Produções disponíveis no Netflix abordam temas como o combate ao aquecimento global e ao consumo desenfreado.
Cowspiracy coloca a indústria da carne na berlinda, como o maior vilão na preservação do planeta Foto: Divulgação
RIO — Além de apresentarem grandes histórias, documentários podem ter um efeito mobilizador quando trazem à tona grandes problemas da humanidade. Com o sucesso das plataformas de streaming, o gênero antes identificado como "velho" e "maçante" se modernizou, e tem atraído o público jovem. Listamos cinco séries documentais da Netflix na medida para quem deseja mudar o mundo. Confira:
Antes dos trinta anos, os amigos de infância Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus já tinham carreiras sólidas, ganhavam salários com cinco dígitos, moravam em casas suntuosas e dirigiam carros de luxo. Mas tudo isso não preenchia o imenso vazio que os dois sentiam. As oitenta horas trabalhadas toda semana só serviam para atender as demandas de um consumo desenfreado que, no fim da contas, só trazia ansiedade, depressão — e dívidas. Até que, em 2009, abdicaram da cultura hegemônica do consumismo excessivo em nome de um estilo de vida minimalista. Na prática, os seguidores do minimalismo acreditam que cortar esses excessos contribui para trazer mais felicidade — além de representar uma reação à lógica do capitalismo, que estimula o consumo compulsivo como forma de afirmação do status. Lançado em 2016, o documentário conduz o espectador para o dia a dia de empresários, arquitetos, jornalistas e até um ex-corretor de Wall Street que desapegaram do que era inútil para ficarem com aquilo que realmente importa.
A indústria da carne e dos laticínios é uma das principais responsáveis pela produção de gases do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global. Quando o assunto é destruição do planeta, também entram na conta da agropecuária intensiva o desmatamento e a redução na disponibilidade de água potável do planeta. Com produção executiva de Leonardo DiCaprio, o famoso documentário inflamou o discurso ativista e cutucou grandes grupos ambientalistas, acusados de ignorar intencionalmente a questão. O documentário foi feito por Kip Andersen e Keegan Kuhn e conta com depoimentos do jornalista americano Michael Pollan, autor de “O dilema do onívoro”, Richard Oppenlander, autor de “Food Choice e Sustainability”, e Will Potter, autor de “Green is the new Red”. O filme tem inspirado inúmeras pessoas a adotarem o veganismo.
Sabe aquela peça barata que você comprou numa dessas lojas de fast fashion? Muito provavelmente, ela chegou às araras com aquele preço graças a uma cadeia produtiva nada glamourosa. Lançado em 2015, em Cannes, o documentário investiga quais os impactos negativos da indústria têxtil no planeta. A começar pelas péssimas condições de trabalho impostas aos profissionais (muitas vezes crianças), de países asiáticos, submetidos a uma carga horária insana para a produção em grande escala e uma remuneração de dois dólares por dia. Os bastidores nada elegantes do mundo fashion revelados pelo filme têm servido como um passaporte para o consumo consciente e a moda sustentável.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta previsões nefastas sobre as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, dando destaque para mitos e verdades sobre o controverso tema. Na maior parte do filme dirigido por Davis Guggenheim, o ex-vice-presidente americano aparecia à frente de um seminário multimídia, expondo números, teorias e imagens sobre as consequências do aumento da produção dos gases do efeito estufa. Lançado em 2006, o filme mostra o vice-presidente de George Clinton em sua cruzada apaixonada pelo meio ambiente.
O filme levantou um debate sobre a tortura de baleias em um parque aquático americano operado pelo SeaWorld. Ele acompanha a trajetória de Tilikum, uma orca capturada na costa islandesa em 1983, mantida em cativeiro por anos, e que foi responsável pela morte de três pessoas. Tilikum era adestrada para o show Shamu, em que ela fazia vários tipos de acrobacias e encenações para divertir a plateia. Sua comovente história foi assistida por 21 milhões de espectadores nos Estados Unidos e gerou abaixo-assinados e protestos em parques de entretenimento da Flórida e de San Diego.
Gustavo Autran
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