Carga tributária e China dão nó na indústria em MS

[Romildo de Paula Leite]

Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado

Setor de vestuário em MS sofre com concorrência desleal

A carga tributária e a concorrência com a Ásia deram um nó na indústria do vestuário sul-mato-grossense, conforme matéria publicada hoje (7), no jornal Correio do Estado. Em 2013, pela primeira vez em 20 anos, nenhuma empresa abriu as portas aqui. Os empresários demitiram e estoque de empregos recuou 2%. Até 2010, ele cresceu perto dos 20% ao ano. “O setor está se remodelando”, afirma o presidente do sindicato que representa as empresas, Sindivest-MS, José Francisco Veloso Ribeiro.

O novo “design” do negócio foi imposto pela concorrência com países asiáticos – antes a China, agora Taiwan, que forçou o empresário a enxugar as linhas e a redirecionar a produção. Um dos efeitos da readaptação é o crescimento estimado de alta de 3% no estoque de empregos, para 9,1 mil postos no Estado, de acordo com Veloso, também diretor da Federação das Indústrias (Fiems).

A Universo Íntimo foi uma das primeiras a chegar em Campo Grande, no início dos anos 2000. Já empregou 1,2 mil pessoas e hoje tem 700 funcionários. Um turno foi fechado.
O foco mudou para o mercado de magazines, explica o empresário Gilberto Romanato. “É culpa da China”, resume. “Você sente que o pessoal está reduzindo as atividades”. A reportagem é de Carlos Henrique Braga.

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