Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A CORRENTE E A BOLA:

“Lugar de Bandido é na cadeia”. Sim, sou humanitário também e não creio em pena de morte fortuita e sem um processo seríssimo judicial por trás dela.

Dai, no momento não creio que devemos te-la no Brasil. Então analisemos na única possibilidade que temos: Cadeia. A cadeia no Brasil é um local desumano, cheio de enfermidades contagiosas como tuberculose, lepra, infecções e AIDS. Também prisão no Brasil é discriminatória e lugar para bandidos pobres. Sem dinheiro, sem bons advogados cadeia, geralmente, é para pobre.

Também esse nosso processo miserável de apelos jurídicos que transpõe a data do encarceramento do rico, e do bem representado bandidos de colarinho branco, para o dia do Juízo Final e outra desgraça. Ainda temos mais: Quando bandido Rico é finalmente convicto, há uma prisãozinha rápida, do tipo para “Ingles ver”, seguida de prisão domiciliar e do subsequente radinho no tornozelo, e em seguida vagabundo rico está solto e na vadiagem.

Essa é a foto sem retoques da maioria de nossos presididos, do nosso sistema fuleiro de implantação da lei, a da corrupção no campo judicial e policial, e não entremos numa vertente de debate ficcionista sobre isso.

Mas falemos dos bandidos primários, pobres, que entraram na cadeia.

Por exemplo, de um consumidor de drogas: O pobre coitado é sodomizado na cadeia, infectado com doenças, e esse pobre diabo, em realidade, foi condenado a uma morte lenta, desumana e trágica. Como se diz em inglês há um “cruel and unusual punishment”, para descrever isso em linguajar das Nações Unidas.

Além disso, há um custo alto para o encarceramento: Custa vários salários-mínimos terem alguém nessas cruéis masmorras superlotadas, lá fazendo Mestrados e Ph.D. no  aperfeiçoamento de suas carreiras de bandidos. Tudo isso a um custo altíssimo para formação de monstros, que mais tarde TEM de ser mortos pela policia. 

Então realisticamente acho muito mais saudável o principio antigo de alguns estados do Sudeste dos EUA, como Alabama, Georgia, Carolina do Sul, do Norte, etc. Faziam prisões no campo, e pela manhã, em grupos de seis a doze, os bandidos eram colocados numa corrente, cada um atado numa bola de ferro, e iam trabalhar de sol a sol.

Eram saudáveis, dormiam bem, não traficavam drogas nos presídios, não sodomizavam os bandidos mais jovens, não tinham tempo vazio para maquinarem o mal e ficar ensinando o “Master da Malandragem” aos recém-chegados; dormiam bem, eram saudáveis e mais: Não custavam nada as comunidades; pelo contrario, geravam lucro, pagavam por sua estadia na cadeia, enquanto limpavam as estradas com foice e enxadas, faziam valões e trabalhavam no campo.

Também só o fato de muitos terem que estar expostos ao publico, por exemplo, capinando uma estrada, isso fazia que muita gente, com vergonha de ter a sua prisão a vista da sociedade, e essa vergonha faziam muitos evitar a entrar no crime.

Aí dona Dilma, vai uma ideia. Eu sei que uns vigários, pastores e gente de boa índole e de coraçõezinhos mole, falará o diabo sobre essa modesta sugestão socioeconômica.

Mas deixem-nos somente uma semana somente na Penitenciaria de Pedra D’Agua, no Espirito Santo, onde o excesso dos detentos são postos em contêineres, ou mesmo em prisões do tipo Carandiru que ainda abundam no país: Ai as suas hipocrisias viriam por terra abaixo e a “corrente e a bola de ferro” seria vista como uma solução ideal, pelo menos ate que outra ideia melhor – e viável – surgisse.  Sam de Mattos Jr

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