"A percepção da população está relacionada com um mercado de trabalho mais aquecido. Na virada de 2023 para 2024, o desemprego ficou estável e percebemos um aumento das ocupações. Na indústria, o aumento da massa salarial é uma realidade, com impacto, inclusive, nos custos industriais, que subiram 13% no segundo semestre do ano passado", explica o superintendente de Economia, Mário Sérgio Telles.
A pesquisa mostra uma relação significativa entre a idade dos entrevistados e a inexistência de medo de perder o emprego: enquanto apenas 20% daqueles que têm entre 16 e 24 anos não têm nenhum medo de perder o emprego, esse percentual aumenta progressivamente com a idade e atinge 54% entre aqueles com 60 anos ou mais.
O nível de escolaridade e a renda dos entrevistados também influencia nessa sensação: 45% daqueles que ganham mais de cinco salários mínimos não têm nenhum medo de perder o emprego. Esse percentual cai progressivamente com menores níveis de escolaridade e atinge 27% entre aqueles que ganham até um salário mínimo.
Confira o comentário do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, sobre a pesquisa:
Sudeste é a região com menos medo de desemprego
Uma associação também pode ser verificada na região dos entrevistados e a inexistência do medo de perder emprego: região Sudeste 37% dos entrevistados não têm nenhum medo de perder o emprego, enquanto na região Norte/Centro-Oeste 22% dos entrevistados afirmaram não têm nenhum medo de ser desligado do trabalho.
A pesquisa foi feita em parceria com o Instituto de Pesquisa em reputação e Imagem (IPRI). Foram ouvidas 2.012 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
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