Ainda que seja o segundo maior gerador de empregos no Brasil, ficando atrás apenas da construção civil, o setor têxtil tem pouca atenção do governo e a situação vai se agravando com a crise econômica atual. São empresas que fecham as portas ou reduzem a produção e postos de emprego eliminados. Ainda assim os empresários e entidades representativas mantêm firme a esperança de que medidas urgentes possam ser adotadas para que o setor volte a crescer e a gerar empregos.
O momento é ainda pior do que há 20 anos, quando houve a abertura de mercado de forma indiscriminada, facilitando a entrada de produtos asiáticos. Em maio de 1995, a cidade de Americana, chamada até então de "Princesa Tecelã" por sua vocação têxtil, foi destaque nacionalmente na mídia por ter sido palco de uma grande manifestação, parando até a rodovia Anhangüera, em defesa das indústrias e do emprego. O protesto reuniu empresários, comerciantes, trabalhadores e autoridades, que já reclamavam da falta de apoio do governo. Outros movimentos como esse terão que ser realizados e rodovias fechadas para que o governo volte seus olhos para a indústria têxtil e de confecção, que ainda emprega diretamente mais de 1,6 milhão de trabalhadores?
Empresários apontam que a desoneração da folha de pagamento foi uma medida que ajudou as empresas a se manterem, ampliou a competitividade do produto nacional e estimulou a formalização do mercado de trabalho. No entanto, a presidente Dilma lançou a Medida Provisória 669, que vai novamente aumentar os impostos.
A mudança na desoneração da folha só agrava esse cenário, que já é bastante negativo devido a diversos fatores, como o aumento da tarifa de energia elétrica, o fim do programa Reintegra, que reduzia os custos produtivos, e a elevação da taxa básica de juros (Selic).
Na Assembleia Legislativa, continuamos em ação com os trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção. O objetivo é o fortalecimento do setor, atuando como instrumento político para a manutenção de empregos, tributos mais baratos, bem como contra a concorrência desleal de produtos importados.
Há poucos dias estivemos em audiência na Secretaria Estadual da Fazenda, com representantes das entidades patronais e dos trabalhadores. O crédito presumido de ICMS sobre a folha de pagamento para o setor está entre as principais reivindicações discutidas. Também destacamos a importância do apoio do governo estadual às indústrias paulistas, uma vez que muitas empresas estão migrando para estados que concedem incentivos fiscais para importação de insumos e produtos acabados, criando uma concorrência desleal com as empresas de nosso Estado.
O que nos mostra o quadro atual é que a produção nas indústrias caiu, assim como as exportações, e as demissões só aumentam. Os números negativos levam o setor a apelar aos governos estadual e federal para a adoção de medidas que garantam uma sobrevida às empresas. O sinal de alerta está soando cada vez mais rápido e mais alto para o setor têxtil.
FONTE: http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=364800
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* Chico Sardelli é deputado estadual pelo PV e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Têxtil e de Confecção
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Joao Carlos...ok...vc deve ter razão!!! continuar a compactuar com 2 economias diferentes...2 pesos e 2 medidas.....continuar a gerar empregos em outros países à custa de sacrifício de nossos empregos aqui no Brasil, afinal temos bolsa família....vamos continuar a apoiar a destruição continuadamente de nosso parque fabril......os chineses são inteligentes sem dúvidas...e nós brasileiros, por ganância, falta de patriotismo agregado sobretudo com muita burrice continuaremos a consumir produtos chineses e de outros países...independente do custo sócio-econômico para o Brasil...vc acha isto honesto???acha isto justo???
abç adalberto
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