|
Exposição Material Re-use in the Spirit of Thrift, Utility and Beauty, no Textile Museum of Canada. |
Não é só a moda que ganha os lugares dos museus, com o interesse cultural acerca do assunto crescendo cada vez mais. Os museus têxteis também existem, apresentando desenhos, padronagens e técnicas dos mais diversos povos ao redor do mundo e de tanto tempo quanto as fibras conseguiram resistir.
O Textile Museum em Washington, EUA, é o maior e mais antigo. O fundador, George Hewitt Myers deu sentido à sua obsessão por tecidos montando, em 1925, um museu com visita marcada. Após sua morte, nos anos 1950, o museu começou a crescer com tecidos vindos dos mais diversos lugares da Ásia e África. A próxima exposição, Out of Southeast Asia: Art that Sustains, que começa em abril e ficará em cartaz até outubro, reúne trabalhos tradicionais de povos asiáticos e tecidos de artistas contemporâneos.
Unir o antigo o design de hoje é uma preocupação desses museus. O Textile Museum do Canadá faz a ponte entre o histórico com o contemporâneo, como a exposição Dare to Wear Love, que reuniu em 2012 designers canadenses em prol das vítimas da Aids na África Subsaariana.
O Textiel Museum, na cidade de Tilburgo, nos Países Baixos, desenvolveu um projeto Turkish Red And More com designers de interiores holandeses para que fizessem projetos inspirados no acervo do museu. A intenção é mostrar como referências históricas regionais pertencentes ao seu próprio universo - no caso, o têxtil, usado tanto para a decoração quanto para a moda - influenciam cada vez mais criadores de agora. Técnicas de fiação e bordado são reexploradas.
É comum aos museus têxteis unir o
tradicional e cultural
ao design de hoje.
Grandes museus que são roteiro certo para as exposições de moda também já apresentaram tecidos, como é o caso do MoMa e, com mais intensidade, do Victoria and Albert Museum, que tem seu próprio arquivo de têxteis.
|
Acervo do Victoria & Albert: bordado francês do século XVIII. |
No Brasil, os têxteis são protagonistas da exposição IBIRÁ-FLORA, que representa a flora do Parque do Ibirapuera em SP através de metros e metros de tecido feito à mão por tecelãs de uma comunidade e está em cartaz no próprio Parque - o projeto é de Renato Imbroisi e a gente já falou sobre ele aqui. Também temos um artista têxtil de grande importância, Arthur Bispo do Rosário (1911-1989), destaque na última Bienal no ano passado.
Vivian Berto
Veja mais fotos aqui:
|
A história da tecelagem nórdica Marimekko está em cartaz no Textile Museum canadense.
|
|
Saia proveniente do Laos, cerca de 1950, do arquivo do Textile Museum nos EUA. Ele está na exposição Out of Southeast Asia: Art that Sustains. (Foto: Textile Museum) |
|
Xale do Laos, cerca de 1900-1950. (Foto: Textile Museum) |
|
Obra de Vernal Bogren Swift, artista têxtil contemporânea. O museu fez a ponte entre têxteis tradicionais do sudoeste da Ásia e artistas como essa. (Foto: Textile Museum) |
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI