Varejo otimista para venda do Dia das Crianças

[Fabrício Leite]

Os empresários do varejo brasileiro estão otimistas com as vendas para o Dia das Crianças. Sondagem realizada pela empresa Serasa Experian identificou que 53% deles esperam faturar mais. Entretanto, na comparação com o ano passado o indicador caiu três pontos percentuais, era 57%. A inflação e a valorização do dólar estão entre as incertezas apontadas pelo setor.

No Grande ABC, o franqueado de quatro unidades da PBKids, Dino Colonnelli, estima que o desempenho será 15% maior. O empresário afirma que por enquanto não tem notado desaceleração do consumo, tanto que ampliou em 40% o quadro de funcionário das unidades, contratando mais 36 pessoas, totalizando 126. Ele também administra duas lojas em São Paulo.

Colonnelli diz que no primeiro semestre as vendas têm crescido nesse ritmo - 15% ano mês. "Os brinquedos que terão maior demanda serão o Beyblade (peões luminosos) para os meninos e a máquina de lavar Lava-Lava para as meninas", aposta. O franqueado destaca que em certas semanas chegam a faltar peão nas lojas tamanha a procura.

A Semaan, que fica no centro da Capital, e comercializa no atacado para diversos lojistas da região, também calcula incremento médio nas vendas de 15%. "Como o movimento neste mês está morno acredito que a maioria dos consumidores deverá fazer as compras mais perto do Dia das Crianças", afirma o diretor Marcelo Mouawad. Ele acredita que fatores como a alta do dólar e crise mundial afetam a confiança do consumidor para ir às compras.

Em relação aos brinquedos que serão mais procurados, o executivo destaca que o Beyblade é o produto da moda, assim como as bonecas Barbie e os itens licenciados da dupla de palhaços Patati Patatá. Os famosos peões, por exemplo, têm preço médio de R$ 49,90. É recomendável que os presentes não sejam comprados na última hora para evitar que certos modelos acabem no estoque.

 

SUPERMERCADOS - O Walmart aposta nos licenciados da Disney, Nerf, Transformes e Hot Wheels para alavancar as vendas em 15%. Na loja virtual, a previsão é dobrar a comercialização nas categorias de brinquedos e games. Com a fabricação de consoles de videogames no Brasil, o Walmart espera reduzir em até 40% o preço desses itens.

A meta do concorrente Extra é aumentar o faturamento em 20% no período. A estratégia para atingir o número foi estabelecer parceria com a Disney para a distribuição de brindes (copo com estampa dos personagens) nas compras acima de R$ 30. Outra ação é o sorteio de viagens e vale-compras no valor de R$ 1.000.

 

 

FONTE: Diário do Grande ABC