Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Fonte:|odocumento.com.br|



Na década de 70 o governo federal brasileiro decidiu ocupar a Amazônia,
baseado em estudos estratégicos feitos pela Escola Superior de Guerra,
que naquele momento orientava todas as ações filosóficas federais. A
Amazônia era um imenso vazio que precisa se integrar ao Brasil, até
porque na década de 60, a inauguração de Brasília abriu o caminho para
se avançar do Centro-Oeste para o Norte do Brasil.

Mato Grosso foi o ponto de partida para essa ocupação, a partir do
momento em que o governo federal pavimentou as rodovias BR-163, de Campo
Grande a Rondonópolis, e BR-364, de Goiânia a Rondonópolis-Cuiabá,
trouxe o primeiro linhão de energia elétrica de Cachoeira Dourada, em
Goiás, até Cuiabá, e criou a Universidade Federal de Mato Grosso. A
idéia foi criar as condições para o avanço da ocupação na direção Norte,
tanto que imediatamente a rodovia BR-163 se estendeu de Cuiabá até
Santarém para alcançar o rio Amazonas e daí o Oceano Atlântico. Era um
projeto estratégico, com começo, meio e fim.

A partir da década de 70 começou a abertura dos cerrados de Mato
Grosso, financiada por recursos de um programa de incorporação dos
cerrados, o Polocentro, que pretendia incluir 1 milhão de hectares de
lavouras nesse desconhecido bioma.

Começava ali a ocupação da chamada fronteira agrícola, que veio terminar na segunda fase, no começo dos anos 90, quando surgiu o agronegócio,
por definição, uma agricultura com uso intensivo de tecnologia.

Mas essa atividade produtiva com aspecto apenas extrativista não produz
riqueza no Estado de origem. Os grãos vinham saindo de Mato Grosso em
bruto, viajando milhares de quilômetros até os portos para embarque
internacional, ou ao Sul e Sudeste do Brasil para serem industrializados
lá.

Qual o mal disso? Perguntaria o leitor. O grande mal é que em Mato
Grosso só ficavam os desgastes ambientais, humanos, de custos dos
insumos e da infraestrutura usada para o transporte de riqueza de baixo
valor econômico.


A partir de 2005 iniciou-se o terceiro ciclo da industrialização na economia de Mato Grosso, para agregar valor àquela produção
não-beneficiada. Esperamos que ele se transforme na sólida base de nossa
economia futura. A princípio o Governo de Mato Grosso criou mecanismos
como fundos de apoio à produção industrial, a exemplo do Facual, para o
algodão. Hoje já se instalaram em nosso estado algumas indústrias de
grande porte nacional que estão agregando enorme valor à produção em
setores como a carne, a soja, o algodão, minerais, entre outros. Começam
com a produção de tecidos, depois vem a tecelagem e as confecções de
roupas em larga escala, etc.


Valem ser citados os setores da carne de aves. Em Tangará da Serra, em
Nova Mutum, em Lucas do Rio Verde, em Primavera do Leste e em Várzea
Grande, e em implantação em Jaciara. A carne bovina já tem tradição de
industrialização desde a década de 70, com a Sadia Oeste, em Várzea
Grande. A carne suína já possui tradição em algumas dessas cidades
citadas e em Diamantino, no Médio-Norte. A produção de ovos em larga
escala está instalada em Tangará da Serra, em Campo Verde, em Primavera e
brevemente em Sinop.

Mas o algodão merece registro especial. Em Rondonópolis a Santana Têxtil
já funciona com uma das maiores plantas no país. Em Cuiabá, a Vicunha
Têxtil e a Hering estão em fase de implantação. Essas duas construirão
as suas duas maiores plantas do Brasil em Mato Grosso. Certamente o
leitor já escutou isso, mas talvez não tenha refletido que cada um
desses empreedimentos trazem grandes investimentos no começo. Mas para
funcionarem, por sua complexidade, eles precisam de muitas outras
empresas industriais, de comércio e de serviços que fazem parte da sua
cadeia produtiva. Isso significa empregos novos, significa necessidade
de preparação de recursos humanos preparados na produção, na
comercialização, na exportação, na logística, etc.

No final de todas as cadeias produtivas temos empregos novos de boa
remuneração, melhor qualidade de vida decorrente da melhor preparação
dos profissionais, mais supermercados nas cidades, mais lojas, mais
hotéis, mais restaurantes, mais shopping centers, mais escolas de
instrução e de línguas, mais revendas de automóveis, de motos, mais
oficinas, mais construção civil, mais lazer, mais viagens, mais turismo,
menos pobreza, mais cidadania e mais dignidade para as pessoas.

Esta é a revolução que começou a ser construída a partir de 2005 e que
será intensificada nessa próxima gestão para que, somada com o evento da
Copa do Mundo, transformará Mato Grosso num dos maiores pólos de
crescimento do Brasil.


Exibições: 63

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço