Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Calçando o país e o mundo: 8 pólos calçadistas brasileiros

Eles são os Arranjos Produtivos locais (APLs) especializados em um tipo de produto, e 88% do setor é formado por microempresas, segundo a Abicalçados. Separamos alguns dos principais pólos calçadistas do país (diga-se de passagem, o terceiro maior produtor do mundo).

1. Os dois lados da Paraíba
As cidades produtoras do estado se dividem em dois grupos: as litorâneas (pequenas cidades com influência de João Pessoa) e as do interior (Campina Grande e Patos). Essas áreas reúnem tudo o que é exportado do setor calçadista do Estado. Embora com a mão-de-obra mais barata que seus pólos concorrentes no Sul e Sudeste, ainda com a falta da especializada.
2. Goiás
A grande quantidade de cabeças de gado do estado – e da produção de couro – fez com que Goiás desenvolvesse sua indústria calçadista, ainda bem recente.

3. Nova Serrana
Lá estão os tênis e calçados esportivos. Localizada em Minas Gerais, a cidade começou sua indústria de calçados nos anos 1950, mas foi a partir da década de 1970, com mais conexão com outros pontos do Brasil graças a linhas férreas, que o setor começou a progredir. A simplicidade para produzir um tênis, em oposição a um calçado de couro, e o boom dos tecidos sintéticos da época fez com que as empresas novaserranenses revertessem sua produção para os esportivos. Com mais de mil indústrias do setor, a cidade influencia a economia das vizinhas, como Perdigão, Divinópolis e Itaúna.
4. Franca
A indústria calçadista existe desde meados do século XIX, e seu destaque está na produção de calçados de couro (96%) e masculinos (75%)  – ela é a capital nacional do segmento, lembra? Abrange outras cidades próximas, tanto de São Paulo quanto de Minas Gerais. Tem mil empresas e emprega 30 mil pessoas. A região também exporta, e representava cerca de 2,5% da exportação nacional de calçados em 2009, segundo relatório do Sindifranca. O desafio agora é apostar em design e identidade para fazer crescer a exportação.
5. Jaú e Birigui
Pólo de calçados femininos, também tem suas origens lá no século XIX com as pequenas empreitadas familiares. Assim como Franca, exporta menos do que poderia, sendo necessário o investimento maior em design, o grande diferencial estratégico de uma empresa de moda.
Já Birigui é centrado na produção de calçados infantis - o maior do segmento no Brasil.
6. Santa Catarina
A produção de concentra no Vale do Rio Tijucas, e é concentrada principalmente no segmento feminino.

7. Vale do Rio dos Sinos
O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de calçados do mundo. Grande parte da produção brasileira que é exportada começa aqui. Compreende Novo Hamburgo, a capital nacional do calçado. Mesmo com o porte e a tradição, a indústria calçadista gaúcha tem passado por dificuldades nos últimos anos, principalmente em relação a produtos mais baratos (embora de menor qualidade) como os chineses.

8. E há mais no RS
Os dois outros polos gaúchos ficam próximos do Vale do Rio dos Sinos: o vale do Paranhana (Igrejinha, Três Coroas, Presidente Lucena, dentre outras) e a Serra Gaúcha (Canela, Bento Gonçalves, Gramado etc). O primeiro trabalha com calçados femininos de melhor qualidade e é bem ligada à moda e design. Já o da Serra Gaúcha, são os calçados masculinos os protagonistas. Na verdade, os três pólos ficam próximos entre si - há quem diga que os três fazem parte do meso grande pólo calçadista, que compreende cerca de 60% das indústrias nacionais do setor.
Vivian Berto
Tendere - Pesquisa de Tendências e Consultoria em Moda, Beleza e Design
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