Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
Acrílico eleva aporte da Basf a R$ 2 bilhões na América do Sul
São Paulo - O investimento anunciado pela Basf, na última semana, para produção de acrilato de butila e polímero superabsorvente (SAP) elevou os recursos aplicados pela multinacional na América do Sul a quase R$ 2 bilhões nos próximos cinco anos. Cerca de 80% desse valor será direcionado ao Brasil, boa parte em Camaçari (BA). Com isso, a empresa acelera seus planos e deixa para trás a concorrente Elekeiroz, que perdeu a disputa para ter esse mesmo polo.
O montante anunciado só neste ano equivale ao que a companhia aplicou na região nos últimos 10 anos. Um dos motivos do aumento de sua presença é a expansão do mercado nacional.
De acordo com o vice-presidente da Divisão de Produtos de Performance da Basf, Michel Mertens, a empresa estudava esse investimento há uma década e nunca tirou da gaveta em função do tamanho do mercado brasileiro. Agora, a demanda já justifica sua construção. O modelo a ser aplicado será o mesmo que a Basf já possui nos Estados Unidos, Europa e Ásia onde a produção é integrada e será a primeira na América do Sul.
"O Brasil importava esses produtos porque não havia escala suficiente, mas agora este cenário mudou", analisou ele. "Produziremos 160 mil toneladas de ácido acrílico na unidade de Camaçari para atender o País e a Argentina e, dependendo da demanda, esse volume pode ser elevado em até 25% sem a necessidade de investimentos tão altos", disse Mertens ao DCI.
O executivo preferiu não indicar um volume de demanda local, mas há uma estimativa de que o consumo para esse produto esteja na casa de 120 mil toneladas e possa crescer para 200 mil toneladas em 2018. O início das atividades produtivas está previsto para o quarto trimestre de 2014 e essa unidade dará suporte para a produção de acrilato de 2-etil-hexila em Guaratinguetá, planejada para iniciar em 2015, com base no insumo produzido em Camaçari.
Com o novo aporte, a empresa amplia negócios na América do Sul, com a chancela de ser o maior investimento em um único projeto na região nos 100 anos de presença local. Serão investidos cerca de US$ 750 milhões e cuja operação está projetada para 2014. A empresa já havia declarado, em março, que analisava esse projeto em função da assinatura de um memorando de entendimento com a Braskem para o fornecimento da matéria-prima.
Em nota, o presidente da Basf para a América do Sul, Alfred Hackenberger, afirmou que a expectativa é de que o investimento traga um impacto de US$ 300 milhões ao ano para a balança comercial brasileira, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função do aumento das exportações.
A construção do novo Complexo de Ácido Acrílico começará em 2011 e, a partir de 2014, vai assegurar o fornecimento de matéria-prima para produtos como fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos.
No início deste ano, a Basf já havia anunciado um investimento de 300 milhões de euros para instalar a primeira unidade de metilato de sódio da região, no polo produtivo de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, cuja inauguração já está marcada para o mês de novembro.
Parceria
De acordo com a Basf, o Polo de Camaçari foi escolhido para a implantação da unidade em função da disponibilidade de matéria-prima, o propeno, e utilidades, fornecidas pela Braskem, parceira estratégica da Basf neste projeto. De acordo com Mertens, entre os termos do acordo com a petroquímica brasileira está a compra não somente do propeno, mas de energia e água. A parceira, por sua vez, comprará o vapor originado das operações da multinacional alemã.
Para suprir esse projeto a Braskem - que tem a Odrebrecht e a Petrobras em seu bloco de controle -, terá de investir US$ 30 milhões. O propeno a ser fornecido pela Braskem, no valor aproximado de US$ 200 milhões por ano, será a principal matéria-prima para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes, estes, usados para produzir fraldas, para tratamento de água e extração de petróleo.
Fonte:|http://www.dci.com.br/Acrilico-eleva-aporte-da-Basf-a-R$-2-bilhoes-na-America-do-Sul-1-387477.html
O montante anunciado só neste ano equivale ao que a companhia aplicou na região nos últimos 10 anos. Um dos motivos do aumento de sua presença é a expansão do mercado nacional.
De acordo com o vice-presidente da Divisão de Produtos de Performance da Basf, Michel Mertens, a empresa estudava esse investimento há uma década e nunca tirou da gaveta em função do tamanho do mercado brasileiro. Agora, a demanda já justifica sua construção. O modelo a ser aplicado será o mesmo que a Basf já possui nos Estados Unidos, Europa e Ásia onde a produção é integrada e será a primeira na América do Sul.
"O Brasil importava esses produtos porque não havia escala suficiente, mas agora este cenário mudou", analisou ele. "Produziremos 160 mil toneladas de ácido acrílico na unidade de Camaçari para atender o País e a Argentina e, dependendo da demanda, esse volume pode ser elevado em até 25% sem a necessidade de investimentos tão altos", disse Mertens ao DCI.
O executivo preferiu não indicar um volume de demanda local, mas há uma estimativa de que o consumo para esse produto esteja na casa de 120 mil toneladas e possa crescer para 200 mil toneladas em 2018. O início das atividades produtivas está previsto para o quarto trimestre de 2014 e essa unidade dará suporte para a produção de acrilato de 2-etil-hexila em Guaratinguetá, planejada para iniciar em 2015, com base no insumo produzido em Camaçari.
Com o novo aporte, a empresa amplia negócios na América do Sul, com a chancela de ser o maior investimento em um único projeto na região nos 100 anos de presença local. Serão investidos cerca de US$ 750 milhões e cuja operação está projetada para 2014. A empresa já havia declarado, em março, que analisava esse projeto em função da assinatura de um memorando de entendimento com a Braskem para o fornecimento da matéria-prima.
Em nota, o presidente da Basf para a América do Sul, Alfred Hackenberger, afirmou que a expectativa é de que o investimento traga um impacto de US$ 300 milhões ao ano para a balança comercial brasileira, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função do aumento das exportações.
A construção do novo Complexo de Ácido Acrílico começará em 2011 e, a partir de 2014, vai assegurar o fornecimento de matéria-prima para produtos como fraldas, químicos para construção, resinas acrílicas para tintas, tecidos e adesivos.
No início deste ano, a Basf já havia anunciado um investimento de 300 milhões de euros para instalar a primeira unidade de metilato de sódio da região, no polo produtivo de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, cuja inauguração já está marcada para o mês de novembro.
Parceria
De acordo com a Basf, o Polo de Camaçari foi escolhido para a implantação da unidade em função da disponibilidade de matéria-prima, o propeno, e utilidades, fornecidas pela Braskem, parceira estratégica da Basf neste projeto. De acordo com Mertens, entre os termos do acordo com a petroquímica brasileira está a compra não somente do propeno, mas de energia e água. A parceira, por sua vez, comprará o vapor originado das operações da multinacional alemã.
Para suprir esse projeto a Braskem - que tem a Odrebrecht e a Petrobras em seu bloco de controle -, terá de investir US$ 30 milhões. O propeno a ser fornecido pela Braskem, no valor aproximado de US$ 200 milhões por ano, será a principal matéria-prima para a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes, estes, usados para produzir fraldas, para tratamento de água e extração de petróleo.
Fonte:|http://www.dci.com.br/Acrilico-eleva-aporte-da-Basf-a-R$-2-bilhoes-na-America-do-Sul-1-387477.html
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