Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasil tem roupas mais caras do mundo, aponta ‘Índice Zara’

Brasil tem roupas mais caras do mundo, aponta ‘Índice Zara’

SÃO PAULO - O excesso de impostos e de burocracia colocou o Brasil, de novo, na liderança de um ranking que compara o preço de produtos aqui e lá fora. Depois do índice ‘Big Mac’ e, mais recentemente, dos índices ‘iPhone’ e ‘Play Station’, agora foram as roupas da varejista espanhola Zara que levaram o País para a lista dos mais caros do mundo. 

Pesquisa feita por analistas do banco BTG Pactual em 22 dos 87 países em que a grife está presente revela que o Brasil é o lugar onde os produtos da marca são os mais caros, em dólares. Em média, os preços da Zara no Brasil são 21,5% superiores aos das lojas americanas da marca, usadas como base de comparação. 

O relatório, assinado por Fabio Monteiro e Thiago Andrade, levou em conta 14 itens diferentes vendidos na Zara, de blazers a sapatos. Por exemplo: um vestido que nos EUA custa US$ 79 e na Espanha, onde fica a matriz da rede, ele é vendido por US$ 55,1, está nas araras das lojas brasileiras por US$ 171,6. Na Suíça, segunda colocada do ranking, o cliente pagaria US$ 90,4. 

Considerando-se a paridade por poder de compra, para descontar a influência cambial, o Brasil parece ainda mais caro, embora deixe de ser o líder do ranking, perdendo apenas para a Polônia. Neste caso, os produtos aqui são 49,4% mais caros que os dos EUA. Na lojas polonesas, o índice é de 54,2%. "Ainda assim, fica claro que vestuário no Brasil é muito mais caro do que no resto do mundo", afirmam Monteiro e Andrade. 

Em nota, a Zara explicou que "estabelece seus preços de maneira independente para cada mercado, mantendo sempre o mesmo posicionamento comercial baseado na ofertas das últimas tendências da moda, em produtos de qualidade e em preços atrativos". Segundo a varejista, essa política leva em conta as características de cada mercado, seus níveis de preço e custos.

Concorrência. O preço a que as roupas são vendidas no Brasil voltou à tona no mês passado com a barulhenta estreia da rede americana Forever 21 em São Paulo e no Rio. Com preços baixos, a varejista atraiu milhares de clientes, que fizeram filas de até três horas para entrar na loja. O levantamento do BTG aproveitou essa discussão para identificar o custo do ambiente de negócios no Brasil. Segundo os analistas, entre as principais dificuldades do mercado brasileiro estão os pesados impostos de importação, a diferença climática em relação ao hemisfério norte e os entraves para se produzir no País.

"Hoje o produto têxtil que chega ao Brasil tem uma taxa de importação que beira os 35%. Há todos os impostos que vêm em cascata, que incidem sobre o valor aduaneiro e acabam elevando o preço do produto", afirma o presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil, José Luiz Cunha.

A pesquisa não surpreendeu empresários do varejo. "A carga tributária já ficou até em segundo plano, pela complexidade da regulamentação do nosso mercado e até pelo custo de se pagar impostos no Brasil", diz Flávio Rocha, presidente da Riachuelo.

Para o banco, a entrada de varejistas estrangeiras exigirá uma reação das empresas brasileiras, mas há tempo para isso. Os analistas dizem que é longo o período de aprendizado de redes internacionais no Brasil. "O número de lojas sendo abertas por Forever 21, GAP, Topshop e outras ainda é pequeno e elas estão concentradas em grandes cidades."/ COLABORARAM LUIS PHILIPE SOUZA E LETÍCIA AUTRAN, ESPECIAL PARA O ESTADO.

Fonte: Estadão

 

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Comentário de petrúcio josé rodrigues em 12 abril 2014 às 8:07

Caríssimo Herbert Silva,

esta é um grande realidade que nos constrange e entristece.

Tenho batido forte neste assunto. Vejo pois, que as  comodities que tanto tem permitido o GOVERNO BRASILEIRO ABRIR AS PERNAS, NÃO BENEFICIAM EM NADA A MÃO DE OBRA BRASILEIRA.

PELO CONTRÁRIO, A AREA TÊXTIL TEM SOFRIDO BAIXAS GRANDIOSAS EM SUA POSTO DE TRABALHO, TUDO PORQUE O GOVERNO BRASILEIRO INSISTE EM MANTER O SUBSIDIOS AOS  "QUERIDINHOS CHINEZES". POR OUTRO LADO MANTEM O "INSTITUTO DAS BOLSAS", ONDE MANTEM O ALVISSAREIRO

CABRESTO DO VOTO, E ASSIM GANHA POPULARIDADE, PORÉM, PRODUZ MALANDROS, VAGABUNDOS, ASSALTANTE  E OUTROS ELEMENTOS NOCIVOS, COM A CRIAÇÃO POSTOS DE CONSUMO DE  DROGAS.

ESTA É  GRANDE REALIDADE NOSSA, CARO HERBET.

TEMOS QUE PERSEVERÁ NO NOSSOS IDEALISMOS DE VER UM BRASIL EQUITATIVO, SEM SUBTEFÚGIOS E SEM MENSALÕES. 

Comentário de Herbet Silva em 12 abril 2014 às 7:53

Amigo Petrúcio,  gostei da vossa afirmação "esta infeliz realidade" ...

na quarta feira agora,  estava conversando com um amigo empresário que comprava malha acabada de uma empresa aqui no Brasil.  Ai, na ocasião perguntei a ele como ia a parceria entre ele (brasileiro) e a empresa da qual ele comprava malha ( também brasileira ).  Eis abaixo o retorno dele, mediante ao meu questionamento acima exposto:

- Pois é Herbet, não dá mais para eu continuar comprando malha desse fornecedor brasileiro ... fiquei sabendo que se eu fizer importação pelo estado de Santa Catarina,  eu vou ter isenção dos impostos de importação ... 

Ou seja, a malha aqui da empresa brasileira custa R$ 16,00  ao realizar a importação, fazer os trâmites, e para receber o artigo dentro da minha empresa o custo ficará na casa dos R$ 13,00.

Ai eu fico pensando:  ficam o tempo todo arrumando uma forma de "sugar" mais dinheiro do empresário brasileiro ... e diminuem o imposto de um produto fabricado na Ásia para chegar aqui e "roubar" os empregos dos brasileiros e dar sentença fatal a empresas do setor têxtil ...

um empresário do setor têxtil brasileiro anda de Gol, Palio, Corsa ... o empresário da ásia anda de mercedez, volvo, land rover ...

cada dia que passa e estudo,  mas percebo que eu fico "burro" ... pois não consigo entender nada ...

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 11 abril 2014 às 20:51

Precisamos todos entrar na iniciativa do patrício Cabral, e redescobrir o Brasil.

Concordo companheiro Herbert.

Devemos despertarmos todos,  para  esta infeliz realidade.

Comentário de Herbet Silva em 11 abril 2014 às 11:29

Brasil ... um país de todos ... exceto, dos brasileiros, é claro.

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