Fonte:|redebomdia.com.br|
Crise pode causar demissões e até fechamentos de fábricas; setor é o 2º que mais emprega na cidade A indústria têxtil é o
segundo segmento que mais emprega em Itatiba, perdendo atualmente apenas para a construção civil. Empresários e trabalhadores estão preocupados com o desequilíbrio no abastecimento do algodão, principal matéria prima do setor.
A alta exagerada nos preços, provocada pela quebra na
safra dos principais produtores mundiais e a falta de uma política de controle têm preocupado o setor, que não descarta a redução do ritmo de produção e consequentemente, diminuir os postos de trabalho.
Segundo
a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), a situação da indústria chegou a um nível dramático: o preço está subindo todo dia e falta produto.
“Em função da crise mundial que assolou o mundo
em 2008 e 2009, a área plantada de algodão foi 15% menor. Somam-se a isso os problemas climáticos e o estoque baixo da China, principal exportador da matéria-prima e temos esse cenário preocupante”, disse
Rafael Cervone, presidente da Abit, em entrevista ao BOM DIA.
O
preço do algodão dobrou, segundo Rafael. “A libra-peso do produto, que já chegou a custar US$ 0,70 hoje custa US$ 1,50. É mais do que o dobro.”
O
BOM DIA ouviu empresários itatibenses que confirmaram a situação delicada e preocupante. A indústria têxtil tem um leque muito grande de atividades e as indústrias que sentem o maior impacto são as que produzem fios e produtos com menor taxa de manipulação, em que o preço da matéria prima tem forte influência no preço do produto final.
Os
empresários afirmam que se não houver uma solução de curto prazo todo o setor pode entrar em retração. Empresas que não estiverem capitalizadas e com um volume razoável de estoque podem quebrar e provocar uma crise em efeito dominó, atingindo todo o segmento têxtil nacional.
250 mil toneladas com alíquota zero
Foi publicada a metodologia para a importação de 250 mil toneladas de fibra de algodão com alíquota zero do imposto de importação para o período determinado entre outubro de 2010 e maio de 2011.
A proposta
enviada pela Abit, Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) e Anea (Associação Nacional de Exportadores de Algodão) foi aprovada pela CAMEX (Câmara do Comércio Exterior) em setembro.
“Vai
funcionar com um paliativo para o problema, mas não resolverá. O que pleiteamos é a desoneração da produção, com redução, por exemplo, do imposto sobre a energia utilizada pelas empresas, cujo custo pode chegar a 30% do processo”, disse Cervone.
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI