Com dois ouros, três bronzes e duas medalhas de excelência, a comitiva brasileira brilhou na BRICS Skills Competition, competição de ocupações técnicas realizada de maio a novembro deste ano entre os países do bloco. Foram mais de 22 mil participantes, entre competidores e técnicos, da África do Sul, China, Índia e Rússia, além do Brasil.
A disputa reconheceu habilidades em 28 ocupações envolvendo economia digital e novas tecnologias, e os estudantes passaram por diversas etapas, incluindo treinamento. Os desafios da fase final, organizados pelo Conselho Empresarial dos BRICS, ocorreram de 2 a 6 de novembro em formato híbrido, tendo a cidade de Xiamen, na China, como sede, e competidores dos outros países realizando as provas online.
Integravam o time brasileiro 30 alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e 21 instrutores de quatro estados: Bahia, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Eles competiram em 19 ocupações e conquistaram medalha em cinco delas: manufatura aditiva, design industrial, Building Information Modeling (BIM), computação em nuvem e manutenção aeronáutica.
OURO
Gabriel Marques Silva, do SENAI-SP - Manufatura aditiva
Gabriel Ferreira, do SENAI-SP - Design Industrial
BRONZE
Bruno Sychocki, do SENAI-RS - Design Industrial
Esther Toledo da Silva, do SENAI-SP - BIM
Rafael de Borba e Vitor Rafael Borile - Manutenção aeronáutica
EXCELÊNCIA
Eduardo Costa, do SENAI-RS - Design Industrial
Vitor Silva de Antoni, do SENAI-RS - Computação em nuvem
Da mesma escola SENAI, em Araraquara, Gabriel Marques e Gabriel Ferreira encararam a competição como um treinamento para as seletivas estaduais e nacional da WorldSkills. Eles já estão de olho no mundial marcado para acontecer em Lyon, na França em 2024. Surpreendidos - mas nunca despreparados - com o ouro no torneio dos BRICS, eles sonham e treinam para serem os melhores do Brasil e do mundo.
O mais novo, Gabriel Ferreira, de 18 anos, tem uma rotina puxada e concilia o último ano do ensino médio com o curso técnico de mecatrônica e o serviço militar. Ele reconhece que a prova foi complicada, começando pelo software, que ele não conhecia e era chinês. Duas semanas antes, ele havia participado de uma competição envolvendo países da Europa e da Ásia.
“Venho treinando há um ano e meio para a São Paulo Skills e para lutar pelo mundial na França. A dos BRICS foi rápida, mas sucesso. Dei o melhor que pude. Comento com meus professores que quero fazer parte da família SENAI e esse foi um dos principais motivos de eu ter participado, porque as competições têm um peso na seleção”, afirma.
O xará também tem vontade de permanecer no SENAI, como instrutor, depois de formado. “Fiz curso de usinagem pouco antes da pandemia, terminei e estou no segundo ano do técnico em eletrônica, já terminando. Pretendo continuar no SENAI, porque mudou a forma como eu vejo o ensino. Sempre estudei em escola pública e os professores tinham poucos recursos. Aqui é muito diferente, os professores querem ajudar os alunos e têm os recursos para isso”, elogia Gabriel Marques.
Segundo ele, a prova de manufatura aditiva, que é uma ocupação nova, foi complexa. Foram, na verdade, três testes, sendo que, no primeiro, eles precisam redesenhar o objeto a partir de um arquivo 3D e criar um sólido com a impressora 3D. Na segunda prova, já com um objeto maior, eles precisam encontrar os erros e corrigi-los na hora da modelagem para a impressão sair correta. E, na terceira, eles fazem a avaliação de um arquivo escaneado e o sólido correspondente para gerar um relatório comparativo.
Tanto os treinos quanto as provas são acompanhadas pelos “experts”, que são os técnicos especialistas de cada competidor. No caso dos medalhistas brasileiros, esses profissionais eram Welington Leonel, Jonatan Augusto da Silva, Ricardo de Angelis, Rodrigo Smiderle Bremm e Thiago Ferreira Carvalho.
Por: Amanda Maia
Da Agência de Notícias da Indústria
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