China eleva importação de principais commodities em maio

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PEQUIM, 8 Jun (Reuters) - As importações chinesas das principais commodities subiram em maio, a despeito do enfraquecimento nas importações totais do país, em meio a preços mais favoráveis e à diminuição das filas nos portos que ajudaram a elevar os embarques de soja, mostraram dados da Administração Geral Alfandegária da China deste sábado.

Analistas disseram que os dados de importação sugerem que a chinesa tem se mantido resiliente, apesar de uma desaceleração do crescimento.

As exportações em maio cresceram apenas 1 por cento no ano, bem menor do que a previsão pesquisa da Reuters de 7,3 por cento. As importações totais caíram 0,3 por cento no ano, contra uma previsão de 6 por cento de crescimento.

PETRÓLEO

A China, segundo maior importador mundial de petróleo, atrás dos Estados Unidos, comprou 23,95 milhões de toneladas de petróleo bruto no mês passado, ou 5,6 milhões de barris por dia, avançando 0,4 por cento na comparação com a base diária.

O volume é 6 por cento menor do que o recorde de 6 milhões de barris por dia de maio do ano passado.

MINÉRIO DE FERRO

A China importou 68,56 milhões de toneladas de minério de ferro em maio, aumento de 2,1 por cento sobre abril e a terceira mais alta já registrada, mostraram dados da alfândega deste sábado.

As importações no acumulado do ano até maio atingiram 322 milhões de toneladas, um aumento de 4,7 por cento ante o ano anterior.

O aumento foi impulsionado principalmente pela produção de aço chinesa, com produção diária em recorde de 2,193 milhões de toneladas nos primeiros 10 dias de maio e seguindo perto desse nível durante o restante do mês.

Apesar dos preços fracos e perdas de montagem, as usinas preferem utilizar plena capacidade e tentar minar os seus concorrentes, a fim de manter participação de mercado, ao invés de correr o risco de cortar a produção.

SOJA

A China importou 5,1 milhões de toneladas de soja em maio, ante 3,98 milhões de toneladas em abril. O congestionamento dos portos tem atrasado os embarques do Brasil, segundo maior exportador do mundo, desde fevereiro.

Tradings e o Ministério do Comércio da China estimam que as importações em junho atinjam um recorde, podendo exceder 7 milhões de toneladas.

As importações nos primeiros cinco meses caíram 12,2 por cento no ano, para 23,43 milhões de toneladas, mostraram dados da alfândega.

(Reportagem de Judy Hua e Niu Shuping em Pequim, Ruby Lian em Xangai e Polly Yam em Hong Kong)