Por InfoMoney
Órgão de defesa do consumidor defende lei geral que regulariza utilização de dados pessoais
Um dos clientes informou que o “novo add-on do Banco do Brasil exige que o consumidor, para acessar sua conta online no banco, libere o acesso da instituição a todas as informações do seu navegador relativo a histórico, abas abertas e formulários preenchidos de todos os sites”.
Além disso, outros consumidores já se queixaram no site Reclame Aqui. No depoimento do cliente está informado que, caso a pessoa não autorize a extensão GBBD, o banco impede o acesso do correntista aos seus dados pessoais e página pessoal, até que a instituição verifique a possibilidade de liberar o acesso sem a obrigatoriedade do GBBD.
Procurado pelo InfoMoney, o banco informou que não solicita todos os dados online e do computador. “O Módulo de Segurança do BB solicita, apenas, acesso aos dados de navegação online, necessários para interagir e garantir a legitimidade das páginas visitadas, evitando que o cliente acesse uma página falsa e insira as suas credenciais do autoatendimento. Estas permissões são necessárias para o correto funcionamento e operação do Módulo de Segurança do BB, mantendo a segurança dos clientes no canal. O Banco do Brasil sempre preza pela segurança e privacidade do cliente e mantém seus produtos de segurança atualizados e de acordo com as políticas dos navegadores disponíveis no mercado para o acesso ao autoatendimento”. Além disso, afirmou que os dados só são monitorados quando o usuário está navegando pela página da instituição.
O assessor-chefe da Fundação Procon-SP, André Lopes, lembra que todo os sistemas de segurança envolvem algum nível de informação pessoal para garantir que o usuário é realmente o dono da conta, o que é correto, já que o banco é responsabilizado caso alguém tente realizar uma fraude. “No entanto, o Brasil ainda não tem uma lei de proteção de dados pessoais , o que impede que a pessoa possa se manifestar contra caso se senta lesada”, explica.
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) diz que não tem nenhuma recomendação oficial sobre a segurança utilizada pelas empresas e que cada instituição financeira tem o seu próprio método de segurança para proteger os clientes. O Itaú, por exemplo, utiliza um plug-in guardião, enquanto o Bradesco afirma que faz uso de senhas, criptografia e segurança no site.
Já no Santander, o cliente precisa ativar um "Cartão de Segurança On-line" e um módulo de segurança será instalado no computador para evitar programas maliciosos de internet. Além disso, a instituição conta com um processo de criptografia e entre outras formas de garantir a proteção dos usuários.
A Caixa Econômica Federal por sua vez pede a instalação do Módulo Adicional de Segurança, componente responsável por proteger o acesso ao Internet Banking contra programas maliciosos eventualmente instalados na máquina do cliente.
“O que falta é melhorar a comunicação do banco com o cliente para tirar dúvidas sobre os fornecimentos de dados e como eles são utilizados”, afirma Lopes.
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