Há algum tempo li uma frase que dizia: “Se você está com dor e não procurou ajuda é porque ainda não sofreu o suficiente”.
Nesse momento estava desenvolvendo um trabalho em uma empresa onde a cultura da resistência às mudanças era terrível. Não mudanças radicais, com corte de pessoal, transferências, dispensas ou promoções, mas mudanças nos métodos de trabalho, no entendimento de fatores que geravam defeitos nos produtos.
Fui buscar opiniões, assisti alguns vídeos de treinamento, li sobre motivação, e um dia encontrei uma pequena história que mostrava que se um grupo está numa plataforma de petróleo, plantada sob um mar gelado, e começa a pegar fogo, alguns imediatamente saltarão na água, outros saltarão assim que sentirem o calor, outros quando começarem a se queimar e alguns não saltarão, não importa o que venha acontecer.
A percepção de dor no mar gelado lhes parece maior que a do fogo, portanto a motivação é de ficarem na plataforma.
Considerando algo não tão trágico como essa história que me chamou a atenção, imagine situações em gestão empresarial onde mudanças são necessárias, mas a motivação para tal não existe.
É muito comum encontrarmos empresas que trocam ou perdem seus gerentes a cada seis meses sem se dar conta que isso só reforça a desordem estabelecida.
A dor pela perda do profissional é menor do que a percepção da dor que seria provocada por sua permanência e efeitos das mudanças a serem levadas a cabo, ainda que positivas
Quando uma empresa passa por esse problema, a chegada do novo profissional vira motivo de apostas para ver quem acerta quanto tempo dura o novo contratado.
Você ainda não viu isso? Ótimo, espero que nunca presencie isso tipo de situação.
Ah, você já viu! Que pena, sabe exatamente o que estou falando.
O ser humano é capaz de adiar uma visita ao dentista, indo apenas quando a dor é insuportável. Sendo capaz de adiar uma cirurgia, por que não faria isso em gestão empresarial?
Quantas vezes não nos deparamos com profissionais que não mudam de opinião nem quando correm o risco de perder o emprego ou a empresa? Não importa que a questão esteja clara para todos, definitivamente é a sensação de desconforto com as mudanças que os leva a serem resistentes.
Quanto maior conhecimento técnico tiver o resistente, mais difícil convence-lo caso firme posição.
As conseqüências podem ser muito sérias, como perda de mercado, complicações financeiras e até falência, dependendo do nível que o resistente ocupe na empresa.
Há alguns estive em uma reunião com dois empresários, um deles extremamente resistente, tratando de avaliar as possibilidades de equacionar suas dívidas, onde o menos resistente dizia a mim e a seus advogados: “O que não gastamos em organização estamos gastando para não irmos à falência, isso poderia ter sido evitado”.
Em todo o debate ficava claro o desconforto do sócio mais resistente de estar ali, tratando daquele assunto, mas não das posições tomadas na gestão.
Dizia com insistência: “Tivéssemos um pouco mais de capital e um pouco mais de tempo mudaríamos a situação”.
A posição de caixa e dos balanços mostrava claramente que financeira e economicamente a empresa tinha se complicado bastante, já há um bom tempo.
Nenhuma empresa quebra do dia para a noite, há sempre um período de gestão agonizante antes que se enfrente as conseqüências do desastre.
Você está sentindo desconforto na gestão de sua empresa?
Avalie com serenidade, por quê? Converse com pessoas que tenham experiência no assunto.
Não permita que a insensatez o leve a tomar decisões erradas.
Ivan Postigo
Diretor da Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreir...
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
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Um país se desenvolve com educação para gestão.
Educação gera competência;
Competência conduz à excelência administrativa;
Excelência administrativa à um futuro melhor.
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