Bancos e juros voltam com tudo nesta semana. A divulgação da ata do Copom, na quinta-feira, é parâmetro para discussões e tomada de decisões pelo governo que envolvam os dois temas que mais movimentaram o mercado brasileiro nos últimos quinze dias. Está em foco a elevada probabilidade de concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se estabilizando em patamares ligeiramente acima dos mínimos históricos. O Banco Central (BC) ousou nesse alerta – ponto central da ata da reunião do Copom em março –, e a bola agora está com o governo. Cresce a expectativa com alterações na regra de correção da poupança, apontada como o principal limitador para a redução da taxa Selic a 8,5%. O governo terá que encaminhar essa mudança em algum momento, abrindo caminho para o trabalho do BC. É isso o que está em jogo.
Na semana passada, ainda em Washington, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que Selic a 9% não impõe a necessidade de revisão da poupança. Essa colocação não significa que mudanças não serão propostas ao Congresso, já que a rentabilidade da caderneta é fixada em lei. Mas o espinhoso tema, que em 2009 semeou confrontos políticos, pode levar o governo a outras iniciativas para driblar o maior entrave à queda da Selic a novo recorde histórico.
O governo pode aplicar na trilionária indústria de fundos de investimento fórmula semelhante à usada para mobilizar os bancos privados a reduzirem as taxas de juros cobradas em várias linhas de crédito. Os fundos certamente são o segmento mais ameaçado pela vantagem que o rendimento real fixo da poupança, de 6,17% ao ano e isenção do Imposto de Renda. O anúncio de redução de taxas de administração de fundos pela Caixa Econômica Federal, na sexta-feira à noite, foi o começo de um novo round. As novas taxas entram em vigor hoje.
A cruzada contra o elevado spread bancário foi bem sucedida. Levou a duas rodadas de corte de juro no crédito pelo Banco do Brasil e Caixa. E, por ora, a uma rodada de redução de taxas por Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e HSBC.
Em tempo: é um equívoco ignorar que o ministro da Fazenda tem o comando dos gigantes BB e Caixa.
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