O governo chinês expressou nesta terça-feira sua "firme rejeição" ao início do debate de um projeto de lei no Senado dos Estados Unidos que abre a possibilidade a sanções comerciais contra a China por manter o iuane abaixo de seu valor real, em prejuízo das exportações americanas.
Nesta segunda-feira, o Senado americano aceitou debater o projeto, que conta com o respaldo de republicanos e democratas, e deve votá-lo e aprová-lo ainda nesta semana.
Segundo o porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores da China, Ma Zhaoxu, o debate sobre a suposta manipulação da moeda chinesa "viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)". "Além disso, prejudica as relações comerciais entre China e EUA", afirmou Ma em comunicado.
A China pede aos senadores americanos que protejam a cooperação comercial entre os dois países em benefício mútuo e evitem pressioná-la com leis americanas, acrescentou o porta-voz.
O governo de Barack Obama, assim como o de seu antecessor, George W. Bush, ainda que avalie que o iuane está subvalorizado, não adotou sanções unilaterais contra a China por isso, já que teme consequências de uma guerra comercial.
A votação no Senado coincidiu com a visita a Pequim do subsecretário do Tesouro americano, Lael Brainard, para transmitir aos líderes chineses, segundo um comunicado oficial, que o iuane segue subvalorizado mesmo depois de ter avançado 10% desde junho do ano passado.
Em junho de 2010, Pequim anunciou que permitiria uma maior flutuação de sua divisa, mas os EUA consideram que o iuane segue artificialmente desvalorizado em benefício das exportações chinesas. Em 2010, os EUA registraram um déficit comercial com a China de US$ 273 bilhões.
FONTE: EFE
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