Nesse Dia Mundial da Arquitetura, homenageamos Lina Bo Bardi, arquiteta naturalizada brasileira, que projetou o Masp e trabalhou com projetos no universo da moda.
Lina Bo Bardi em 1948. A paixão da arquiteta por joias fez com que ela mesma projetasse algumas. Foto: ArchDaily. |
Nesse Dia Mundial da Arquitetura, homenageamos Lina Bo Bardi, arquiteta italiana naturalizada brasileira, criadora de obras como a Casa de Vidro e o Masp, e que fez algumas incursões no universo da moda. No design, com o projeto de joalheria, e na curadoria, organizando desfile de moda no Masp em plena década de 1950, algo extremamente novo para a época.
Acchilina di Enrico Bo nasceu em 1918 em Roma, filha de um engenheiro civil. Viveu em pleno fascismo italiano, estudou artes por influência do pai e formou-se em arquitetura pela Università degli studi di Roma, sendo uma das duas únicas mulheres na sala. Casou-se em 1946 com Pietro Maria Bardi que, em seguida, é convidado para dirigir um museu de arte no Brasil, em São Paulo. Com projeto de Lina, é fundado o Masp.
Naturalizando-se brasileira ao lado marido, Lina foi uma dos maiores arquitetos do país, e ao mesmo tempo aproximando-se das raízes populares da cultura brasileira. Projeta do MAM da Bahia à revista Mirante das Artes, organiza exposições. Uma de suas obras mais representativas é a Casa de Vidro, sua própria casa, foi construída em 1951 e hoje abriga um museu.
Multidisciplinar, indo da arte ao teatro, Lina projeta também joias, e, brasileiríssima, utiliza pedras brasileiras.
Joias desenhadas por Lina. Foto: Instituto Bardi |
Outra incursão de Lina no universo da moda foi o desfile organizado no Masp em 1952, apenas com peças de designers brasileiros e com tecidos artesanais. Esse desfile aconteceu dentro do contexto de transformar o museu em um espaço mais flexível, não estático. E seguindo também o rastro de outros grandes museus, como o Metropolitan de Nova York, que já concentrava algumas de suas atividades na moda.
Desenho de joias, de 1947. Foto: Instituto Bardi |
Em suas inúmeras incursões pelo teatro, já que fazia a cenografia, desenhou também figurino. Essa ligação forte com o teatro fez até com que as roupas que restaram na Casa de Vidro após sua morte, em 1992, fossem transferidas posteriormente para o Teatro Oficina - que era projeto dela, mas que não o veria concluído a tempo -, usadas como figurino nas peças - e a análise detalhada dessa transição está no artigo de Joana Pedrassoli Salles, As roupas de Lina: uma biografia.
Maria Bonita - outono-inverno 2010. Foto: FFW |
Na sua coleção de outono-inverno de 2010, a marca paulistana Maria Bonita se inspirou na obra da arquiteta.
Vivian Berto
Fonte:http://tendere.blogspot.com.br/2013/07/a-arquiteta-e-moda-lina-bo-b...
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