Preencher os quase 8 mil metros quadrados foi questão de tempo. Pouco tempo. Mal passou das 9h e os corredores já haviam sido tomados por visitantes de todas as idades. Um dos primeiros a explorar as 100 instalações interativas foi o professor de computação Marcelo Mandelli, 37 anos.
Preencher os quase 8 mil metros quadrados foi questão de tempo. Pouco tempo. Mal passou das 9h e os corredores já haviam sido tomados por visitantes de todas as idades. Um dos primeiros a explorar as 100 instalações interativas foi o professor de computação Marcelo Mandelli, 37 anos.
O gaúcho radicado na capital federal já sondava o espaço havia tempos, desde que tapumes cercavam os arredores durante as obras de restauro do prédio, projetado por Oscar Niemeyer.
“Me senti criança de novo. É muito bacana ter um lugar que misture arte com ciência desse jeito”, contou, depois de explorar, e, óbvio, filmar seu próprio reflexo numa gigante bolha de sabão.
Uma das instalações mais divertidas é uma passarela coberta de pedriscos em que o visitante é desafiado a fazer a travessia fazendo o mínimo de barulho possível. A medição sai em tempo real e se você não tomar cuidado com a pisada, leva um aviso de que fez ruído demais.
O personal trainer Victor Silva, 39 anos, e a administradora Nívea Paranhos, 35, levaram os dois filhos, Luiz Gustavo, 7, e João Eduardo, 9, para curtir o feriado no SESI Lab. “É legal demais ter esse espaço onde eles podem viver as experiências desse jeito, se divertindo”, disse Victor.
Conter o entusiasmo dos meninos, talvez, tenha sido o maior desafio dos pais. A convocação para tirar uma foto não foi recebida sem protestos. “Agora não, a gente tá brincando”, lançou Luiz Gustavo.
Mãe e filha resolveram desbravar juntas os experimentos do SESI Lab. A monitora pedagógica Izabella Mota, 24, ficou sabendo da abertura do museu pela artista Maibe Maroccolo, que ministrou uma oficina de tintura natural aos visitantes.
“É tão importante pra Brasília ter espaços assim, de aprendizagem ativa. A cidade precisava disso e como aqui é fácil de chegar, acho que vai ser muito bom pra essa região central”, avaliou Izabella.
Ela levou a mãe, Alessandra Ferreira, 47, junto. “Estou me divertindo horrores. Aqui você coloca a mão na massa”, brincou Alessandra.
Uma das exposições em curso se debruça sobre o futuro das profissões. Com curadoria da cineasta e dramaturga Daniela Thomas, a mostra entrevistou 83 profissionais de variados setores, em Brasília e em São Paulo. Cada um conta sua história. O soldador Geraldo Orlando Mendes, 66 anos, é um deles.
Ele veio de São José dos Campos (SP) para a abertura oficial do museu. Como todos os adultos, ele virou criança. “Essa interação entre pessoas mais velhas e mais jovens é demais. O mundo tá mudando muito rápido e acho que isso aqui ajuda a gente a pensar no que a gente quer pra frente”, disse.
Uma das coisas que mais chamou a atenção de Geraldo foi a facilidade de chegar ao SESI Lab. “É perto da rodoviária, numa região central, o que vai permitir com que muita gente venha conhecer”, elogiou.
“Estou completamente obcecada e encantada com o resultado. Eu queria saber quem eram aquelas pessoas e quando você conhece a biografia, vê que cada profissão é criativa, tem seu inusitado. Cada história é uma luta muito pessoal”, avalia a curadora Daniela Thomas.
No auge dos 5 anos, Camila Morais Lage afirma com convicção que, quando crescer, quer ser cantora. Pela concentração e precisão dos movimentos para criar seu mosaico com peças coloridas e geométricas, arte parece mesmo correr no sangue da pequena.
“Vem ver minha obra de arte, mamãe”, disse para a mãe, Lilian Morais. Depois de receber um elogio, um momento de autocrítica. “Eu sou muito boa”, declarou.
O dia foi salteado de momentos de carência dos pais, esquecidos pelos filhos diante de tantas atrações.
Túneis de vento, manivelas, circuitos elétricos, colônias de bactérias, bancos musicais, pianos de eletricidade, painéis de ilusão de ótica. É muita tentação ao alcance das mãos. “Ela está enlouquecida. Acho que vamos passar o dia aqui”, resignou-se Lilian.
Durante todo o mês de dezembro, a entrada no SESI Lab é gratuita. Basta retirar o seu ingresso no site ou no aplicativo da Sympla. “Espero que essa meninada largue mão do celular e venha ver o mundo de outro jeito”, diz Diná, que provavelmente se atrasou para a consulta. O convite segue de pé.
Por: Ariadne Sakkis
Colaborou: Camila Vidal
Fotos: Gabriel Pinheiro
Da Agência de Notícias da Indústria
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