Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Cinco maiores redes varejistas somam o faturamento bruto de R$ 239,7 Bilhões, diz estudo

Cinco maiores redes varejistas somam o faturamento bruto de R$ 239,7 bilhões, diz estudo

Competição se alastra e líderes perdem mercado: O relatório anual “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro” foi desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Por Adriana Mattos

A tese que tem dominado as conversas dos líderes do varejo brasileiro hoje, com foco maior em rentabilidade e na gestão do caixa, ganha força após grandes grupos terem perdido mercado no ano passado. Relatório anual “300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), levanta dados e os efeitos desse cenário sobre os líderes, impactados pela avanço da competição em 2021 e pela menor demanda, num ambiente de escalada dos juros e da inflação.

Segundo o levantamento, divulgado em evento na noite de ontem, as cinco maiores redes somaram faturamento bruto de R$ 239,7 bilhões, o equivalente a 26,86% do montante total das 300 empresas. Na comparação com a edição anterior do ranking, a concentração dessas cinco caiu 0,4 ponto percentual. Nos 10 maiores, a soma atingiu R$ 353,4 bilhões, ou 39,6% do faturamento das 300 – fatia 0,8 ponto menor do que a da edição passada.

O material ainda mostra que, considerando não apenas as líderes, mas as 209 maiores varejistas com dados comparáveis entre os anos, a alta em termos reais foi de 3,1% nas vendas em 2021. Pela pesquisa do IBGE, o crescimento real do comércio foi menor, de 1,4%. Só que, em anos anteriores, essa diferença entre taxas já foi maior.

Em 2020, as listadas no ranking aceleraram 8,1%, e pelo IBGE, a alta real foi de 1,2%. Em 2019, foram 5,7% e 1,8%, respectivamente.

Serrentino lembra que o peso do varejo alimentar cresceu no ranking após a pandemia, e a inflação corroeu muito a venda desse grupo de redes, portanto, há efeito na taxa de expansão apurada no levantamento. Mas quando se tira a inflação, ainda se cresce a taxas acima da média, observa ele.

Em relação à perda de fatia das maiores, nos eletrônicos, houve aumento da concorrência de plataformas asiáticas (que não fazem parte do relatório), e no varejo alimentar, ocorreu a perda de vigor na demanda mesmo em redes líderes (com a redução de benefícios do governo) e manutenção da força de mercadinhos de bairro.

Pelos dados, cinco das 10 maiores varejistas brasileiras cresceram abaixo da média – e três delas tiveram queda no faturamento no ano passado. A SBVC diz que isso se deve, também, a questões ligadas à realidade de cada negócio, como a expansão modesta nas vendas de hipermercados no Carrefour, a venda do Extra do GPA para o Assaí (reduzindo o faturamento da vendedora) e o desempenho abaixo do esperado da Natura &Co.

Outro aspecto relevante dessa diminuição de concentração é o crescimento do atacarejo em operadores regionais de menor porte.

Outro dado captado pelo relatório serve de alerta para este ano, sobre efeito da inflação: 90% das redes teve crescimento nominal de vendas, e 63% delas acima da inflação – portanto mais de um terço empatou ou perdeu da inflação.

Esta é a oitava edição do ranking, elaborado com apoio técnico da BTR – Educação e Consultoria, Varese Retail e Centro de Estudos e Pesquisas do Varejo (Cepev-USP).

Eduardo Terra, presidente da SBVC e sócio da BTR, lembra que o varejo brasileiro acumula dois anos de crise (2015-2016), seguidos de cinco anos de baixo crescimento real (2017-2021). “ O potencial de expansão é bem maior que esse. A boa notícia é que, apesar disso, movimentos que identificamos em 2020, como a consolidação dos ‘marketplaces’, a digitalização e o reforço à governança se consolidaram”, diz ele.

Serrentino reforça que, apesar do retorno dos investimentos em lojas físicas, isso vem ocorrendo de forma integrada aos sites e “apps”, o que cria cenário propício para acelerar mais a digitalização. “O número de empresas com braço digital subiu de 162 para 225 em dois anos. E o percentual de empresas que vendem on-line passou de 54% em 2019, para 70% em 2020 e 75% em 2021”, afirmou.

Embora essa taxa cresça, as quatro maiores plataformas digitais do país com dados divulgados (Mercado Livre, Magazine LuizaAmericanas e Via) perderam fatia de mercado – Amazon e Shopee não publicam os dados e não fazem parte do relatório. As quatro movimentaram, em GMV, cerca de R$ 176 bilhões em 2021, alta de 41% sobre 2020 e equivalente a 80% total comprado no online no ano passado, segundo dados da NielsenEQ. No ano anterior, elas responderam por cerca de 88%, usando mesmas fontes dos dados.

Na avaliação de Terra, o crescimento das asiáticas, com a entrada de lojistas brasileiros nessas plataformas, explica essa taxa menor, assim a aceleração da Amazon.

O ranking ainda levantou, pela primeira vez, dados referentes à participação de mulheres nas empresas. Apenas 29 das 300 maiores têm mais de 50% de participação feminina na força de trabalho. Além disso, é comum ver mulheres em posições em lojas e nas gerências, mas bem mais difícil no primeiro escalão. Apenas 14 varejistas têm mais de 50% de líderes mulheres.

Fonte: Valor Econômico

https://sbvc.com.br/competicao-se-alastra-e-lideres-perdem-mercado/

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