A Revolução Industrial e suas 8 Sub-Fases Revolucionárias - A Evolução Tecnológica

[Textile Industry]

Um processo de destruição começou a acometer as instalações industriais que se livravam das “caldeiras e das máquinas a vapor”, como agentes de transmissão de força transformadora, abandonando os sistemas de engrenagens, eixos e polias, usados no primeiro momento de redenção da força humana.

A INDUSTRIA CASEIRA

ANTES DO INÍCIO DO SÉCULO 19, POR VOLTA DE 1780-1790, NA INGLATERRA, PREVALECIA UM SISTEMA DE INDÚSTRIA BASEADA NO CONCEITO CASEIRO – INDUSTRIA CASEIRA – ONDE OS OFÍCIOS DOS ARTESÃOS SE RESUMIAM A ELABORAÇÃO DE MERCADORIAS RELACIONADAS ÀS NECESSIDADES HUMANAS FORA DA CONDIÇÃO "CONSUMISTA". ERAM OS SAPATEIROS, OS ALFAIATES, AS COSTUREIRAS, OS CERAMISTAS, OS PADEIROS, OS PEDREIROS, OS FERREIROS, OS MOVELEIROS, OS CARPINTEIROS, OS CONFEITEIROS E ETC.

NA OCASIÃO, CADA QUAL PRESTAVA SEU TRABALHO À SOCIEDADE, NA CONDIÇÃO DE "FABRICAR MERCADORIAS" EXCLUSIVAMENTE PARA "REPOSIÇÃO", APÓS USO PROLONGADO DAS MESMAS PELOS COMPRADORES.

O ARTESÃO ERA O ARTÍFICE DOS "PROCESSOS" LABORAIS DE FABRICAÇÃO DAS MERCADORIAS E CONTROLAVA, PRATICAMENTE, TODO O "CICLO DE ELABORAÇÃO", DESDE ÀS MATÉRIAS PRIMAS ATÉ A EXPERIMENTAÇÃO, OU APRECIAÇÃO, DA MERCADORIA PELO COMPRADOR. EM GRANDES ARMAZÉNS LOCAIS AO VILAREJO, OU PEQUENA ALDEIA, ELE IA SELECIONAR PARA AQUISIÇÃO OS MATERIAIS NECESSÁRIOS – TIRAS DE COURO, TECIDOS, ARGILA, FARINHA DE TRIGO, MADEIRA, CEREAIS, MANTIMENTOS, FERRO, CARVÃO, PREGOS OU CRAVOS, FERRAMENTAS E ETC - PARA APRONTAR A MERCADORIA, SEGUNDO SEUS PADRÕES DE TRABALHO DE CONFECÇÃO, TRANSMITIDOS QUASE QUE DE PAI-PARA-FILHO, NA TRADIÇÃO FAMILIAR.

O CICLO DE ELABORAÇÃO DAS MERCADORIAS FICAVA RESTRITO À CONDIÇÃO E RITMO DO ARTESÃO, E EM FUNÇÃO DOS RECURSOS E DISPOSITIVOS MAQUINAIS DE QUE DISPUNHA PARA ELABORAR E ENTREGAR SUA "PRODUÇÃO". TODOS OS ASPECTOS PRÁTICOS DE FABRICAÇÃO ERAM DE SEU DOMÍNIO, NUMA INSTALAÇÃO QUASE QUE DE "FUNDO DE QUINTAL".

AS QUANTIDADES PRODUZIDAS ERAM PEQUENAS E LEVAVAM HORAS, OU DIAS, PARA SE OBTER UM LOTE DE MERCADORIAS PRONTAS PARA VENDA.

NESTA "INDUSTRIA FAMILIAR" PARENTES SE REVEZAVAM NAS ATIVIDADES DE CORTE, COLAGEM, FURAÇÃO, COSTURA, PREGAÇÃO, FORJA E ETC, CUMPRINDO AS ETAPAS EM QUE SE COMPUNHA UMA MERCADORIA, ATÉ A SUA ELABORAÇÃO PARCIAL E MONTAGEM FINAL. ERA COMUM HAVER PESSOAS, QUE DISPUNHAM DE FORÇA FÍSICA, PARA ACIONAR OS MECANISMOS DOS DISPOSITIVOS, TAIS COMO TEARES, GUILHOTINAS, TESOURAS, FORJA, PRENSAS E ETC, CONTRIBUÍNDO COM "ENERGIA DE ACIONAMENTO", DE MODO A SE OBTER AS PARTES OU AS FRAÇÕES DOS COMPONENTES DA MERCADORIA, QUE EXIGIAM GRANDES ESFORÇOS DE PREPARAÇÃO.

ALGUMAS AÇÕES DE CONTROLE ERAM RUDIMENTARMENTE FEITAS QUANTO A QUALIDADE DOS MATERIAIS, A QUALIDADE DA ELABORAÇÃO, A QUALIDADE DAS PARTES OU PEÇAS, A QUALIDADE DA MONTAGEM E ETC, SOBRAS E DESPERDÍCIOS, CONSUMO DE RECURSOS E CUSTOS.

OS PADRÕES PRESENTES SE RELACIONAVAM AO ENTENDIMENTO DO ARTESÃO EM SEU OFÍCIO TRADICIONAL E AOS TAMANHOS, PREFERÊNCIAS E PORTE DO CIDADÃO LOCAL, COM BASE EM ANTIGAS ENCOMENDAS E NA REVISÃO PERIÓDICA DAS MEDIDAS E DIMENSÕES. PRATICAMENTE ERA TUDO FEITO "SOB MEDIDA" E A COMPOSIÇÃO DOS PREÇOS NÃO POSSUÍA BASE CIENTÍFICA DIRETA, MAS O "SENTIMENTO" DE QUE A VENDA DEVERIA PROMOVER UMA "RECEITA" SUFICIENTE PARA MANTER AS ATIVIDADES DA INDÚSTRIA CASEIRA, CONTROLADO FINANCEIRAMENTE NUM PEQUENO LIVRO CONTÁBIL.

AS VENDAS ENTRE LUGAREJOS ERAM FEITAS POR "CAIXEIROS VIAJANTES" QUE LEVAVAM AS MERCADORIAS NUMA LOGÍSTICA SIMPLÓRIA, A CAVALO OU À CARRUAGEM, EM QUANTIDADES LIMITADAS À CAPACIDADE DE TRANSPORTE.

A CHEGADA DOS CAIXEIROS ERAM MOMENTOS "TRIUNFAIS", COM A EXPOSIÇÃO DE MERCADORIAS PARA VENDA E DEMONSTRAÇÃO DE UTILIDADE, POIS A INDUSTRIA CASEIRA NÃO PRODUZIA EXCEDENTES E AS QUANTIDADES ERAM DE FATO MUITO LIMITADAS, E ESSES MOMENTOS REPRESENTAVAM "A SUBSTITUIÇÃO DE UM SAPATO FURADO POR UM NOVO SAPATO" – MESMO QUE MAL AJUSTADO.

A INDUSTRIA GALPÃO

1. A MÁQUINA A VAPOR

ANTES DO FINAL DO SÉCULO 18, O CIENTISTA INGLÊS JAMES WATT APERFEIÇOOU O SINCRONISMO DA MÁQUINA A VAPOR, PERMITINDO QUE O CONTROLE DA APLICAÇÃO DE SUA ENERGIA FOSSE RACIONAL E DOMINADA POR ACIONAMENTO ENGENHOSO, CONFERINDO "PODER" PARA APLICAÇÃO DE "FORÇAS DOSADAS", SOB MEDIDAS COLOSSAIS DE FORÇA EM "CAVALOS VAPOR – HP – HORSE POWER".

UM SISTEMA DE CALDEIRAS À CARVÃO OU A LENHA, A EXEMPLO DAS ANTIGAS LOCOMOTIVAS DA FERROVIA, AQUECIA A ÁGUA E GERAVA VAPOR, COM ALTA PRESSÃO, CAPAZ DE SERVIR DE FORÇA MOTRIZ PARA ACIONAMENTOS DE SISTEMAS MECÂNICOS E HIDRÁULICOS, EM MAQUINARIAS ESPECÍFICAS DE TRANSFORMAÇÃO DE MATERIAIS. EM FACE AO PORTE GIGANTESCO QUE PODERIAM ALCANÇAR AS CALDEIRAS FORAM SENDO CONCEBIDAS, INCORPORANDO O ENGENHO DE WATT E TENDO APLICAÇÃO NA PRODUÇÃO DE TRABALHO FÍSICO, NUNCA ANTES ATINGIDO PELA HUMANIDADE.

AS FORÇAS COLOSSAIS, QUE PODERIAM DESENCADEAR, PERMITIRAM O "PROCESSAMENTO" DE MATERIAIS E REALIZAR OPERAÇÕES DE FABRICAÇÃO EM GRANDE ESCALA, LEVANDO À CONCEPÇÃO DE INDÚSTRIA – GALPÃO, PARA ABRIGAR AS ENGENHOCAS DA NOVA FASE DA INDUSTRIALIZAÇÃO. ASSIM, UM PROJETO DE CALDEIRA PARA SE TORNAR ECONÔMICO, EM SUA APLICAÇÃO, TERIA QUE SER APROVEITADO POR UMA QUANTIDADE GRANDIOSA DE "PEQUENAS MÁQUINAS", CAPAZES DE ABSORVER TODA A ENERGIA-FORÇA DISPENSADA PELA PRODUÇÃO DO VAPOR EM ALTA PRESSÃO.

A INDUSTRIA CASEIRA, COMO CONHECIDA ATÉ ENTÃO, COMEÇOU A SER SUBSTITUÍDA PELA INDUSTRIA GALPÃO, PARA QUAL CONVERGIAM NAQUELA ERA NASCENTE O CAPITAL DOS BURGUESES E A FORMAÇÃO DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS, INVESTINDO-SE RECURSOS FINANCEIROS NAS "FÁBRICAS DA NOVA ERA", ABRINDO O CAMINHO PARA A PRODUÇÃO EM MASSA E EM ESCALA VERTIGINOSA DE EXCEDENTES.

FORÇAS COLOSSAIS, NA DIMENSÃO DE MILHARES DE CAVALOS VAPOR, PROPICIARAM O APROVEITAMENTO DE MATERIAIS DE ALTA RESISTÊNCIA A TRANSFORMAÇÃO E AO BENEFICIAMENTO, TAL COMO O FERRO E OUTROS METAIS, E OPERAÇÕES DE EXTREMO ESFORÇO, AMPLIANDO A DIVERSIFICAÇÃO DE MATERIAIS E APLICAÇÕES UTILITÁRIAS.

NOVAS HABILIDADES E CAPACITAÇÕES FORAM NECESSÁRIAS PARA LIDAR COM AS COLOSSAIS FORÇAS DINÂMICAS E ESTÁTICAS, DO COMPLEXO INDUSTRIAL SURGENTE. AGORA O SISTEMA FABRIL DEVERIA SER ADMINISTRADO DE MODO DIFERENTE DAQUELE PRATICADO NA INDÚSTRIA CASEIRA.

A TRANSMISSÃO DE FORÇAS, PROCESSADA RACIONALMENTE, REQUERIA A ESPECIFICAÇÃO DE UM SISTEMA DE EIXOS, ENGRENAGENS E POLIAS PARA "CONDUZIR" A FORÇA MOTRIZ, A PARTIR DA AÇÃO DE GIRO DO EIXO PRINCIPAL DA CALDEIRA, PELA ATUAÇÃO DO VAPOR EM ALTA PRESSÃO, AO PONTO DE SUA APLICAÇÃO NUMA MÁQUINA DE TRABALHO, NUM PROCESSO ESPECÍFICO.

AS TAREFAS INDUSTRIAIS TIVERAM SUA DECOMPOSIÇÃO EM AÇÕES ESPECÍFICAS UNITÁRIAS E ESPECIALIZADAS, PROMOVENDO A ESPECIALIZAÇÃO LABORAL DO TRABALHADOR DEDICADO A UMA TAREFA UNITÁRIA, SIMPLIFICADA E COM ALTO ÍNDICE DE REPETIÇÃO – INICIANDO-SE A DIVISÃO DO TRABALHO.

A FORÇA FÍSICA HUMANA, E NEM A ANIMAL, JÁ NÃO ERAM MAIS NECESSÁRIAS PARA PRODUZIR "ENERGIA DE ACIONAMENTO" E TODO SUJEITO QUE TINHA A FORÇA FÍSICA PARA "VENDER", JÁ NÃO TINHA O QUE VENDER, QUE SE VALESSE A PENA COMPRAR – A PRIMEIRA DESQUALIFICAÇÃO "PROFISSIONAL" SE DEU NA OCASIÃO, NUMA INÉDITA ONDA DE "DESEMPREGO" - CIBERNÉTICA E SOCIEDADE, DE NORBERT WIENER.

A INDUSTRIA GALPÃO, PELO TIPO DE ENERGIA MOTRIZ, TEVE QUE SER VIABILIZADA JUNTO AOS MANANCIAIS DE ÁGUAS, RIOS E LAGOS, PRÓXIMA A UMA INFRAESTRUTURA ADEQUADA À SUA LOGÍSTICA, COM ACESSO AO CARVÃO E A LENHA, E AO MERCADO ATACADISTA DE CONSUMO DA PRODUÇÃO FABRIL.

AO PASSO QUE NO PROCESSO ARTESANAL SE OBTINHAM POUCOS PARES DE SAPATOS POR MÊS, AGORA SE PODERIA ATINGIR CENTENAS A MILHARES DE PARES DE SAPATOS NO MESMO TEMPO DE PRODUÇÃO, NUMA ÚNICA FÁBRICA, FORÇANDO A EXPANSÃO DA REGIÃO DE COMERCIALIZAÇÃO DAS MERCADORIAS.

A MARINHA MERCANTE E SEUS NAVIOS PASSARAM A NAVEGAR PELAS ROTAS MAIS IGNOTAS, TRANSPORTANDO O PRODUTO MANUFATURADO DA FÁBRICA A VAPOR. NAVIOS A VAPOR – ROTAS COMERCIAIS NAVAIS - E LOCOMOTIVAS – FERROVIAS COSTA A COSTA - ENTRARAM NO ESFORÇO LOGÍSTICO DE DISTRIBUIÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL DA PRODUÇÃO FABRIL, AMPLIANDO MERCADOS CONSUMIDORES, DA DEMANDA EM MASSA, E ABSORVENDO OS EXCEDENTES DA PRODUÇÃO, LOTANDO ARMAZÉNS E ALFÂNDEGAS.

OS TRABALHADORES FABRIS QUE "FORAM CONTRATADOS" - COM ALTO PADRÃO DISFUNCIONAL E DE MAZELAS SÓCIO-EDUCACIONAIS - PARA A INDUSTRIA GALPÃO VINHAM DA ÁREA RURAL, E DOS LUGAREJOS PRÓXIMOS, PARA TRABALHAREM JUNTOS NUM EMPREENDIMENTO CUJOS DESDOBRAMENTOS AINDA NÃO SE TINHA UMA VAGA E MÍNIMA COMPREENSÃO. AS DISTÂNCIAS ERAM LONGAS E MUITOS DELES NÃO RETORNAVAM ÀS SUAS CASAS, TENDO QUE FICAR NOS "ALBERGUES" INSTALADOS PRÓXIMOS A FABRICA - COISA AGRAVADA NO INVERNO E NO PERÍODO DAS CHUVAS.

MUITOS PROBLEMAS SOCIAIS SE ORIGINARAM DESTE PROCESSO, COMO A "FAVELIZAÇÃO" DAS LOCALIDADES JUNTO ÀS FÁBRICAS, A DESAGREGAÇÃO FAMILIAR, A INANIÇÃO FÍSICA, O ESGOTAMENTO PLENO, A ALIENAÇÃO DO TRABALHADOR, O ABUSO TRABALHISTA, OS CONFLITOS DE PERSONALIDADES E CULTURAS, QUE ANTES ESTAVAM ISOLADAS NOS CAMPOS E NOS VILAREJOS, TINHAM QUE AGORA SE SUPORTAR NUM REGIME DE TRABALHO SOBRE-HUMANO, PELA EXPLORAÇÃO PROTO-CAPITALISTA DA MÃO DE OBRA LOCAL, E QUE NÃO POSSUÍAM QUASE NADA EM COMUM, A NÃO SER OS INTERESSES DESENCADEADOS NO TRABALHO FABRIL.

PARA ATENDER A PRODUÇÃO DE MODO MAIS RACIONAL, JÁ QUE A ESCALA EM MASSA – QUANTIDADE – ERA GRANDIOSA, O FATOR HUMANO PASSOU A SER ESTUDADO E AVALIADO POR ESTUDIOSOS DO COMPORTAMENTO SOCIAL E HUMANO, E ALGUMAS TÉCNICAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO FORAM SURGINDO E SENDO INCORPORADAS, PARA FAVORECER O CONTROLE ADMINISTRATIVO DA PRODUÇÃO.

"CARGOS E NOVOS CARGOS" FORAM CRIADOS, TAIS COMO:

1. CAPATAZ, 2. FISCAL, 3. ANOTADOR, 4. SUPERVISOR, 5. OPERADOR DE MÁQUINAS, 6. PROJETISTA DE TRANSMISSÃO DE FORÇA, 7. OFICIAL DE CALDEIRAS, 8. ENCARREGADO DO ARMAZÉM, 9. CHEFE DA EXPEDIÇÃO E ETC.

E CERTOS MÉTODOS FORAM AGREGADOS, PARA MEDIÇÃO DO TRABALHO E DA PRODUÇÃO, AVALIAÇÃO DE RESULTADOS, COMPRA E VENDA DE MATERIAIS E MERCADORIAS, RESPECTIVAMENTE. O MANEJO DA PRODUÇÃO E DE SEU FLUXO, AS OCORRÊNCIAS FAVORÁVEIS E AS DESFAVORÁVEIS, AS PERDAS EXAGERADAS E OS DESVIOS DE PRODUÇÃO, REGRAS DE APROVEITAMENTO E ETC, FORAM SENDO APRIMORADOS COM BASE EM MÉTODOS E TÉCNICAS, COM "INSPIRAÇÃO QUASE CIENTÍFICA".

O "CICLO FABRIL", ANTES TODO "SUPERVISIONADO" PELO ARTESÃO, COMEÇAVA AGORA A GANHAR CONTROLE EM VÁRIAS FASES DA PRODUÇÃO E POR OUTRAS PESSOAS COM QUALIFICAÇÃO ESPECÍFICA PARA AS "NOVAS" FUNÇÕES. O PADRÃO BÁSICO DE CONTROLE SE LIMITAVA AO DA "QUANTIDADE PRODUZIDA" MAIS O DE ALGUNS INDICADORES DE TEMPO E MOVIMENTO, HOMEM-HORA-MÁQUINA, CUSTO DE FABRICAÇÃO, GASTO COM MATÉRIAS PRIMAS E INSUMOS, ESTOQUE E ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO RUMO AO CONSUMO – COMEÇANDO A SE MASSIFICAR E JÁ DANDO SINAIS DE QUE PODERIA ESTAGNAR-SE PELOS EXCEDENTES DE PRODUÇÃO.

NAQUELA OCASIÃO A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL JÁ SE ESPALHARA POR QUASE TODA A EUROPA E ATINGIRA OS EUA, EX-COLÔNIA BRITÂNICA.

2. O MOTOR ELÉTRICO

CERCA DE 20 A 30 ANOS, ANTES DA ENTRADA DO SÉCULO 20, A TECNOLOGIA INDUSTRIAL DE ACIONAMENTO E TRANSMISSÃO DE FORÇA INCORPOROU, AOS PROCESSOS DE PRODUÇÃO, O MOTOR ELÉTRICO, MAIS "LIMPO" QUE A MÁQUINA A VAPOR, TAMBÉM, CAPAZ DE GERAR FORÇAS COLOSSAIS AO MENOR DISPÊNDIO ENERGÉTICO. NA OCASIÃO AS USINAS TERMOELÉTRICAS – A CARVÃO E A LENHA - ESTAVAM NASCENDO COM A COMBINAÇÃO DE MÁQUINA A VAPOR ACIONANDO GERADORES DE ELETRICIDADE E ESTES POR SUA VEZ CONECTADOS A MOTORES ELÉTRICOS DISPOSTOS, EXATAMENTE, NOS PONTOS DE APLICAÇÃO DE FORÇAS E ENERGIA NAS MÁQUINAS DA PRODUÇÃO.

PELA NATUREZA DE ELABORAÇÃO DOS MOTORES ELÉTRICOS, COM SUA ARMADURA E ENROLAMENTO, A POTÊNCIA PODERIA SER "AJUSTADA" DESDE A SE OBTER FRAÇÕES DO CAVALO VAPOR, DE 0,5 HP, ATÉ MILHARES DE HP, PARA PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MANEJO LEVE ATÉ O DE MANEJO PESADO. ISTO CRIOU POSSIBILIDADES DE SE "PLANEJAR" ATIVIDADES DE FABRICAÇÃO PARA CONFECÇÃO DE PEÇAS, PRODUTOS OU MERCADORIAS DE PEQUENAS DIMENSÕES E PORTE, APLICANDO A EXATA E PROPORCIONAL FORÇA LOCAL DE TRANSFORMAÇÃO:

1. FURAÇÃO LEVE; 2. DOBRAMENTOS SUAVES; 3. CORTES MAIS DELICADOS; 4. PRESSÃO PROPORCIONAL; 5.PRENSAGEM PROGRESSIVA E MELHOR LUBRIFICADA; 6. APLAINAMENTOS PRECISOS; 7. USINAGEM MICRO E MACRO DIMENSIONAL; 8. SERRAÇÃO MAIS LINEAR E DELGADA; E ETC.

UM PROCESSO DE DESTRUIÇÃO COMEÇOU A ACOMETER AS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS QUE SE LIVRAVAM DAS "CALDEIRAS E DAS MÁQUINAS A VAPOR", COMO AGENTES DE TRANSMISSÃO DE FORÇA TRANSFORMADORA, ABANDONANDO OS SISTEMAS DE ENGRENAGENS, EIXOS E POLIAS, USADOS NO PRIMEIRO MOMENTO DE REDENÇÃO DA FORÇA HUMANA.

O "PROJETISTA DE POLIAS" DAVA LUGAR AO "PROJETISTA DE CIRCUITOS E INSTALAÇÃO ELÉTRICAS", FORÇANDO UMA "NOVA ONDA" DE NOVAS QUALIFICAÇÕES E DE MODOS DE ADMINISTRAR A PRODUÇÃO, POIS A CADENCIA DO SEU RITMO COMEÇAVA A FICAR "FRENÉTICA".

A APARELHAGEM DE CONTROLE DA MAQUINARIA, OUTRORA BASEADA EM "CHAVETAS COM ESCALAS DESLIZANTES, DISCOS SUPERPOSTOS DE GIRO SETORIAL COM TRAVAS, ALAVANCAS DESLOCANTES ENTRE DENTES COM MARCAÇÃO DE ESTÁGIOS E MANETES COM GARFOS DE FREIO OU LIBERADOR DE MOVIMENTO", PARA FIXAR UMA PRÁTICA PADRÃO DE PROCESSO - PARA ABERTURA DE ÁGUA E VAPOR, OU ENCHIMENTO DE SILOS, OU ACELERAR A ROTAÇÃO DE ACIONAMENTO - COMEÇAVA A APRESENTAR UMA INSTRUMENTAÇÃO ESPECIAL SOB A TECNOLOGIA ELÉTRICA, JÁ SE PODENDO VER MOSTRADORES DE AMPERAGEM, DE VOLTAGEM, DE ROTAÇÃO OU CICLAGEM, DE TEMPERATURA E PRESSÃO E ETC, OFERECENDO SUPORTE AOS OPERADORES DA "CONDUTA DA PRODUÇÃO", COM RESPEITO AOS PARÂMETROS OPERACIONAIS REGULADOS PARA DAR AÇÃO TRANSFORMADORA E MOTRIZ PRETENDIDA AO PROCESSO.

NOS FINS DO SÉCULO 19, JÁ SE COMEÇAVA A VISLUMBRAR UMA TÉCNICA RACIONAL DE PROGRAMAÇÃO DE FÁBRICAS BASEADA EM PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS, DE PRÁTICAS OPERACIONAIS E DE MERCADORIAS MODELADAS EM ESTRUTURAS RÍGIDAS DE ESPECIFICAÇÃO DE ESTILO, COR E FUNCIONALIDADE, RESULTANDO NA POSSIBILIDADE DE ELEVAR A PRODUÇÃO COM ALTÍSSIMO GRAU DE REPETIÇÃO E POUCA VARIEDADE.

O MOTOR ELÉTRICO, A INSTRUMENTAÇÃO ELÉTRICA E OS ELETRICISTAS – MECÂNICOS ESTAVAM CRIANDO MEIOS OPERACIONAIS PARA UM NOVO ESTILO DE PRODUÇÃO, COM A SEDIMENTAÇÃO DA PADRONIZAÇÃO, ENTRANDO NA ERA DA PRODUÇÃO SERIADA, BASE DO FORDISMO – HENRY FORD – EUA - 1900.

LOGO SE VIU QUE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, DO SÉCULO 19, COMEÇAVA A ADQUIRIR RÓTULOS TRANSITÓRIOS DAS EVOLUÇÕES PARCIAIS DE SUA TECNOLOGIA E DE METODOLOGIA DE GESTÃO – TAL COMO O TOYOTISMO, ATÉ OS DIAS DE HOJE:

FASES TECNOLÓGICAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

PRÉ-INDUSTRIAL – INDÚSTRIA CASEIRA – ARTESÃO – ANTES DE 1780;

1ª REVOLUÇÃO – MÁQUINA A VAPOR – DEPOIS DE 1780 A 1870;

2ª REVOLUÇÃO – MOTOR ELÉTRICO – DE 1870 AOS DIAS DE HOJE;

3ª REVOLUÇÃO – PRODUÇÃO SERIADA – DE 1900 AOS DIAS DE HOJE;

4ª REVOLUÇÃO – AUTOMAÇÃO – DE 1930 - 1940 AOS DIAS DE HOJE;

5ª REVOLUÇÃO – TOYOTISMO – JUST IN TIME – 1960 AOS DIAS DE HOJE;

6ª REVOLUÇÃO – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – SISTEMAS ESPECIALISTAS – DE 1980 AOS DIAS DE HOJE;

7ª REVOLUÇÃO – REDE INTRANET E INTERNET – DE 1990 AOS DIAS DE HOJE;

8ª REVOLUÇÃO – READAPTAÇÃO DAS PLATAFORMAS TECNOLÓGICAS, PARA ADEQUAÇÃO À SUSTENTABILIDADE DAS OPERAÇÕES, COM CONDIÇÕES DE ALTA SEGURANÇA AMBIENTAL, ATENUAÇÃO DE ACIDENTES E MINIMIZAÇÃO DE AGENTES POLUIDORES – DE 2000 AOS DIAS DE HOJE;

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