresa, só fica preocupada com os direitos

que os políticos criaram para ela, como vale-transporte e alimentação, direitos de maternidade,

paternidade, férias, 13º, PLR etc., e reclamando de trabalho escravo, movimentos repetitivos,

acúmulo de funções, pressão psicológica, carga horária rigorosa, riscos na viagem de ida e

volta ao trabalho etc. Mas quando essa mesma pessoa, não encontrando trabalho nas

empresas, decide montar seu próprio “ganha-pão” em casa, com uma máquina de costura ou

outra coisa, ela passa a trabalhar 15, 16 horas por dia, visando a uma grande produção e boa

qualidade. Quem é, nesse momento, seu escravizador? Ninguém. É a sua vontade de

trabalhar. Quem é que está lhe tirando os direitos? Simplesmente não existem direitos. Existe,

sim, a grande perspectiva de ser bem-sucedido, porque o sucesso só se alcança com muito

trabalho, e não com direitos artificiais. E lá na China essa filosofia não é de uma pessoa, mas

de toda a nação. É no trabalho que os chineses estão encontrando a solução de todos os seus

problemas, o sucesso de 1,5 bilhão de pessoas.

Então nosso inimigo não está na China, mas dentro de casa. Em tudo o que torna nosso

produto caro. Está na corrupção, na impunidade e, acima de tudo, nas leis trabalhistas, que

só foram engenhadas e serviram para levar ao poder políticos corruptos e sindicalistas

demagogos. Pior que, em pleno século 21, com o povo já culturalmente evoluído, ainda há

“caras de pau” insistindo em novas leis, querendo reduzir a semana de trabalho de 44 para 40

horas, e que, com o Projeto de Lei 3941/89, já conseguiram aumentar o tempo de aviso prévio

em até 300%, para onerar ainda mais o trabalho. Demagogia não falta para encarecer ainda

mais o custo Brasil.

Gostaria de pedir a esses sindicalistas que nos demonstrem que, além da farta demagogia,

possuem também inteligência e apresentem uma solução que possa resolver o atual problema.

Que promovam o ressurgimento das nossas indústrias, e em condições competitivas com as

chinesas. E não me venham com a velha história de que os chineses ganham US$ 20 ou US$

30 mensais porque nas cidades industriais o salário do operário, em moeda chinesa, é de 2

mil RMB (mais ou menos US$ 300), maior do que no Brasil; só que com 1 RMB se compra o

equivalente ao que se compra com US$ 1 no Ocidente. Isso porque os preços internos não

são inflacionados por altíssimos impostos e por leis trabalhistas demagogas.

Sindicalistas não sabem nada! E não têm o mínimo senso de responsabilidade em sua

consciência, para pensar nos efeitos negativos de seus atos. Só sabem falar besteiras e,

enquanto “defendem” os trabalhadores brasileiros, só usam produtos chineses!

*Reprodução liberada*

GIUSEPPE TROPI SOMMA É EMPRESÁRIO E PRESIDENTE DA ABRAMACO. GIUSEPPE@CAVEMAC.COM.BR

 

 

 

SEPPE TROPI SOMMA | Ponto de Vista

Foto: Divulgação

Edi ªo 64.qxp 08/11/2011 11:10 Page 129

 

 

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