Fonte:|portugaltextil.com|
Mais de 450 mil artigos têxteis e de vestuário no Canadá foram re-etiquetados como viscose após as empresas terem levado os consumidores a pensar que eram feitos de fibra de bambu. As alterações foram decididas após o Gabinete da Concorrência ter contactado retalhistas, importadores, produtores e empresas de processamento e acabamentos relativamente à rotulagem e publicidade a artigos têxteis derivados de bambu. O Gabinete afirma que mais de 250 páginas da Internet foram também corrigidas como resultado dos seus esforços. Segundo o Gabinete da Concorrência, embora os artigos sejam derivados de polpa de bambu, não foram feitos com fibras naturais de bambu e são, na verdade, fibras de viscose produzidas através de um processo químico, pelo que há receio que os consumidores tenham pago um preço mais elevado com a assumpção de que os artigos são ecológicos ou têm qualidades melhores para a saúde. O Gabinete insiste que os têxteis derivados de bambu têm de ser rotulados como “viscose de bambu” para não enganar os consumidores e pretende continuar a monitorizar o mercado e continuar a agir face a queixas que envolvam rotulagem falsa ou enganosa relacionada com fibras têxteis. Esta não é a primeira vez que os tecidos à base de bambu estão envolvidos em polémica. As fibras foram inicialmente consideradas uma alternativa ecológica ao algodão, sedas e poliéster por serem feitas com base numa planta de rápido crescimento que requer poucos fertilizantes químicos e que é cultivada sem destruir as raízes, o que permite um rápido crescimento. Contudo, há muita controvérsia sobre o estatuto ecológico do tecido de bambu, uma vez que são necessários químicos fortes para transformar a dura celulose da planta de bambu em fibras suaves.
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