Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|diariodonordeste.globo.com|

Embora tenha falado mais sobre sua vida pessoal, José Alencar não deixou de reclamar dos juros e do câmbio

"Saio daqui com uma dívida cara no meu coração", disse o Presidente da República em exercício, José Alencar (PRB), após receber, ontem, na Câmara Municipal o título honorário de cidadão fortalezense, proposto por seu correligionário, vereador Gelson Ferraz (PRB). Alencar anunciou ainda que "precisa fazer alguma coisa pelo Ceará", a fim de recompensar a homenagem que recebeu.

O vice-presidente não adiantou o que poderá fazer em favor do Ceará, mas reiterou diversas vezes seu compromisso com o Estado. "Agora, quando eu estiver fazendo alguma coisa no meu gabinete vou lembrar: eu tenho uma responsabilidade a mais porque, além de mineiro, sou cidadão cearense de Fortaleza", anunciou.

Em vários momentos de seu discurso de agradecimento (ele falou de improviso), José Alencar nomeou-se cearense e contou parte de sua trajetória de vida, ocasião em que se emocionou na tribuna da Câmara.

Enquanto falava, além de arrancar aplausos e lágrimas de alguns políticos que lotaram o plenário do Legislativo municipal, José Alencar conseguiu unir em um mesmo espaço partidários de correntes e ideologias diferentes, que esqueceram as rixas políticas e cumprimentaram-se no evento que trouxe o vice-presidente da República a Fortaleza, dentre eles o deputado federal Ciro Gomes (PSB) e a prefeita Luizianne Lins (PT), no fim da solenidade.

Atrasada

Pouco depois do evento ter sido iniciado, levantando uma questão de ordem, o vereador Carlos Mesquita (PMDB) apontou a ausência da prefeita Luizianne Lins (PT), que não havia chegado ao evento. A petista chegou pouco antes do fim da homenagem e não compôs a mesa. O governador Cid Gomes (PSB), que compôs a mesa, esteve na abertura da solenidade, mas não ficou até o fim. Saiu em meio à fala do homenageado.

Também compuseram a mesa em que esteve José Alencar, além do presidente da Câmara, Salmito Filho (PT), que conduzi a sessão solene, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Domingos Filho (PMDB), o vereador Gelson Ferraz, os senadores Inácio Arruda (PCdoB) e Patrícia Saboya (PDT), o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), Ernani Barreira, e o ministro da Previdência Social, José Pimentel. No plenário, além dos vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e prefeitos.

A assessoria de comunicação de José Alencar havia informado que o vice-presidente não daria entrevista, no entanto, pouco antes de entrar no carro para ir embora e sob o sol quente do início da tarde, ele se dispôs a responder algumas perguntas dos jornalistas.

Juros e Moeda

Durante a entrevista, o vice-presidente afirmou que o Brasil poderia ter tido uma política de modo a reduzir mais os juros no país, no entanto, afirmou que a situação do Brasil está "muito boa", tendo em vista a crise econômica enfrentada no mundo inteiro. "Porém não é graças à política de juros não, é apesar dela", reconheceu Alencar.

Antes, no discurso improvisado, segundo ele, para falar pelo coração, o vice-presidente da República ressaltou as dificuldades que experimentam a indústria de fiação e tecelagem para falar da política cambial do País sugerindo a criação de uma moeda internacional no intuito de beneficiar as exportações, levando vantagens para todos os países, inclusive para o Brasil.

Segundo ele, por conta da política cambial adotada pelo país, as empresas acabam se voltando para o mercado interno. "Isso tudo por causa da desigualdade do câmbio", disse José Alencar citando os valores mais elevados que nações como a China recebem ao exportarem, o que desprestigia o Brasil.

Saúde

José Alencar não deixou de mencionar seu estado de saúde, que fora lembrado no início do evento pelo vereador Gelson Ferraz. Alencar disse que tem "procurado ser transparente porque o homem público não se pertence. As pessoas não têm nada a ver com o câncer de José Alencar, mas têm a ver com a doença do vice-presidente da República", disse Alencar.

Ele lembrou as 15 cirurgias que fez a partir de 1997, mas não deixou de externar seu otimismo diante do tratamento de quimioterapia que ainda está realizando. "Nos últimos exames, os médicos ficaram surpresos porque viram redução nos tumores", avisou, sorrindo, para acrescentar: "Eu digo às enfermeiras que não espalhem que estou melhorando, senão o povo para de torcer por mim". Ele ainda disse da esperança que tem de "ser curado por Deus" e afirmou que, caso isso aconteça, ele se dispõe a concorrer a uma vaga no Senado em 2010. "Se Deus me curar, e eu tiver o apoio do meu partido, eu enfrento outra eleição".Leia mais em Negócios

FIQUE POR DENTRO
Candidatura

Otimista com os resultados até aqui obtidos para curar o câncer que o atormenta há alguns anos, o vice-presidente disse ter falado com o presidente Lula sobre uma provável candidatura ao Senado, em 2010, pelo Estado de Minas Gerais, sob a alegação de que perdeu quatro anos do seu mandato anterior de senador para ser o vice de Lula. Alencar relatou o sucesso que teve na primeira disputa ao Senado, derrotando três fortes concorrentes naquela oportunidade. Agora, se estiver curado, disse que disputará uma das duas vagas com a mesma disposição da anterior, quando tinha acabado de sair de duas penosas cirurgias em que tirou um dos rins e parte do estômago

Exibições: 88

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço