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Ata do Copom sinaliza mais aumento de juros; saiba quais os melhores investimentos

Ata do Copom sinaliza mais aumento de juros; saiba quais os melhores investimentos

Por InfoMoney

SÃO PAULO – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulgou nesta quinta-feira a ata da última reunião, quando os diretores decidiram por aumentar a Selic (taxa básica de juro) em 0,25 ponto percentual (p.p.), para 12,25% ao ano.

Na ata, o comitê aponta para um processo de ajuste “gradual” da política monetária brasileira, deixando aberto o caminho para novas elevações do juro básico ao longo deste ano. Ao mesmo tempo, a ata sinaliza que houve alguma melhora na inflação.

Neste cenário, os especialistas em investimentos continuam a apontar a renda fixa como a melhor opção no momento. “Este é mais um sinal de que o horizonte continua mais favorável para a renda fixa do que para a renda variável”, ressalta o professor de economia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Fábio Gallo.

De acordo com ele, o brasileiro deve aproveitar a alta taxa de juros a seu favor, por meio dos investimentos. “Esta taxa de juros alta continua, disparada, a maior taxa de juro real do mundo”, afirma.

Segundo o professor, os fundos DI e os títulos do Tesouro Direto são os melhores investimentos para aproveitar a alta dos juros. “Tanto os títulos prefixados quanto os pós-fixados estão com rendimentos bastante atrativos, acima de 12% ao ano”, afirma Gallo.

Pós- fixados atrelados à Selic

Para o Gerente de Gestão de Investimentos da consultoria Lecca, Georges Gerbauld Catalão, neste cenário, a melhor opção de investimento são os fundos ou títulos de renda fixa pós-fixados atrelados à Selic.

“Com esta perspectiva de alta, ainda é o momento de investir em títulos que acompanhem o avanço das taxas de juros”, acredita o profissional.

Segundo ele, o CDB pós-fixado também é uma opção interessante, já que é atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e tem garantido um rendimento líquido acima de 10% ao ano.

Entretanto, os especialistas ressaltam que é importante negociar uma taxa de ao menos 98% do CDI com o banco, para que o investimento valha a pena.

Prefixados

O executivo ressalta que ainda é um pouco arriscado investir em títulos prefixados, devido às incertezas quanto ao término do aperto monetário. “O consenso do mercado é que haja mais uma elevação da Selic de 0,25 p.p.. Mas se, por algum motivo, o BC resolver continuar subindo os juros, quem comprou títulos prefixados agora não vai se dar bem”, afirma.

Segundo ele, neste caso, o melhor é aguardar mais um pouco as próximas definições do Copom, para optar por este tipo de título. “Neste momento, acho que o ideal mesmo é optar pelos pós-fixados ligados à Selic”, enfatiza.

Pós-fixados atrelados à inflação

No caso dos títulos pós-fixados atrelados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ele ressalta que a própria ata do Copom mostrou um cenário um pouco mais favorável para os preços.

“Os títulos baseados na inflação foram um excelente investimento no final do ano passado e no primeiro trimestre deste ano. Com uma perspectiva um pouco melhor para a inflação, este tipo de investimento não vai ter a mesma rentabilidade que apresentou nos primeiros meses do ano”, diz.

Fundos de investimento

O professor da PUC também lembra que o investidor pode optar por fundos de renda fixa, lembrando sempre que as taxas de administração são mais caras do que quando se opera via Tesouro Direto.

“Quando você quer comer, mas não tem tempo ou não sabe cozinhar, a solução é procurar alguém que cozinhe para você. Você paga por isso, mas é a melhor maneira de aproveitar aquela oportunidade”, compara Gallo.

Bolsa de Valores

De acordo com o gerente da Lecca, o investimento em renda variável ainda exige um pouco mais de cautela, devido, principalmente, ao cenário externo.

“O grande empecilho da bolsa no início do ano era o cenário interno. Agora, tivemos uma melhora da situação econômica nacional, com o arrefecimento da inflação, mas o cenário externo piorou, com muitas dúvidas sobre a situação fiscal dos países periféricos europeus, especialmente a Grécia, além de dados ruins da economia norteamericana”, afirma Catalão.

De acordo com ele, diante disso, a bolsa pode ser uma boa opção para aqueles que pretendem operar no longo prazo, em um horizonte de no mínimo doze meses. “Existem ações de empresas que estão baratas e há uma perspectiva de valorização no longo prazo”, aponta o profissional

 

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