No varejo, o consumo das famílias brasileiras movimenta R$ 1,972 trilhão. Desses, as mulheres controlam mais de 66%, de acordo com dados da pesquisa realizada pelo instituto Sophia Mind. Juntas, elas movimentam no mundo cerca de US$ 20 trilhões e, especificamente no Brasil, cerca de R$ 1,3 trilhão ao ano. Destes, R$ 799 milhões dizem respeito a consumo direto e R$ 503 milhões estão relacionados à compra de produtos influenciados por elas.
Os números demonstram a força da ascensão feminina no mercado e sua ação decisiva no consumo do país. Porém, a grande maioria das mulheres ainda está insatisfeita com relação aos produtos oferecidos no mercado. E elas têm razão!
Em muitos segmentos considerados essenciais por elas, as opções são limitadas para atender ao público feminino. Com raras exceções, serviços de saúde, produtos financeiros e fitness, estão entre os principais segmentos que ainda não ofertam produtos e serviços planejados especialmente para elas.
O primeiro ponto a se entender neste cenário é que as mulheres não trocaram de função ao longo dos tempos, mas acumularam. Com o "dever" de serem profissionais eficientes, mães zelosas, esposas participativas e seres multitarefas, elas não querem abrir mão dos sonhos, dos cuidados com a beleza, com a casa e com os filhos. Tudo isso com cada vez menos tempo disponível.
A otimização do tempo é, aliás, o principal trunfo para ser trabalhado pelos serviços que ainda faltam a elas. Por isso, o movimento do mercado deve ser no sentido de desenvolver serviços e produtos customizados para as necessidades femininas. Para isso, será essencial estudar este público, conhecer e entender seu comportamento atual, e desenvolver soluções específicas para cada ocasião de seu dia e para cada uma de suas preocupações. Quando se entende este contexto, a solução é natural.
Um bom exemplo é o que propõe a rede de academias Curves: resultados em 30 minutos diários de exercícios específicos para o público feminino. O programa adapta-se à escassez de tempo das mulheres modernas e promete resultados. Outros exemplos são as companhias que realizam parcerias com manicures, a fim de proporcionar unhas feitas no ambiente de trabalho. A atitude eleva a auto-estima, com um serviço customizado e preço diferenciado. A oportunidade também pode ser aproveitada por salões para oferecimento de serviços específicos.
No segmento de tecnologia, um dos poucos em que os homens ainda dominam, as oportunidades também são infinitas. Sendo mais objetivas e práticas, muitas vezes, as exigências femininas são em torno de programas e equipamentos menos complicados.
Nas redes sociais, as mulheres são presença constante, onde consultam e recomendam produtos e serviços. Cerca de 63% delas recorrem a redes sociais para ter informações antes de fechar uma compra e 70% delas entendem que há maior chance de solicitar um serviço se houver uma recomendação positiva na Internet. Aí está mais uma oportunidade. Entender quais são os principais canais de busca de informações e como elas se relacionam com eles pode otimizar o contato entre marcas e o público feminino. Verificar os blogs mais acessados e os internautas "alfa", ou formadores de opinião, é um caminho prático para fornecer informações de qualidade e construir uma comunicação relevante.
A relação com o dinheiro também é diferente. Elas tendem a ser mais controladas e conservadoras. Por isso, uma comunicação eficaz deve convencê-la, de forma racional e emocional, de que um produto ou serviço é importante para ela.
Cada dia mais, a mulher tenta resolver problemas simultaneamente. Enquanto está no salão, fala com a empregada pelo celular, responde e-mails, agenda consultas, enquanto planeja sair dali e passar na farmácia, no supermercado, na lavanderia. Por isso, oferecer conveniência é uma tendência que se fortalece junto a este público.
As mulheres sempre foram grandes influenciadoras e hoje elas estão no topo em plena era da revolução tecnológica. Muitos acreditam que, geneticamente e culturalmente, elas estão assumindo melhor a realidade moderna e a tendência é que elas ganhem cada vez mais espaço. A questão agora é como oferecer solução, diferenciação e satisfação para as mulheres. Quem souber entender esse cenário e oferecer as melhores opções, será pioneiro na cabeça das mulheres.
FONTE: www.administradores.com.br
Por Leonardo Lanzetta
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