Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Vestuário: produção cai e vendas no varejo crescem. Só no Brasil

As importações chinesas devastam os empregos e as empresas de confecções brasileiras, alerta Ronald Masijah, presidente do Sindivestuário

 

É um paradoxo que só acontece no Brasil: a produção cai e as vendas no varejo aumentam. Como? A explicação simples e objetiva é do presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah: as importações chinesas abastecem quase totalmente o varejo, devastando os empregos e as empresas de confecção brasileiras. E completa: “Se nada for feito por parte do governo federal, urgentemente, sem dúvida o setor têxtil e de vestuário será extinto em pouquíssimo tempo”.

Enquanto a produção de vestuário em 2013 caiu 11,5% em são Paulo e 6,5% no Brasil, as vendas do varejo aumentaram praticamente 20% e 15%, respectivamente.

“Fabricamos menos e as lojas vendem mais. É um absurdo. Não vemos nenhuma medida do governo que nos dê isonomia competitiva com os produtos chineses”, protesta o presidente do Sindivestuário, informando que, para cada peça de roupa produzida no Brasil, 43% do valor é de impostos, contra apenas 13% se a mesma peça for fabricada na China.

 

Investimentos

 

No ano de 2013, os investimentos no setor têxtil e de confecção superaram R$ 1,3 bilhão. Acima dos R$ 936 milhões, apenas com recursos do BNDES. Em compra de máquinas importadas, já foram outros US$ 800 milhões. Dessa forma, fechamos o ano com mais de US$ 2 bilhões de investimentos no setor, número superior ao do ano de 2012.

 

Perspectivas para 2014

 

– Mesmo com alguma valorização do dólar frente ao real, devemos ter a manutenção do elevado déficit na balança comercial do setor, uma vez que a reconquista de mercados externos é muito difícil (não basta a recuperação lenta dos mercados compradores, EUA e Europa);

 

– A produção industrial em 2014 deve ser melhor do que a de 2013, até mesmo por esse ser um dos piores períodos de que se tem registro. Assim, 2014 deve ter um crescimento de 2%, em nossa avaliação;

 

– A Copa do Mundo não deve influenciar a produção industrial, até mesmo pelo fato de muitos produtos alusivos ao evento estarem vindo do exterior;

 

– O comércio varejista deve ter níveis de crescimento no mínimo iguais aos de 2013, com perspectiva de melhora, por ocasião da renda em alta ainda, do baixo nível de desemprego e dos ganhos reais de salário nos últimos anos;

 

– O ponto relevante pode estar no emprego, que deve parar de crescer em 2014, já que as empresas terão de se adaptar a níveis de produção baixos, buscando, portanto, produtividade.

 

www.sindivestuario.org.br

http://www.costuraperfeita.com.br/edicao/24/materia/opiniao.html

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Respostas a este tópico

Solução é muito complexo. O primeiro passo é mudar política de estado,colocando um governo com ideologia

que se alinha com os interesses da indústria geral e com os interesses da nação Brasileira...

Enquanto a produção de vestuário em 2013 caiu 11,5% em são Paulo e 6,5% no Brasil, as vendas do varejo aumentaram praticamente 20% e 15%, respectivamente.     onde ele tirou estas informacoes, ta louco,

A explicação simples e objetiva é do presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah: as importações chinesas abastecem quase totalmente o varejo, devastando os empregos e as empresas de confecção brasileiras. E completa: “Se nada for feito por parte do governo federal, urgentemente, sem dúvida o setor têxtil e de vestuário será extinto em pouquíssimo tempo”.

antonio fsansak disse:

Enquanto a produção de vestuário em 2013 caiu 11,5% em são Paulo e 6,5% no Brasil, as vendas do varejo aumentaram praticamente 20% e 15%, respectivamente.     onde ele tirou estas informacoes, ta louco,

com importação apenas  de importado , de 161.000 ton/ano em 2013, que significa algo ao redor de 440 ton/dia!!!! querem o quê ??? a ind têxtil quebrou no Brasil!!!!não sei como transformar estes nºs em matéria prima, fiação, tecelagem, tinturaria, confecção etc..etc...mas para processar este valor necessitaríamos de uma cadeia produtiva empregando muita e muita gente!!!

Para quem acompanha o Têxtil Industry desde o início o título do artigo dispensa comentários.
Luiz

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