Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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As estratégias do AliExpress para fazer frente à concorrência no Brasil

Diretora-geral da empresa no País vê com bons olhos medida do governo para importação.

A empresa, controlada pelo conglomerado chinês Alibaba, é um dos sites de e-commerce que praticam o chamado cross border, transação comercial entre países. A prática é questionada por diversos concorrentes locais, que apontam concorrência desleal frente aos impostos pagos pelas varejistas locais, que chegaram a se unir, em 2022, em uma petição para a taxação das estrangeiras. Em maio, o AliExpress foi o sexto portal de comércio eletrônico mais acessado no país, à frente de grandes varejistas como Casas Bahia (7º) e Americanas (9º), e atrás de Shopee (3º) e Shein (5º), que também praticam o comércio fronteiriço. Os números são da consultoria Conversion.

Nos últimos dias, entrou em vigor o Programa de Conformidade da Receita Federal, que tem o intuito de trazer mais transparência a esse tipo de operação, e permite que empresas estrangeiras exportem produtos de até 50 dólares para o Brasil sem pagar impostos federais. A medida, mais uma vez, foi criticada pelos concorrentes locais, mas é defendida pela executiva do AliExpress. “A gente vê o programa como bons olhos para o país em si, porque ele se adequa mais à prática internacional. A gente está estudando a portaria e se preparando para conseguir entrar no programa”, diz Briza, sem dar muitos detalhes. Estima-se que a isenção do governo afete as contas públicas em 35 bilhões de reais de 2023 a 2027, segundo dados da Receita.

Ao defender a nova legislação, a executiva aponta os interesses do consumidor brasileiro e o objetivo de crescer a participação do mercado frente ao varejo tradicional. “Acho que o Brasil ainda tem um potencial muito grande de crescimento no e-commerce. Quando a gente olha a participação do e-commerce em relação ao que é hoje na China é muito pequena. Enquanto aqui, está em 10% do varejo total, lá a participação é de 50%”, diz ela. Por outro lado, a empresa tem um memorando de entendimento com a Apex para ajudar os brasileiros interessados em explorar outros mercados por meio de seu portal de vendas.

Uma das iniciativas da empresa para estimular o crescimento do setor e crescer seu mix de produtos foi se voltar a parceiros logísticos que operam com fulfillment, onde os produtos dos vendedores da plataforma podem ser armazenados em um centro logístico. Hoje, o AliExpress é atendido por essa modalidade em parceria com os Correios, com seu serviço Correios Log+; a China Now Express e a Infracommerce. “O nosso objetivo é ter a melhor velocidade de entrega. Fazemos isso com mais voos e com os centros de fulfillment”, diz Briza. A iniciativa é vista como fundamental para que a plataforma não fique aquém de gigantes rivais, que oferecem esse serviço, como Mercado Livre e Amazon. A empresa também admite estar investindo mais em publicidade e foi uma das principais patrocinadoras do Fórum E-commerce Brasil neste ano.

Por Felipe Mendes |

Fonte: Veja

https://sbvc.com.br/as-estrategias-do-aliexpress-para-fazer-frente-...

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