Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Estados como o brasileiro e também empresas que atravessam grandes fases de desorganização, por falta de conhecimento e ou negligência às práticas e normas de gestão, vivenciam uma situação que podemos denominar: ignorância coletiva.

 

Negligenciar é uma terrível forma de ignorância, tendo em conta que os resultados desastrosos são previsíveis.

 

Ignorar uma tarefa, tendo a obrigação e incumbência, nos afasta do campo da razoabilidade e nos coloca no campo da petulância, onde nos julgamos acima do bem e do mal.

 

Esse tipo de atitude tem levado o estado brasileiro a situações difíceis, como podemos ver com os descasos noticiados todos os dias e, ainda, colocado muitas empresas em situação falimentar, deixando muitas famílias sem trabalho.

 

Caberia em um debate perguntar de quem é a culpa?

 

Sem dúvida nenhuma a resposta é extremamente simples: coletiva. Sim, a culpa é coletiva.

 

Vivemos em sociedade, não somos seres isolados. Somos bombardeados todos os dias com informações e temos à nossa disposição inúmeros meios de manifestação, portanto quando um projeto coletivo fracassa a culpa é coletiva.

 

Há sim inúmeras situações em que nos sentimos impotentes, pois apesar de questionarmos erros de gestão, medidas corretivas não são tomadas, contudo de uma coisa temos certeza: “À medida que provocamos debates, vamos encontrando pessoas que já questionaram a situação anteriormente e vamos formando alianças”. Esta é uma verdade que poucas vezes poderá ser contestada.

 

Considerando esta afirmativa verdadeira, então por que razão correções não são efetuadas?

 

A razão e a petulância, dependendo do tema em debate, ora se afastam ora se aproximam e quando a questão “poder” está em jogo, a linha que as separa é muito tênue.

 

Um homem não foi capaz de incendiar Roma, uma cidade inteira, por capricho?

 

Quantas Romas não foram incendiadas pelo mesmo motivo?

 

Sociedades organizadas costumam apresentar menos corrupção e desmandos administrativos, refletindo na gestão dos estados e das empresas.

 

Quando garoto, ouvia minha mãe contar a história de uma estrangeira que veio morar em nosso país e, quando seguia de trem para o trabalho, pela manhã, achava divertido jogar a casca da banana, que comia, pela janela, pois em seu país não podia ter aquela atitude.

 

Hoje, não jogamos mais cascas de banana, mas com frequência vejo rapazes tomando cerveja em seus carros e atirando as latas nas ruas.

 

Há pleno conhecimento da sujeira que isso provoca, da falta de lógica do ato, contudo a sociedade não se revolta e se omite.

 

Com base neste exemplo, pensemos na negligência de funcionários com suas tarefas e descasos de patrões com suas empresas e com seus colaboradores.

 

Como consultor, quando faço diagnóstico para organizar uma determinada situação, vejo que muitas soluções que vou propor já foram tentadas no passado e não deram os frutos necessários. Por que deveria eu, então, acreditar que determinadas recomendações, naquele momento, gerariam resultados positivos?

 

O trabalho que vou realizar não será um trabalho isolado, mas um trabalho coletivo, feito em sociedade.  Um trabalho que tem que ser debatido e aceito.

 

Uma vez acordado os pontos e obtido o comprometimento das pessoas, nossas chances de sucesso aumentam consideravelmente. Observe que estamos, desde o início, combatendo o maior dos males do trabalho em grupo: a ignorância coletiva.

 

O custo da ignorância, pelo desconhecimento, não costuma sair tão caro quanto pelo descaso e petulância.

 

As sociedades se formam por identidade de comportamento, dessa forma, espero que, cada vez mais, tenhamos sabedoria para não permitir a vitória da ignorância coletiva. 

 

 

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial

Postigo Consultoria Comunicação e Gestão

Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652

www.postigoconsultoria.com.br

Twitter: @ivanpostigo

Skype: ivan.postigo

 

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Comentário de Ivan Postigo em 8 junho 2011 às 9:53

Bom dia Edson,

Obrigado por sua atenção.

Nós não mudaremos o mundo, mas podemos fazer nossa parte.

Você deve conhecer a história do beija-flor que enchia o bico com água e jogava sobre o incêndio na floresta, enquanto os animais riam . A coruja perguntou: - Você tá pensando que vai apagar o fogo com essa gota?

Ele respondeu: - Não, estou apenas fazendo a minha parte.

Penso que essa é grande lição! 

 

 

Comentário de Edson Machado da Silva em 8 junho 2011 às 9:38

Olá Ivan, tudo bem?

 

Concordo plenamente com o Seu ponto de vista Ivan. Aliás é o que eu sempre venho defendendo, ou seja, não basta termos olhos críticos sem que haja o mínimo de atitudes para defender aquilo que acreditamos.

Infelizmente muitos dos que pensavam da mesma forma, lutaram até que se tornaram políticos, num primeiro momento, com o ímpeto de continuar a lutar pela causa. Porém, com o passar do tempo, foram corrompidos pelo sistema corruptivo que envolve toda a esfera política do noss país e grande parte do mundo.

Tenho defendido, há muito tempo, que, para que a situação mude para melhor, terá que piorar muito para que possamos alcançar mais pessoas com o mesmo sentimento que o nosso, ou seja, a grande maioria.

 

Abraços e um ótimo dia à todos!!!

 

Edson Machado

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