As vendas de Natal ainda não deslancharam e a expectativa, no momento, é de um resultado morno, depois do fraco desempenho da economia brasileira no terceiro trimestre, que cresceu só 0,6% em relação ao período imediatamente anterior. O calote estacionado em nível elevado e o endividamento alto atrapalham o avanço das vendas.
Publicamente os varejistas mantêm o discurso otimista, apesar da queda da confiança dos próprios empresários do varejo registrada em novembro, quando a intenção de compra das famílias também recuou.
"Tivemos vários 'Natais' ao longo do ano e o Natal mesmo não será nada extraordinário", diz o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Ele faz menção aos estímulos dados ao consumo, como corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros, eletrodomésticos e móveis e crédito com juro menor.
Um sinal do abalo no prognóstico é a queda no índice de confiança dos empresários do comércio, apurada pela CNC. O índice recuou 1,4% em novembro ante o mesmo mês de 2011 e registra desempenho anual negativo desde julho.
No mês passado, o indicador de confiança foi afetado negativamente pela situação atual das vendas e da economia. Tanto é que cresceu, de 17,5% em outubro para 19% em novembro, a proporção de varejistas com estoques acima do adequado num universo de 18 mil companhias consultadas. Em novembro de 2011, fatia de lojas com produtos acima do previsto era de 16,3%.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
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