Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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A agência de classificação de risco estatal da China coloca o Brasil três patamares acima da avaliação anunciada nesta semana pela S&P

Fernando Nakagawa 
Nelson Ching/Bloomberg

Logo da Dagong em escritória da agência em Pequim, na China

Escritório da Dagong: criada em 1994 pelo governo, a Dagong é a resposta de Pequim às agências ocidentais

Londres - A milhares de quilômetros de Nova York, uma agência de classificação de risco vê o Brasil em posição muito mais confortável do que a Standard & Poor’s, a Moody’s e a Fitch. Para a chinesa Dagong Global Credit Rating, o Brasil tem rating "A-".

Assim, a agência de classificação de risco estatal da China coloca o Brasil três patamares acima da avaliação anunciada, na segunda-feira, 24, pela Standard & Poor’s.

Ao contrário dos comentários duros contra o governo brasileiro, a Dagong tem avaliação mais amena. A última revisão da nota brasileira foi feita em janeiro, quando reafirmou a nota "A-" e disse que o ambiente para a dívida brasileira é relativamente estável.

"A situação política basicamente estável do Brasil e a vantagem da atual presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial são fatores favoráveis para a continuidade e estabilidade das políticas", diz relatório divulgado em Pequim.

Os analistas chineses reconhecem, porém, que nem tudo são flores. "O ambiente político interno complexo constrange as reformas estruturais de longo prazo, que são repletas de grandes dificuldades."

Em um ponto Dagong e S&P concordam: a política fiscal. "O déficit fiscal e a situação da dívida pioraram de forma consistente. Afetados pelo gasto que aumentou significativamente, o déficit público aumentou para o equivalente a 3% do PIB em 2013", diz a Dagong. Economistas da agência preveem que a dívida pública subirá para 68,2% do PIB em 2014.

Criada em 1994 pelo governo, a Dagong é a resposta de Pequim às agências ocidentais. Com critérios diferentes dos usados pelas concorrentes, a agência se gaba de ter sido a primeira a rebaixar a nota soberana dos EUA - movimento seguido por S&P, Moody’s e Fitch. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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