Água na Indústria Têxtil - Parte 6

[Elisângela Ferrante]

Águas Residuais

Antes do deságüe em rede de esgotos as águas utilizadas nos beneficiamentos têxteis deverão sofrer tratamento, a fim de serem despejadas à temperatura o mais ambiente possível,com um pH neutro,insenta de resíduos tóxicos e com o mínimo de sólidos .Esse tratamento anti-poluente pode ser feito por uma concentração das águas servidas numa caixa de decantação e homogeneização,a qual deve ter um volume,em relação aproximadas de duas horas, a fim de que se efetuem o resfriamento ,as neutralizações,de contaminações e as purificações,através da atuação de produtos químicos,coagulantes e precipitantes químicos,seguida de decantação ou filtração mecânica.

O tamanho das caixas é determinado pelo volume de liquido desaguado em uma hora,levando –se em conta a retenção das duas horas,necessárias para dar tempo ao tratamento.


Água de caldeiras

Além da água fria,proveniente de poço semi-artesiano,rio,rede de abastecimento,etc,as caldeiras podem,para melhor aproveitamento,serem também supridas com a água quente que retorna dos aparelhos de beneficiamento alimentados pelo vapor gerado pelas mesma.

Para o período funcionamento (com um mínimo de combustível e produzindo vapor da melhor qualidade) e boa conservação das caldeiras e de todo circuito de vapor é necessário,além do controle da água de alimentação da caldeira,também de seu interior,tendo em vista evitar:incrustrações,corrosão,fragilidade caustica e arrastamento.

Incrustrações: são deposições na superfície do metal da caldeira,tubos e aparelhos coligados,de substancias sólidas que,tubos e aparelhos coligados,de substancias sólidas que, por serem isolantes térmicos,retardam a transferência de calor,provocando não só maior consumo de combustível,como também o enfraquecimento e conseqüente ruptura do metal,pela sua exposição a temperaturas muito elevadas.

Corrosão:consite no desgaste do metal das caldeiras,tubos e aparelhos coligados pelo ataque de substancias agressivas existentes na água.
O oxigênio apresenta uma corrosibidade localizada,com aprofundamento em determinados pontos,provocando os pites nos metais.O dióxido de carbono,ao contrario,possui ação corrosiva uniforme e progressiva,podendo estar dissolvido na água,assim como o oxigênio, ou também se originar da decomposição de carbonatos e bicarbonatos no interior da caldeira.Gases corrosivos acompanham o vapor,estendendo o seu efeito as tubulações e aparelhos coligados.Em razão desse efeito podem adentrar na caldeira com o condensado,substancias como os compostos ferrosos das tubulações,válvulas e equipamentos,que vão provocar corrosão eletrolítica.

Uma quantidade excessiva de sólidos,incluindo dos produtos corretivos,ocasionará também uma erosão acentuada,sendo que quanto menor a pressão da caldeira maior o numero de sólidos toleráveis.