Cavalcanti critica "assalto" de operadoras de cartões de crédito
AGÊNCIA SENADO
Roberto Cavalcanti (PRB-PB) disse ontem que recebeu "um exemplo gritante do assalto ao bolso dos cidadãos que vem sendo perpetrado pelas administradoras de cartões de crédito". Ele apresentou uma fatura da rede varejista de lojas Casas Bahia, cujo crédito é administrado pelo banco Bradesco, com taxa de juros de 507,73% ao ano.
— Por trás de uma propaganda massiva, a empresa atrai os consumidores para, em seguida, tirar-lhes o couro. Esses juros são insanos, considerando-se que o país vem ostentando taxas de inflação de 5% ao ano.
Para o senador, isso demonstra a total falta de controle sobre os cartões de crédito, que se aproveitam da ausência da ação governamental. Ele apresentou outra fatura, dessa vez do cartão Cetelem, empresa do grupo BNP Paribas, com taxa de juros para saldo financiado de 477,54% ao ano e de comissão de permanência de 677,67% ao ano.
Cavalcanti lembrou que o Brasil já viveu períodos de inflação descontrolada, quando se justificava a cobrança de encargos financeiros tão elevados, mas com o nível de inflação atual, disse, "é irracional manter esse quadro desesperador" para os consumidores. Ele afirmou que é preciso que as autoridades façam prevalecer o bom senso e defendeu a regulamentação nos moldes do que ocorreu com as tarifas dos bancos.
— No entanto, essa possibilidade está completamente afastada e os jornais deste fim de semana são unânimes: arrocho nos cartões só em 2011.
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