Em um encontro de profissionais de um segmento industrial, concordavam alguns gestores que devemos agir de acordo com as regras sob as quais seremos avaliados.
Qual era o foco? Garantir o emprego e obter promoção.
O segmento passava por sérios problemas de baixa demanda e excesso de ofertas e algumas medidas teriam que ser tomadas, ainda que impopulares, mas ninguém se arriscava a discordar de concorrentes para não fechar portas e nem dentro das empresas para não correr riscos.
Não demorou para que os castelos de areia, sob os quais muitas empresas estavam construídas, desmoronassem e as arrastassem à falência.
Entre estas estavam algumas cujos produtos e marcas tinham relevância, mas não se sustentaram.
Os preços haviam desabado e mal pagavam os custos de fabricação e algumas despesas. O alerta já havia sido dado, alguns gestores sabendo qual seria o futuro, caso continuassem naquele caminho, abriram algumas frentes de debate, mas não puderam sensibilizar a maioria.
Uma frase ficou no ar, incomodando, ainda que provocasse mais eco que ação: “Estamos conduzindo nossas empresas como conduzimos os problemas nas reuniões, muito barulho, pouca ação”.
Isso, é verdade, no momento em que foi dito, causou furor naqueles que se consideravam os formadores de opinião do segmento, mas algum tempo depois se mostrou verdadeiro, pois alguns fecharam suas empresas e se retiraram.
Para aumentar a competitividade, algumas empresas, apesar do excesso de ofertas, vinham importando produtos, canibalizando os próprios, reduzindo ainda mais os preços.
A produção em ritmo lento, à meia-boca como diziam, aumentava consideravelmente os custos unitários locais.
A necessidade de recursos adicionais para importação drenava o caixa, comprometendo ainda mais o futuro.
Os resultados ruins apenas aumentavam os conflitos, insatisfações e derrubavam a motivação e o comprometimento.
Muitos não garantiram emprego, não tiveram promoções e outros deixaram de influenciar o segmento como formadores de opinião.
Com o tempo a situação se mostrou favorável aos que sobreviveram e o panorama mudou.
A história poderia terminar com a famosa frase: E foram felizes para sempre!
Como nem todas as lições são aprendidas fui ao baú das memórias resgatar esse evento, pois o segmento está em crise e para espanto de alguns o mesmo fato está ocorrendo novamente.
Disso lembram-se gestores que enfrentaram as dificuldades naquela oportunidade, mas sem registro a história se repete.
O agravante é que mesmo aqueles que já se safaram, agora parecem não saber como lidaram com os fatos.
Quebrarão algumas empresas? Provavelmente!
Um fator que pode ajudar na derrocada é a excessiva confiança no acaso: “Já passamos por isso e superamos”
Outros, já sem motivação para grandes vôos, apenas repetem: “Sempre foi assim!”
É importante alertar que para algumas empresas jamais será, não existem mais.
Uma empresa para se sustentar depende do comprometimento de seus gestores com a visão de futuro.
Ivan Postigo
Diretor de Gestão Empresarial
Postigo Consultoria Comunicação e Gestão
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
Twitter: @ivanpostigo
Skype: ivan.postigo
Um país se desenvolve com educação para gestão.
Educação gera competência;
Competência conduz a excelência administrativa;
Excelência administrativa a um futuro melhor.
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