O preço do algodão continua a subir enquanto na Austrália as cheias não dão tréguas às colheitas de várias matérias-primas.
Há semanas que a Austrália enfrenta as piores cheias dos últimos cinquenta anos. A área alagada é equivalente à de França e da Alemanha, e o nível de água já destruiu grande parte das colheitas do país.
A Associação Australiana de Transportadores de Algodão disse hoje à Bloomberg que estimava uma perda de 300 mil fardos daquela matéria-prima desde o início das inundações, sendo que os estragos tendem a aumentar visto que o tempo não parece querer melhorar nos próximos tempos.
Esta mesma organização tinha previsto, antes do mau tempo, uma produção recorde de 4 milhões de fardos em 2010. O preço da planta praticamente duplicou, nos últimos doze meses, enquanto os produtores se esforçam para conseguir suprir a procura da China.
Os contratos de algodão para entrega em Março subiam 2,8% para 1,472 a libra (cerca de 500 gramas) em Nova Iorque. Se a matéria-prima fechar a negociação neste preço, estará em máximos de três semanas.
Milho e trigo voltam a valorizar
O preço do milho está a subir pelo segundo dia consecutivo, com os investidores a recear que amanhã os EUA anunciem uma quebra nas reservas globais do cereal, antes da colheita de 2011.
"Os 'traders' estão a apostar numa quebra das reservas", disse à Bloomberg Chip Flory, da Professional Farmers of America.
Os futuros do milho para entrega em Março subiam 0,6% para 6,10 dólares o alqueire, depois de ontem terem acelerado 2% o que significa que o preço do cereal avançou 44% nos últimos doze meses.
Já o trigo recupera de mínimos de duas semanas e avança 0,4% para 7,70 dólares o alqueire, em Chicago. A impulsionar o preço do cereal estão, à semelhança do que acontece com o algodão, as cheias na Austrália, mas também a venda inesperada de 155.600 toneladas métricas a compradores desconhecidos , na semana terminada a 6 de Janeiro, revelou hoje o Departamento do Comércio dos EUA.
O trigo é a quarta produção mais valiosa dos EUA, sendo que em 2009 foi avaliada em 10,6 mil milhões de dólares, deixando para trás o milho, a soja e o feno.
Metais sobem com receios sobre a Europa
O ouro e a prata estão a valorizar pelo segundo dia consecutivo, enquanto se reacenderam os receios sobre a crise de dívida europeia. O fim-de-semana foi marcado por várias notícias que deram conta de que Portugal estaria a ser pressionado para aceitar um resgate por parte do FMI e do Mecanismo de Estabilização Europeu, e que antecederam emissões de dívida de longo prazo por parte de três dos mais 'preocupantes' paíseses periféricos: Itália, Espanha e Portugal.
Os investidores voltaram assim a refugiar-se na segurança dos metais preciosos e estão a fazer o preço do ouro subir 1 dólar para 1.375,10 dólares a onça, em Nova Iorque. Já a prata valorizava 1,9% para 776,50 a onça.
Por seu lado, a platina valorizava 1% para cotar nos 1.762,90 dólares a onça, naquela que é a quarta sessão consecutiva de ganhos para este metal
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