Recentemente, pesquisadores da Coreia do Sul inseriram um gene no DNA de um beagle que fez o cão brilhar verde sob luz ultravioleta. Mas, ao invés de ser útil, o experimento era simplesmente um exercício de manipulação genética que poderia abrir caminho para terapias genéticas mais práticas.
Este é apenas um exemplo mais atual de uma longa história de testes malucos, e às vezes eticamente controversos, com animais, sendo que alguns dos quais realmente levaram a aplicações médicas de grande valor para os seres humanos. Confira:
Na década de 1950, um cientista soviético chamado Vladimir Demikhov se tornou pioneiro no campo da transplantação de órgãos usando cães. Em um experimento famoso, ele criou um “multi-cão”, certamente uma das mais incompreensíveis criaturas já criadas pelo homem.
De acordo com um artigo de 1955 da revista Time, Demikhov retirou a maior parte do corpo de um filhote de cachorro e enxertou a cabeça e patas no pescoço de um cão adulto. O coração do cachorro grande bombeou sangue suficiente para as duas cabeças. Quando o cão múltiplo recuperou a consciência após a operação, a cabeça do cachorro menor também acordou e bocejou. A grande cabeça deu-lhe um olhar intrigado e tentou sacudir a cabeça menor pra longe.
Surpreendentemente, ambos os cães mantiveram suas próprias personalidades. Apesar do filhote quase não ter corpo próprio, era tão brincalhão quanto qualquer outro filhote: rosnava, lambia quem lhe acariciava, etc. O cão anfitrião estava entediado com tudo isso, mas logo se reconciliou com o cachorro inexplicável que brotava de seu pescoço.
Quando o maior tinha sede, o menor tinha sede. Quando o laboratório ficou quente, ambos colocaram a língua para fora para se refrescar. Infelizmente, a experiência não foi um sucesso total: depois de seis dias de vida em conjunto, ambas as cabeças e o corpo em comum morreram.
Falando em animais bizarros, não dá para esquecer o rato orelha. A “orelha” que emerge deste roedor de laboratório não ouve nada: é, na verdade, apenas uma estrutura de tecido em forma de orelha que cresceu graças à inserção de células de cartilagem humana em um molde biodegradável.
O rato Vacanti, como é mais conhecido formalmente, ganhou sua orelha graças ao Dr. Charles Vacanti, cirurgião de transplante. Ele e seus colegas realizaram a façanha em 1995, para demonstrar um método potencial de transplante de cartilagem em pacientes humanos.
Nem todas as experiências com animais resultam em monstruosidades hediondas. É o caso do ligre, por exemplo, a prole magnífica de leões (machos) e tigresas (fêmeas), que levam a uma nova espécie.
Com mais de 410 quilos e quase 4 metros de comprimento, ligres são os maiores gatos da Terra, pesando quase 100 vezes mais do que gatos domésticos e quase o dobro de Panthera tigris ou Panthera leo.
Além de inexplicavelmente estimular o crescimento gigantesco, o híbrido dessas espécies também torna os animais mais saudáveis e às vezes mais vivos do que seus pais. Soma-se ao mistério genético dos ligres crescem tanto o fato de que tigreões, híbridos nascidos de tigres (machos) e leoas (fêmeas) não apresentam tal anomalia; eles são do tamanho de um tigre normal.
Em 2010, neurobiólogos da Universidade de Pittsburgh ensinaram um macaco a controlar um braço robótico avançado com a sua mente. Eles fizeram dois implantes cerebrais no animal, nas áreas de seu córtex motor.
Os implantes monitoravam o disparo de neurônios motores e enviavam informações para um computador, que traduzia os padrões em comandos para o braço robótico. Como resultado, o macaco foi capaz de manipular o braço com seus pensamentos. Ele aprendeu a usá-lo para alcançar alimentos, pressionar botões e fazer movimentos de torção.
Os cientistas não estavam apenas brincando com o macaco: seu trabalho pode levar a interfaces cérebro-máquina que permitirão que pessoas paralisadas operem próteses avançadas com suas mentes.
Fonte:|http://hypescience.com/6-experimentos-animais-bizarros/
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