Alexandro Martello Do G1, em Brasília
Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, se reuniu com ministro Henrique Meirelles.
Ele quer volta de alíquota de 3% do Reintegra, que ressarce exportadores.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, se reuniu nesta sexta-feira (29) com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pediu a volta de uma alíquota maior para o chamado Reintegra - programa que "devolve" aos empresários uma parte do valor exportado em produtos manufaturados por meio de créditos do PIS e da Cofins.
A medida viria para compensar as empresas exportadoras brasileiras devido à desvalorização do dólar, que torna os produtos nacionais mais caros e, portanto, menos competitivos no exterior.
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Redução de benefício para exportador começa em dezembroDólar recua a R$ 3,24, mas acumula alta no mês de julhoSegundo Skaf, o dólar, que começou o ano ao redor de R$ 4 e atualmente oscila por volta de R$ 3,25, pode cair ainda mais nos próximos meses por conta de "fatores positivos", como a expectativa da aprovação pelo Senado do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
"Isso acontecendo, certamente vai destravar o investimento a partir de setembro, tanto estrangeiros quanto brasileiros, porque retoma a confiança", declarou.
Skaf apontou outros fatores que podem pressionar o dólar para baixo, como o mecanismo que incentiva brasileiros a repatriar recursos não declarados no exterior.
Ajuste fiscal
Em 2015, a alíquota do Reintegra, ou seja, o percentual de devolução de créditos aos exportadores de produtos manufaturados, era de 3%. Atualmente, porém, está em 0,1% por conta do ajuste das contas públicas. Uma alíquota maior representa, também, uma renúncia mais alta de arrecadação (recursos que deixam de entrar nos cofres públicos) por parte do governo federal.
"Há uma preocupação para que o Brasil não perca sua competitividade. Nossa proposta foi a retomada do Reintegra. Ele pode não compensar integralmente, mas é uma compensação. A lei permite até 3% de compensação de impostos embutidos em produtos exportados. Mesmo assim, virou 0,1%", declarou Skaf a jornalistas.
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