VP de experiência do desenvolvedor de Google Cloud dá detalhes de backstage na produção de novos produtos.
No início de minha entrevista com Gabe Monroy, vice-presidente de experiência do desenvolvedor de Google Cloud, ele se apresentou dizendo ser a pessoa que normalmente representa os desenvolvedores da empresa. Essa foi a oportunidade perfeita para conversar com ele não exatamente sobre os novos produtos, mas das delícias e dores por trás desses lançamentos.
No meio de tantas inovações no universo de Inteligência Artificial, o especialista diz ser justo que os desenvolvedores de software tenham alguma ansiedade em relação a algumas das mudanças que estão acontecendo na indústria.
“Mas, na prática, o que estou vendo acontecer é que os desenvolvedores estão extremamente entusiasmados com a possibilidade de construir muito mais rápido do que antes. Todo desenvolvedor enfrenta uma crise de tempo. Então, se pudermos criar essas ferramentas de tal forma que você possa, com apenas um único prompt, solicitar o desenvolvimento de um recurso, você poderá se virar para seu chefe e dizer: ‘ei, olha, eu terminei! Próximo projeto!’”, se entusiasma.
Dessa maneira, a chegada da IA não tirará o trabalho dos desenvolvedores, mas poderá ajudar a diminuir o gap de profissionais em todo o mundo. “Não há desenvolvedores suficientes no mundo. E temos uma escassez de habilidades em termos de desenvolvedores. E, como eu disse, há muito mais softwares para serem escrito do que desenvolvedores para escrevê-los. Então, sim, a assistência à codificação de IA será fundamental para desbloquear um ritmo de inovação muito mais rápido”, revela Monroy.
Entretanto, segundo o executivo, os profissionais também necessitarão de novas skills. “O mais importante que os desenvolvedores devem aprender é construir aplicativos que incorporem IA generativa. Há uma arquitetura totalmente nova, uma maneira totalmente nova de projetar aplicativos que pediram um grande modelo de linguagem no back-end. Você precisa se preocupar com coisas como saber como incorporar seus dados nas respostas do LLM, porque o modelo treinado pode não ser suficiente ou específico para o caso de uso da sua empresa”, exemplifica ele.
Ele complementa dizendo que há muitas técnicas nessa área que os novos desenvolvedores precisarão aprender quando se trata de assistência de codificação, que estará “ao lado” deles para ajudar a fazer o trabalho com mais rapidez.
Aproveito para perguntar como são as escolhas de desenvolvimento de produtos dentro do Google, o que Monroy carinhosamente diz ser a “arte do desenvolvimento de produtos”. De acordo com ele, tudo começa com um entendimento profundo dos clientes e de seus problemas. A equipe se pergunta o que eles estão tentando alcançar e como pode ajudar a desbloquear o que eles estão tentando fazer.
“Isso normalmente originará estudos de usuários e pesquisas que faremos com diferentes públicos, focados em diferentes tarefas que eles estão tentando concluir, entendendo onde estão tendo atrito nessas tarefas e onde podemos construir recursos ou novos produtos. Isso permitirá que eles desvendem tudo o que estão tentando fazer em um contexto de negócios”, resume Monroy. Normalmente, diz ele, há três pilares principais: aumento de receita, diminuir custos e gestão de riscos.
Em relação à área de cibersegurança, Monroy frisa que, apesar de eles constantemente estarem tentando prevenir ameaças, é necessário encontrar o equilíbrio entre o risco e a inovação.
“Por isso temos sorte de que dentro do Google e dentro da maioria de nossos clientes, as equipes de segurança entendem que você está lá para ajudar não a prevenir riscos, mas para ajudar a gerenciar e equilibrar os riscos. Nunca há uma maneira de eliminar riscos. Só há maneiras de gerenciar isso. Mas também há áreas em que a segurança nos ajudará, principalmente nas funções ligadas à privacidade”, finaliza ele.
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