Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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As Perdas no Varejo Já Chegam a R$ 16 Bilhões

A 11ª edição da pesquisa Avaliação de Perdas no Varejo, divulgada esta semana pelo IBEVAR (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e do Mercado de Consumo) revela que os prejuízos em 2010 já ultrapassam os R$ 16 bilhões, por conta dos seguintes motivos:

- Quebras referentes a produtos danificados ou inadequados para venda: 32%
- Furtos praticados por consumidores: 20%
- Furtos praticados por funcionários: 16%
- Erros administrativos:14%
- Problemas com os fornecedores – 9%

Os resultados fazem parte do levantamento mais recente que o instituto pode registrar até o momento, e foi realizado com 103 empresas brasileiras, distribuídas da seguinte forma: 81 supermercados com 849 unidades no total (78%); nove redes de farmácias com 1.267 lojas (9%); cinco estabelecimentos de material de construção com 93 lojas (5%); dentre outras oito empresas com 362 lojas (8%). Todas elas situadas em várias regiões do País, na seguinte proporção: 40% no Sudeste; 28% no Nordeste; 22% no Sul; 8% no Centro-Oeste e 2% Norte.

No que se refere às quebras operacionais, os respondentes explicaram que 28% delas se deve aos produtos com validade vencida, 21% dizem respeito aos itens danificados por consumidores, e 13% em função da embalagem vazia, cujo produto foi furtado ou violado. Desse montante, cerca de 31% dos supermercados registraram o flagrante.

Já entre os mais de vinte equipamentos disponíveis para a prevenção de perdas, o mais utilizado ainda é o alarme de segurança eletrônica, com 68% da amostra. Enquanto o menos utilizado foi o cadeado eletrônico, com 4% do total.

No que se refere a área de armazenamento, 67% dos supermercados possuem CDs próprios, e conforme o IBEVAR é possível chegar a seguinte conclusão: “Quanto mais tempo o funcionário permanece na rede, maior é o percentual de perdas. Ele conhece melhor os mecanismos de funcionamento, facilitando o furto. Ou seja, se as empresas selecionarem melhor, com certeza o índice diminui”, explica Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Conselho do IBEVAR e professor.

Ainda de acordo com ele, antes do plano real era muito fácil para as empresas repassarem suas perdas, simplesmente aumentando os preços dos produtos. Mas hoje esse cenário não existe porque o varejo está mais competitivo e os preços são facilmente comparáveis. “A perda é inerente ao processo de comercialização. Mais do que nunca é preciso ter o controle dos processos, pois aumentou a necessidade de ser eficiente e eficaz.... e o varejo está atento a isso”, ressalta Angelo, aproveitando para exemplificar que 1,58% já seria uma grande economia, uma vez que as perdas refletem diretamente no faturamento dessas empresas.

Perdas financeiras

A pesquisa mostrou também que no caso dos supermercados esse tipo de perda é menor, representando apenas 0,02% do faturamento liquido. Os motivos variam entre:

- Fraudes no recebimento com cheque em lojas de materiais de construção (79%), farmácias e drogarias (68,3%) e supermercados (56,2%).

- Perdas por diferenças no caixa: supermercados (42,3%), farmácias e drogarias (28,9%) e materiais de construção (7,5%).

- Fraudes no recebimento com cartão de crédito: material de construção (13,4%) , farmácias e drogarias (2,8%) e supermercados (1,5%).

No que se refere ao faturamento, 39% estão na faixa de R$ 100 a R$ 500 milhões, enquanto 11% ultrapassam R$ 1 bilhão. No comparativo entre os segmentos com maior índice de perdas aparecem os supermercados com 2,26%; seguido pelas lojas de material de construção, com a média de 1,81%. Entre os produtos mais furtados estão: os medicamentos, com 15,5%; roupas (7,8%), higiene e cosméticos (5,8%), aparelhos de barbear (5,8%) e carnes (5,8%).

Medidas de segurança

Entre os mais de vinte equipamentos disponíveis para a prevenção de perdas, o mais utilizado ainda é o alarme de segurança eletrônica, com 68% da amostra. Enquanto o menos utilizado foi o cadeado eletrônico, com 4% do total.

Já o sistema de aprovação de cheques e o de gravação digital foram usados por 52% das empresas. Além disso, 12% delas usam softwares de perdas, tendo como média de investimentos em equipamentos cerca de 0,15% do faturamento líquido.

O treinamento dos colaboradores também faz parte do programa das empresas para prevenir as perdas: 39% delas utilizaram esse método.

Fonte:|http://www.brweek.com.br/noticias/466-as-perdas-no-varejo-ja-chegam...

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