A constatação faz parte do “Estudo do Consumo Aparente de Artigos de Vestuário no Brasil”, elaborado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a pedido da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX).
As redes de varejo não direcionam suas estratégias de importação levando em conta somente o custo dos fornecedores internacionais. Na maior parte das vezes, o preço mais baixo do produto estrangeiro não corresponde à qualidade exigida pelo consumidor, principalmente aquele que ascendeu socialmente e pode investir seu dinheiro em artigos bem acabados, com tecidos diferenciados e design inovador. Foi justamente para atender a essa demanda que os varejistas passaram a importar produtos de maior qualidade e que não têm correspondência no Brasil. Os itens cuja produção no País é insuficiente, como artigos de inverno, também fazem parte desse grupo.
A constatação faz parte do “Estudo do Consumo Aparente de Artigos de Vestuário no Brasil”, elaborado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a pedido da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX). Um dado importante do estudo caracteriza o mercado brasileiro como bastante fechado. Em economias mais desenvolvidas, o índice de importação é muito maior.
O Brasil é o 37º países no ranking dos maiores importadores do mundo. Em 2010, o Brasil importou US$1,1 bilhão em itens de vestuário, o correspondente a 0,3% de toda a importação mundial deste segmento.
O estudo também atualiza a participação dos importados comercializados no varejo nacional como um todo, que era de 9,3% e deverá ser este ano de 13,8%. Este dado ainda caracteriza o mercado nacional como fechado. “O total de participação de vestuário importado na economia nacional está bem abaixo dos patamares de importações considerados salutares para outras economias (de 25% a 30%) e que não trazem danos às indústrias locais, ao contrário, motivam a competitividade e ajudam no controle da inflação”, comenta a ABVTEX.
Outro aspecto analisado pelo estudo do IEMI é a evolução das importações. Percebe-se que o crescimento em valores foi bem superior do que em peças, pois grande parte dos produtos estrangeiros possuem valores agregados, relacionados à inovação. Por vezes, o item importado é até mais caro que o nacional, o que refuta acusações de setores da indústria de que “o produto importado é mais barato”.
“Não é viável importar artigos similares aos produzidos no País, pois vender muitos produtos com a mesma característica não desperta o interesse do consumidor e diminui o faturamento por metro quadrado”, analisa a ABVTEX.
Produção nacional
Por atender os anseios do consumidor, as redes de varejo são favoráveis à modernização da indústria têxtil nacional, que hoje se mostra incapaz de atender a determinadas demandas, por não deter a tecnologia nem os materiais encontrados em outros países.
Outro problema é a grande pulverização do setor, formado por pequenas confecções muitas vezes familiares: 70% das indústrias de vestuário brasileiras são de pequeno porte, com menos de 20 funcionários. Ou seja, não produzem em larga escala e terceirizam o trabalho.
Em 2011, a indústria de vestuário nacional produziu 6,3 bilhões de peças. Foi o segundo melhor ano de sua história, de acordo com o IEMI. O dado também refuta informações de que “a indústria de confecções sofre um processo de desindustrialização há alguns anos”.
FONTE: ÚLTIMO INSTANTE
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Importar legalmente é mais caro que produzir aqui.
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