Ainda segundo o levantamento, o Brasil é último colocado nos quesito disponibilidade e custo do capital (Germano Luders/VEJA)
O Brasil aparece na penúltima colocação no quesito competitividade para o ambiente de negócios, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O país supera apenas a Argentina na quarta edição do ranking "Competitividade Brasil". "Desde 2012, o Brasil fica na mesma posição na lista que, além da Argentina, inclui Colômbia, México, Polônia, Turquia, Índia, Rússia, África do Sul, Chile, China, Espanha, Austrália, Coreia do Sul e Canadá", registra o documento.
O trabalho também revela a posição do Brasil em relação a 14 países nos fatores disponibilidade e custo da mão de obra e de capital, infraestrutura, peso dos impostos, ambientes macro e microeconômico, educação e tecnologia e inovação.
De acordo com a pesquisa, o Brasil é último colocado no quesito disponibilidade e custo do capital. "O país tem a mais alta taxa de juros real de curto prazo, de 9,7%, e o maior spread da taxa de juros, de 19,6%, percentuais cerca de três vezes superior ao registrado na Colômbia", afirma a CNI.
No item "ambiente econômico", o Brasil caiu da 10ª para a 12ª colocação entre 2013 e 2014. O recuo ocorreu em função da piora do quadro econômico interno e da redução no investimento estrangeiro. "Nos demais países avaliados, o investimento estrangeiro direto aumentou. No México, por exemplo, a taxa passou de 1,08% para 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB)", indica o estudo.
O peso dos impostos sobre a atividade econômica levou o Brasil a ficar na 13ª posição entre os 15 países pesquisados. Apesar da colocação, o país ultrapassou a Espanha nesse item da pesquisa.
O melhor desempenho do Brasil no ranking de competitividade aparece em disponibilidade e custo da mão de obra, com o 4º lugar, atrás de México, Chile e Colômbia. A baixa produtividade do trabalhador é apontada pelo estudo como fator que impede avanços nesse quesito.
(Com Estadão Conteúdo)
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